terça-feira, maio 30, 2006

O Dr Paulo Portas

O Dr Paulo Portas é um caso de narcisismo perfeitamente doentio.É dificil, mesmo quando se concorda com o que ele diz, de aguentar o seu programa semanal.Ouvir o DrPortas é um sacrificio, ouvi-lo e vê-lo é um tormento.

Questiono-me se ele quando acorda e faz a barba, pergunta ao espelho:
-Espelho meu, espelho meu há alguem mais belo o que eu?

A Descoberta do Império

Nós não temos causas porque não as queremos ter.Quando eu falo da descoberta de um novo Império, pensa-se imediatamente em romantismo trouxa, em delírio ,em nacionalismo bacoco, em loucura mesmo.

O Império que tem que ser descoberto e inventado não é o antigo Império centralizado com a capital em Lisboa é um novo Império

É Portugal ter como política fundamental , ter como designio nacional , ter como objectivo primordial o desenvolvimento das relações politicas, economicas, culturais e militares com os PALOP.

A realidade é que, como Medina Carreira ainda ontem disse, nós caminhamos alegremente para a falencia do Estado. Dentro de 5 a 10 anos o Estado está falido e vamos ter de repente milhões de pessoas à porta das repartições de finanças para receber o ordenado, para receber a pensão e não vai haver dinheiro.

Eu estou mesmo convencido que não vão ser 10 anos, vão ser cinco na melhor das hipoteses. Os governos não vão conseguir baixar a despesa com esta politica de merceeiro, não vão porque os cinco a 6 milhões que recebem do estado não vão deixar.

Portanto o que o Estado vai tentar fazer é aumentar as receitas, com essa politica vai rebentar com a economia, o que vai provocar a diminuição das receitas encurtando o tempo que lhe resta até à falencia.

A unica maneira de diminuir as despesas do Estado é diminuir as despesas com pessoal, a unica maneira de diminuir as depesas com pessoal é ou despedi-los (o que é politicamente impossível) ou fazer com que esse pessoal vá para locais onde são precisos por falta de administração publica, por falta de medicos, por falta de enfermeiros, por falta de professores.

Ora, onde é que essa gente faz falta?
NOS PALOP

Indiferença

Anonymous said...
Julgo que hoje em dia, com toda a decadência dos valores, vamos voltar a perguntar "porquê?" muitas e muitas mais vezes. As pessoas deixam que esse tipo de coisas aconteçam porque não estão para se chatear...a verdade é que hoje em dia vivemos cada vez mais num mundo onde a indiferença domina.O que está a dar é ser indiferente, sem causas, sem interesses...e isso depois leva à despreocupação total, ao chamado laissez faire que contamina toda a sociedade. Temos de arranjar causas, mas causas válidas...é ridículo lutar contra este marasmo defendendo causas como a legalização do aborto, os casamentos homossexuais, etc. A defesa de causas erradas só fará com que nos tornemos cada vez mais indiferentes.

segunda-feira, maio 29, 2006

Porquê?

«Num lugar como este, as palavras falham. No fim, só pode haver um terrível silêncio, um silêncio que é um sentido grito dirigido a Deus: porquê, Senhor, permaneceste em silêncio? Como pudeste tolerar isto? Onde estava Deus nesses dias? Porque esteve ele silencioso? Como pôde permitir esta matança sem fim, este triunfo do demónio?» disse o Papa Bento XVI.

Porquê? Porquê?

Porque nós deixamos é por isso...Deus intervem no mundo através de muitas coisas , mas é através de nós cristãos que Ele escolheu intervir. Se os cristãos vêem mas deixam , vêem mas não sentem, vêem mas encolhem-se como é que Deus intervem?

Oiçam-No parem e escutem-No

Deus deu-nos o poder de intervir, deu-nos a liberdade, mandou-nos o seu Filho, escreveu, fez milagres, criou o Céu e a Terra e mesmo assim não acreditamos como é que nos podemos admirar?

A culpa não está nos alemães ou em Deus está em nós, que nos esquecemos Dele, que não rezamos, que relativizamos tudo e depois acordamos muito admirados porque aconteceu.

Aconteceu e acontece, volta a acontecer e acontecerá. Ainda agora acontece e nós não vemos, não vemos porque não queremos ver.

O Papa pergunta mas também responde. Como é que se evita? Através do Amor. Mas isso já não interessa. O que interessa é a pergunta. A pergunta é que vende, vende jornais e os jornais vendem apartamentos.

Vamos voltar a acordar muito admirados e perguntar porque é que aconteceu?

Se não somos maus, somos muito estupidos

Não percebemos ainda que não podemos fazer o mal para alcançar o bem. Está lá escrito mas ninguem liga nenhuma.Só através do amor se consegue alguma coisa mas ninguem liga peva

Relativizamos o mal, vemos os prós e os contras, fazemos contas de somar e subtrair e depois acordamos muito admirados com cara de parvos:

Como é que foi possível?

A Casa de Jantar pode arder

O Estado está de rastos por causa dos direitos adquiridos e ouvem-se cada vez mais as vozes dos que querem acabar com os direitos adquiridos por serem um disparate:

-Havia um bolo, todos comeram o bolo, resta uma fatia e todos se julgam com direito a ela.

Portanto só há uma solução: acabaram-se os direitos.Quem quer quer, quem não quer desapareça.

O conceito de direitos adquiridos tem que ver com aplicação da lei no tempo:Uma lei só pode ter efeitos após a sua entrada em vigor, não pode ter efeitos retroactivos.Os direitos criados pela lei antiga não podem ser revogados pela lei nova.

Colocar a discussão da despesa do estado no campo dos direitos adquiridos é um erro Toda a gente se julga com direito à fatia e diz-se que o Direito é uma tolice.Mas a realidade é diferente . Se o Direito não intervir vai-se pregar tudo à pancada por causa da fatia.

O que se tem de distinguir é o que são direitos e o que são privilégios.A propriedade privada é um direito?- O dinheiro ganho através do trabalho não é propriedade privada? Os impostos não são uma diminuição do direito da propriedade? Uma pessoa que ganha do seu trabalho 1000 euros por mês tem que pagar, para outro receber 5000 euros sem trabalhar?Isto é justo? Que direito prevalece?O do quem trabalha ou o do que recebe? Receber 5000 euros de reforma e ainda trabalhar é um direito ou um privilégio?

O que é que são privilégios? O que é que são direitos? Um politico pode legislar em beneficio proprio? Ou dos amigos? O posto de trabalho é propriedade do trabalhador?Ou não?O que é que é propriedade?Que direitos é que um trabalhador tem? Esse direitos caducam com o salário recebido ou não? O trabalhador tem mais direitos do que receber o salario?

Eu acho que se devia colocar a discussão nos privilégios adquiridos -. um privilégio é um direito ? ou uma vantagem pessoal em prejuizo dos outros?Ou um favor dado em circunstancias especiais? Alterando-se as circunstacias o favor caduca?

O Direito tem imensas formas de mudar a realidade juridica, mas nenhuma pode ser contra o proprio Direito, porque se forem contra o Direito são ilegais. O Estado não pode deixar de respeitar o proprio Direito que obriga os outros a cumprir. O Estado tem que cumprir o Direito tem que ser um Estado de Direito sob pena de se transformar numa tirania e as pessoas deixarem de acreditar no Direito.

Neste momento há uma data de leis que deram a uma data de gente o direito de ser ricas e que obrigam uma data de gente a sustentá-los e a ser pobres. Isto é justo?

Muita gente quer intervir através da autoridade.:
-Meus amigos acabaram-se os direitos, só há uma fatia não é para ninguem e eu vou guardá-la.
Foi o que o Salazar fez. Não nos podemos esqueçer de um pormenor:
O Salazar era um homem bom e de génio. Se em vez do Salazar fosse o Santana Lopes já não havia bolo, não havia prato, não havia mesa e a casa de jantar tinha ardido.

domingo, maio 28, 2006

O 28 De Maio

O 28 de Maio por Manuel Maria Múrias

sábado, maio 27, 2006

O Futuro da Europa

Este conto publicado no Letras com Garfos descreve o nosso presente e avisa-nos que o futuro
não nos vai trazer grandes alegrias:

O assunto não era de somenos importância. Era urgente uma firme tomada de posição para salvar a Europa e a humanidade; para isso juntaram-se o Biólogo-chefe, o Sociólogo-chefe, o Economista-chefe, Psicólogo-chefe e o Político-chefe. O povo, anónimo, foi convidado a fazer-se representar, com direito a opinião não vinculativa.O momento era dramático quando o Biólogo-chefe declarou solenemente que “muita gente morre quando consome bactérias provenientes de queijo de fraca qualidade”. A Conferência Sobre o Futuro da Europa estava ao rubro. Cerimonioso, o Sociólogo-chefe assentiu: “ É verdade! O que está acontecer com a existência dos queijos fracos no mercado, é que o equilíbrio demográfico está em perigo, assim como a economia europeia e global, e o bem-estar das massas populacionais!”. “Forças irracionais e reaccionárias, pertencentes ao passado, estão a causar grandes perdas na infra-estrutura da prosperidade europeia”, fez notar o Economista-chefe. “E são uma ameaça à paz global!”, acrescentou o Político-chefe.Entretanto, na mesa dos Chefes, levantou-se uma incógnita figura que tinha estado em silêncio até então, e disse: “Existem demasiados tipos de queijo neste mundo;” – afirmou com uma voz profunda, denotando extremo conhecimento da matéria em questão – “ a produção desses queijos não obedece a um paradigma universal de monitorização e de controlo de qualidade; a sua venda cria disparidades no mercado do queijo europeu, e a rivalidade entre os produtores contribui para a pobreza, para o sistema de classes, para a violência doméstica, para as guerras e para o facto da minha mulher ter celulite! Somente um governo europeu poderá resolver estes problemas de uma só penada.”
Entre um alcovitar sussurrado que percorria os representantes do povo circunscritos a uma pequena galeria, havia já, aqui e além, quem clamasse por justiça. Se a verdade liberta, há que libertar a verdade! Era preciso que a verdade proveniente daquelas mentes brilhantes que nos chefiavam fosse levada até às últimas consequências; era preciso salvar a Europa e a humanidade.Mas um entre os do povo, o mais idoso, levantou-se e dirigindo-se para a mesa dos chefes, disse: “Eu gosto do Queijo de Cabra Transmontano. Todas as noites mastigo uma sanduíche de Queijo de Cabra Transmontano com uma chávena de chá antes de dormir. O Queijo de Cabra Transmontano não pode estar entre os queijos que nos prejudicam. ” O Biólogo-chefe saltou da cadeira, ao ouvir tal declaração; “O Queijo de Cabra Transmontano não se distingue por nenhum benefício e pode ser considerado um queijo ofensivo!” – berrou o Biólogo-chefe. Em sua ajuda veio logo o Sociólogo-chefe, justificando: “O Queijo de Cabra Transmontano tem um cheiro pestilento semelhante a carne podre; um grupo especial de comedores de Queijo de Cabra Transmontano tem tramado e sobrecarregado a humanidade desde tempos imemoriais: chegou o momento histórico em que o Estado Europeu deverá intervir para o bem comum”. “Comer Queijo de Cabra Transmontano é uma patologia”, anuiu o Psicólogo-chefe; “Para além de manifesta sociopatia!”, concluiu o Cientista Político.Nesta altura, tremendo na voz, o idoso homem do povo disse: “Os clichés que V.Exas aqui manifestam e defendem são a prova de que o evolucionistas sócio-científicos não evoluíram de espécies mais primitivas. Foram criados!”. Acto contínuo, o idoso foi expulso da sala sob o olhar e comentários de desprezo por parte da elite científica; e um a um, os representantes do povo foram abandonando o local da Conferência.Numa remota aldeia de Trás-os-Montes, escondida entre as montanhas entre o Marão e o Rio Douro, a família do idoso do povo teimava em produzir artesanalmente o famigerado Queijo de Cabra Transmontano, herança geracional e cultural daquela família; tratava-se de um queijo nutritivo, que continha determinados enzimas que contribuíam para a redução dos efeitos do reumatismo, da artrite e das diabetes. Sendo ilegal a sua produção, a Polícia Europeia prendeu o pai da família, enviou a mãe para trabalhos forçados numa fábrica de Queijo Europeu, e os filhos colocados em Casas de Correcção.
Dez anos depois, sob égide do Leviatão Europeu, todas as pessoas na Europa tinham o queijo de que precisavam para comer, que nem era duro nem semi-líquido: a sua consistência era como a da manteiga, embora um pouco mais espessa, homogeneizado, com sabor artificial acrescentado e perfeitamente seguro. Era o único queijo disponível na Europa, mas extremamente abundante no mercado e a preços baixos. E o povo vivia feliz com o seu Queijo Europeu.

sexta-feira, maio 26, 2006

A Economia de Mercado

O termo Capitalismo foi inventado por Marx e sobre ele há os mais diversos significados. É uma palavra que tem uma carga ideologica negativa : o capitalismo é mau os capitalistas são horrendos.

Falemos portanto não de Capitalismo mas de Economia de Mercado.

Há a noção que capital e dinheiro é a mesma coisa, mas não é.Pode haver empresas com pouco dinheiro e muito capital. O capital é constituido por maquinas, imoveis, dinheiro e principalmente pessoas.

Por tradição o mercado é livre. Os mercados eram locais onde os produtores iam vender os seus produtos, e em Portugal os reis deram condições especiais de liberdade economica às vilas onde havia mercados.

Para haver mercado é condição fundamental que haja concorrencia, que cada produtor possa vender os seus produtos e que os produtos não pertençam todos ao mesmo produtor. O mercado só com um vendedor que vende todos os produtos a todos os clientes não é um mercado . O vendedor controla a oferta controlando o preço .Era isto que se passava no bloco de leste, todos os produtos eram do estado e todos tinham que comprar ao estado

Se em vez do Estado fosse um particular não passava a haver Economia de Mercado por esse facto. É o chamado Monopólio.O Monopólio é um sistema em que o preço, ao contrario do que se julga, equilibra-se. O Monopolista não vende ao preço que quer, vende ao preço a que o mercado compra.Controla apenas a oferta. A partir de determinado preço as vendas descem e o lucro total desce, embora o lucro por unidade possa ter aumentado a numero de unidades vendidas desce fazendo descer o lucro total, aumentando os stocks faz com que o preço baixe.É o equilibrio entre a margem e as vendas que faz com que o lucro não possa aumentar indefinidamente.

A Economia de Mercado se for totalmente livre e sem regras faz com que os mais fortes destruam os mais fracos caminhando inexoravelmente para o Monopolio, para um sistema economico muito parecido com o comunista.

Mas as regras também podem destruir a economia de mercado.Podem mesmo acelerar o processo conduzindo ao mesmo resultado

Se as regras em vez de protegerem os mais fracos protegerem os mais fortes muito mais depressa chegaremos a esse sistema.

Os indiferentes

quinta-feira, maio 25, 2006

O Diabo ganhou o Festival











O Festival Eurovisão da Canção foi ganho por uns anormais mascarados de Satanás chamados Lordi.

A Europa desceu tão baixo que a melhor canção europeia é aquilo, mas o mais estranho é que não se vislumbraram protestos da nossa sociedade tão culturalmente avançada. Se fosse uma canção cristã a louvar a Deus, a atacar o Diabo e a ganhar, já tinhamos protestos de todo o lado: teriamos que ouvir o Nobel Saramago sempre pronto a protestar contra o cristianismo, a Clara Ferreira Alves faria uma tese sobre o obscurantismo, seriam chamados padres que diriam que o Diabo não existe e os Pros e Contras organizaria um debate sobre o poder 0culto do Opus Dei.

Dezenas de bandas rock fazem a apologia de Satanás, em qualquer concerto vê-se a juventude a aplaudir com os dedos em forma de cornos :simbolo de Satanás.Os Roling Stones a a Madona organizam autenticas missas negras, as discotecas misturam simbolos religiosos com o deboche, mas não se dá importancia.E o fenómeno cresce, cresce tanto que ganhou o Festival com os votos de Portugal

Satanás está na moda, o Satanismo está na moda e ninguem chama à atenção para o fenómeno.

Muita gente está convencida que pode ser católico e não acreditar na existencia do Diabo. Não pode.A existencia de Satanás é dogmática, só se pode ser católico se se acreditar na existencia do Diabo. Quem não acreditar na sua existencia pode ser o que quiser mas não pode ser católico.

Falar de Satanás não é politica nem religiosamente correto. Só se pode louvá-lo: por enquanto só através da musica; e passa a pertencer-se a ocultas franjas da sociedade... a oculta franja da sociedade ganhou democraticamente o festival da canção, nada nos diz que não possa ganhar outras eleições.

Jesus chamou-lhe «o assassino desde o principio» , «foi para destruir as obras do Diabo que apareceu o Filho do Homem». «Sereis com Deus» foi o que Satanás nos prometeu. O objectivo do Diabo é colocar na cabeça do Homem uma atitude de insubordinação, rivalidade e oposição a Deus Através do pecado original Satanás tomou conta do Homem e nós só nos libertamos desse poder através do Baptismo. Diabo, do grego «diabellein quer dizer causar a destruição, dividir, caluniar, enganar.

Mas, o que é que isto interessa? Não é?

quarta-feira, maio 24, 2006

O Priorado de Sião

O Priorado de Sião foi criado em 20 de Julho de 1956 com o objectivo declarado de «estudo e entre-ajuda entre os membros» pelos seus quatro fundadores:Pierre Plantard, André Bonhomme, Jean Deleaval e Armand Defago.

Qualquer pessoa pode enviar ou doar documentos a uma Biblioteca Nacional. As Bibliotecas recebem, classificam e arquivam os documentos . Plantard sabia-o e em 1964 depositou na Biblioteca Nacional de Paris um documento datado de 1956« Généalogie des rois mérovingiens»Em 25 de Fevereiro de 1965 a sua mulher deposita um documento com o nome de «Rois et Gouvernants de la France: Les Dynasties depuis l'origine»A 26 de Agosto de 1965, é a vez de ser depositado :« Les descendants mérovingiens ou l'énigme du Razès wisigoth»A 17 de Março de 1967 é depositado « Notes sur Saint Germain des Prés et Saint Sulpice de Paris»A 27 de Abril de 1967 foi depositado «Dossiers Secrets d'Henri Lobineau

Todos este documentos são invenções da cabecinha maluca de Plantard , que inventou criou e viveu uma história que só existiu na sua imensa imaginação.

Tolos de todo o mundo uni-vos !!!

O sufoco


Portugal está transformado num país onde os pequenos empresarios têm cada vez mais dificuldade em sobreviver. As pequenas e médias empresas pertencentes a portugueses e por isso não deslocalizáveis são cada vez mais sufocadas por impostos, regras e leis cada dia mais apertadas e dificeis de cumprir.
Não vale a pena trabalhar em Portugal.O Estado persegue quem trabalha.
São as pequenas e medias empresas que suportam o estado, são as pequenas e medias empresas que empregam mais gente, são as pequenas e medias empresas aquelas que o Estado asfixia.
É suicidio puro a atitude do estado.Se o Estado matar quem o sustenta morre também.
Para montar um negocio, sem grandes estructuras, em Portugal é preciso ser louco. As regras são tantas, os impostos são tamanhos que ninguem com um pequeno pé de meia e outra alternativa se mete em qualquer negocio industrial ou comercial.
O que dá dinheiro são as actividades especulativas ligadas ao Estado. O Estado está transformado num grande senhor feudal, que concessiona mercados.O mercado não é livre o mercado pertence ao Estado e o Estado dá a quem tiver geito, arte e conhecimentos licenças para o explorar.Quem consegue um licença fica dono de uma parcela do mercado. A primeira licença não se vende-consegue-se - junto das repartições ou camaras.Depois vende-se com uma mais valia brutal.

Quem tiver uma licença para construir um campo de golf, um hotel, um centro comercial, um predio, um bairro ou uma vivenda tem nas mãos um cheque de muitos milhares de contos.

Basta visitar a pagina http://www.portugal-investment.com/ para perceber que já há empresas especializadas em vender licenças.

Uma vez explicaram à Lili Caneças que uma licença é um alvará.Estava a ser entrevistada e perguntou:
-Não precisam mais de mim?
-Então, «com alvará» que eu tenho que me ir embora...

terça-feira, maio 23, 2006

O racismo é natural...

Em todas as sociedades onde convivem, e mesmo onde não convivem, raças diferentes há racismo. Há racistas pretos, há racistas brancos, há racistas amarelos e até os há vermelhos.

As pessoas têm tendencia para se juntar segundo a sua nacionalidade, a sua cultura, a sua religião e a sua cor da pele, nada mais natural...Muito mais se juntam quando se sentem ameaçadas.

Dizer que no Brasil, em Angola ou em Portugal não há racismo é um disparate completo. Claro que há . Mas não há duvida é que no Brasil em Angola e em Portugal há menos racistas do que na África do Sul.

Dizer que o racismo é uma coisa natural não é dizer que o racismo é bom. Os terramotos e os furacões tambem são naturais e não são propriamente bons. Os macacos praticam, se assim se pode dizer, a «homossexualidade» , marcam territórios , expulsam macacos diferentes, e roubam alimentos. Os ratos matam aqueles que não petencem à sua tribo, tudo isto são comportamentos naturais.

O que nos distingue dos macacos é exactamente a nossa capacidade de distinguir o bem do mal, é perceber que não devemos ter comportamentos iguais aos dos macacos e dos ratos, é termos a capacidade de pensar como é que se pode evitar que as comunidades tenham comportamentos «naturais» mas maus.

Todos somos mais ou menos racistas, quando vemos uns pretos a assaltar alguém - somos levados naturalmente a generalizar e dizer - os pretos são uns ladrões - quando vemos um brasileiro a aldrabar alguem temos tendencia para dizer - os brasileiros são uns aldrabões - quando vemos um arabe a pôr uma bomba temos tendencia para dizer -os arabes são uns terroristas.

Ora, as generalizações são sempre injustas porque se há dez pretos que assaltam - há muitos mais que não assaltam- se há brasileiros que aldrabam - ha muitos que não aldrabam e por aí.

Ora o que nós devemos perguntar é como é que se evita o racismo sendo natural, não é com mais imigração mas também não é com um bloqueio. Ambas as medidas só vão aumentar o racismo dos dois lados - o racismo preto ou árabe e o racismo branco.

Voltando a Olivença...

Quando eu falo de uma queixa nas instancias internacionais , não me estou a referir a uma queixa do Governo Português. O Governo provavelmente não pode fazer queixa, as relações diplomáticas com Espanha são importantíssimas,os interesses afectados por tal queixa são concerteza muito mais poderosos e importantes que uma questão de principio.

Os Tratados Internacionais reconhecem que Olivença faz parte da Nação Portuguesa (tal como Cabinda), a Espanha assinou o Tratado que reconhece a soberania Portuguesa sobre Olivença.O Direito está por Portugal, se houver algumas forma de processar a Espanha na ONU ou nalgum Tribunal Internacional e essa queixa puder ser colocada pela chamada «Sociedade Civil» consegue-se pelo menos chamar a atenção da Comunidade Internacional para o problema.

É só preciso que haja algum advogado que estude o assunto. A Espanha diz que é um Estado de Direito, ora o Estado de Direito é o estado que cumpre o Direito.

segunda-feira, maio 22, 2006

Olivença

Há 205 anos os Espanhois roubaram-nos Olivença. Passados 205 anos há Portugueses que não deixam esquecer.Isto demonstra a paciencia e a raça dos Portugueses. É preciso que se diga que Olivença é portuguesa segundo o direito internacional.
Será que uma queixa nas instancias internacionais resultaria?'

João Cesar das Neves

Há assuntos que nos são sucessivamente impostos pela imprensa. Sem relevância prática ou significado real, vêm à actualidade por manifesto enviezamento dos jornalistas. A homossexualidade é um desses. Uma questão menor de costumes, para mais do foro pessoal, não mereceria atenção especial no meio dos graves problemas actuais se não existisse quem insiste em a impor.Desta vez a ocasião foi um estudo sueco, citado na prestigiada revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences, a que a nossa imprensa deu larga cobertura (Destak, 10 de Maio; SIC Notícias, 13 de Maio, etc.). Segundo as notícias, essa análise demonstra a "tendência homossexual determinada à nascença" e que a orientação sexual é genética.Basta olhar para o conteúdo para notar que o trabalho citado não prova nada disso. Como de costume, os títulos pouco têm a ver com a realidade. O estudo, bastante limitado e preliminar, apenas analisou a reacção cerebral de algumas (poucas) pessoas a odores de hormonas. O fundo do problema mantém-se.Apesar destes esforços de manipulação, a atitude sexual está longe de ser um instinto acéfalo absolutamente incontrolável. Cada um de nós, pessoas racionais, continua a poder determinar a sua vida de forma autónoma.Mas o aspecto interessante nunca foi a ciência, mas o propósito e a interpretação destas notícias. Partamos por isso do princípio de que aquilo que os nossos jornais dizem é verdade. Vamos assumir, para efeitos argumentativos, que a homossexualidade é apenas um assunto genético, sem qualquer influência comportamental ou escolha própria. O que é que tal significaria para a sua avaliação?Imagine que amanhã se descobria que existe um gene que determina o comportamento violento, preguiçoso ou racista de certas pessoas. Será que a sociedade iria passar a aceitar e recomendar essas práticas? O que aconteceria certamente é que elas seriam consideradas "doenças genéticas", como tantas outras consequências indesejadas que sabemos virem dos nossos cromossomas. Mas nenhum de nós alteraria a sua opinião (ou preconceito, como diz a imprensa) contra a violência ou o racismo por causa dessa descoberta.Isto significa que, quanto à questão valorativa, estas investigações são irrelevantes. A atitude perante a homossexualidade ou o racismo depende de uma posição moral, ideológica de fundo, o tal preconceito.Os resultados científicos, que são importantes para compreender a questão, não chegam para a avaliar. Sabemos há décadas que o mongolismo está impresso nos genes, mas isso não o torna bom.O problema, de facto, é moral, não médico. Qual então a consequência de dizer que a homossexualidade é (se fosse) só genética?Até 1973 a Associação Americana de Psiquiatria incluía a homossexualidade no catálogo das doenças do foro psiquiátrico. Quando foi retirada, isso constituiu uma grande vitória para aqueles mesmos que agora se esforçam por demonstrar que ela, afinal, é uma doença genética.Claro que não dizem que é uma doença. Pelo contrário, pretendem demonstrar (sem o conseguirem) que a homossexualidade é "natural". Mas uma doença é algo de natural, tão natural como a saúde. Aquilo que nos leva a considerar certas coisas naturais como doenças e outras como saudáveis é a nossa opinião de fundo sobre elas. É aí, e não na sua naturalidade, que reside o verdadeiro problema. Há cem anos o racismo era normal, e a homossexualidade aberrante. Hoje inverteram-se as situações. Mas aqueles que, desde sempre, repudiaram ambas são considerados preconceituosos, antes quanto à primeira, agora quanto à segunda.A visão milenar da Igreja Católica considera a homossexualidade como "depravação grave... intrinsecamente desordenada", mas acolhendo as pessoas com tendências homossexuais com "respeito, compaixão e delicadeza" (Catecismo da Igreja Católica, 2357-8). Por que razão esta posição, que está muito mais profundamente justificada e doutrinalmente elaborada que qualquer outra, é chamada um "preconceito do Vaticano" (SIC, loc. cit.), mas a oposta não é um preconceito dos media?Todos partimos de uma atitude moral para julgar o mundo. Por que razão algumas são aceitáveis e outras preconceitos? Neste tempo tolerante, cada um assume as suas posições e respeita as dos outros. Mas a imprensa, na sua proverbial imparcialidade, citando estudos que não entende, ataca arrogantemente umas e exalta outras. Esta é a feroz ditadura mediática em que vivemos.
Genética, preconceito e ditadura no Diario de Noticias de hoje

V Encontro Mundial Jovens Luso-Descendentes

Vitório Rosário Cardoso informa-nos...« A provar o universalismo português, os filhos da Nação, pelo mundo fora repartidos (5 continentes), reunir-se-ão a partir de hoje, segunda-feira, dia 22 de Maio, pelas 15:00 em Lisboa, para o V Encontro Mundial de Jovens Luso-Descendentes.A sessão inaugural terá lugar na Sociedade Histórica da Independência de Portugal (Palácio da Independência), co-organizado pelo Sec. Eestado das Comunidades Portuguesas-MNE, Secretaria de Estado da Juventude, Conselho Nacional da Juventude e Instituto Internacional de Macau.Mais uma vitória! "Os bons filhos à casa retornam".Publicarei mais elementos pela manhã.Quem estiver interessado em assistir, é bem vindo, pois, naturalmente as cerimónias na SHIP estão abertas ao público.»

domingo, maio 21, 2006

Medo aos ideólogos

«Eu confesso grande medo aos ideólogos que, afeitos às abstrações e concepções geométricas, pretendem refazer séculos de história nas suas mesas de trabalho»
Salazar 30/11/1954

Se Salazar tinha medo das teorias que partindo de um nada ficticio esqueciam o passado e tentavam criar situações imaginárias, muito mais medo tenho eu de ideias importadas pensadas em função de realidades nacionais distintas, com passado , presente e, como não podia deixar de ser, futuro muito diferentes dos nossos.

Não há regras:As Nações fazem-se e são feitas pelos Homens. «A vida dos povos é cheia de estructurações do passado e delicados germes do futuro, sem haver regra ou momento preciso que fixe as mutações na carta politica do mundo» Salazar 30/11/54

Não há lógica :«Portugal separou-se dos outros estados da Peninsula e tem noutros continentes elementos estructurais da Nação:um ilogismo quanto a alegados imperativos da geografia. A Suiça formou-se de alemães, franceses e italianos, que conservam os idiomas originais:um ilogismo quanto à língua. Os Magiares ocupam Há mil anos a Hungria, no seio de uma Europa linguistica e racialmente diferente: um ilogismo quanto à raça» Salazar 30/11/54

As Nações são feitas por Homens , mas mais do que feitas por Homens são feitas pela vontade desses Homens. O que faz uma Nação é a Vontade, é o querer, as nações podem ser ou não ser universalistas,Portugal é uma nação universalista porque foi assim que nos fizemos,o passado só desaparece se for esquecido.

sábado, maio 20, 2006

Identidade Gastronómica Portuguesa em Perigo

O Director da revita da ARESP (Associação da Restauração) Antero Jacinto, diz no editorial da revista do mês de Maio o seguinte:
«Neste momento em Portugal, deparamo-nos com a impossibilidade de desenvolvermos alguns projectos, devido ao sem numero de barreiras e aos seus enormes custos de sustentabilidade, o que só os torna acessíveis a grandes grupos. Por seu lado a «raia miuda» luta com grandes dificuldades, e por essa razão a restauração apoiada em nichos familiares tem os dias contados, o que significa, de algum modo, perder-se a nossa identidade gastronómica»

Uma base militar em S Tomé

«Tanto quanto sei existe já de uma forma insípida alguma cooperação militar entre Portugal e os PALOP's e até exportação de fardamentos para algumas FA desses países. No entanto, eu também advogo a necessidade de se reforçar a cooperação militar por forma a o mundo lusófono ter uma mior presença estratégica no Atlântico Sul (veja os meus textos sobre S. Tomé). Para iso, já defendi a necessidade do estabelecimento de uma base naval permanente em S. Tomé, para onde pudessem concorrer esforços do Brasil, e até o destacamento de uma froça de infantaria angolana. Seria uma espécio de Diego Garcia lusófona no Atlântico, e que com o estacionamento permanete de uma fragata e duas corvetas portuguesas, mais um ou dois vasos de guerra brasileiros permitiriam estabelecer um "domínio" nessa zona do mundo. Também se poderia destacar uma pequena esquadrilha de caças F-16 e dois ou três helicópteros pesados (os futuros EH seriam uma hipótese) que se juntariam ao Aviocar que lá se encontra há uns anos. Para isso teriam que se fazer adaptações no porto de S. Tomé e construir alojamentos e infra-estruturas no aeroporto. Dois C-130 seriam a ponte para rotação de pessoal e transporte de equipamentos diversos para amanter essa força. As fragatas seriam rendidas de 2 em dois meses. E creio que o governo de S. Tomé, ameaçado que está pela hegemonia da vizinha Nigéria até agradeceria, e com a participação de Angola e Brasil, não seríamos acusados de "neo-colonialismos". Se não fizermos isso, verá que dentro de 2 ou 3 anos serão os EUA a estabelecerem lá uma base militar, e nós ficaremos a chuchar no dedo 8) .»
Rui Elias Investigador
Pinado do http://www.forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?t=363

Amnistia Internacional defende Assassinios em massa

A Amnistia Internacional prepara-se para exigir a legalização do aborto.
Ver mais em:President of India Bishops Conference Slams Amnesty's Proposed Abortion Push

Eles sentem-se Portugueses

Um testemunho dorido e indignado:Orgulhosamente Só

sexta-feira, maio 19, 2006

Respeito pelos mais velhos

«Como é natural, os mais joves não ousarão,..., bater nos mais velhos, nem exercer sobre eles qualquer outra violencia, nem tão pouco ultrajá-los seja de que maneira for. Com efeito, dois poderosos guardas os impedirão:o respeito e o temor»

Platão «A Républica»

O Cinema Mexicano e o racismo

«No plano culural parece que, além- Atlantico, só o Mexico e o Brasil têm verdadeira personalidade, um espírito de nação una que, nem na poderosíssima Norte-America se encontra com tamanha força. Esta, eivada de racismo, de cosmopolitismos brancos, de preconceitos sociais e politicos, intenta ser agora a imagem de uma Europa revolucionária que só tem existencia real há duzentos anos. O México e o Brasil , começando como começamos todos, parecem restaurar a Europa de sempre, colónia da mãe-Roma, herdeira do seu primado espiritual. Por singular coincidencia , o México e o Brasil são as duas únicas nações mestiças da América e que, iniciando agora a sua ascensão nacional, se iniciam misturando-se, misturando as raças, como misturou a Europa Latina, sob o dominio de Roma.
Por isso as explosões nativistas que irrompem tumultuosas tanto no Brasil como no México:-são o final da sintese que amalgama dois conceitos de cultura. Por iso o nacionalismo cinematográfico mexicano, com bastante mais pujança que o brasileiro, deu o duo Fernandez- Figueiroa - e deu Cantiflas.
Emilio Fernandez e Gabriel Figueiroa não têm, todavia, o vigor intelectual de Cantiflas. São anti-europeus: são racistas, de racismo indio;são o que resta de uma civilização absorvida por outra muito mais forte. Não aproveitam nada, a não ser a tecnica, do que lhes veio da Europa. São ateus, semi-pagãos, uns revoltados sem vontade de viver e cheios de ódio, de complexos de inferioridade e vontade de matar. Limitando-se a si mesmos;perderam universalidade. São mais nativistas que nacionalistas,...>

Manuel Maria Múrias - História Breve do Cinema - Editorial Verbo 1962

A Inconsequencia da acção política da Direita

A inconsequencia da acção politica da Direita Nacional no ultimo mês na Internet fez com que uma declaração de um ministro a um obscuro jornal, fosse levada ao parlamento, aos jornais e à televisão. Fez com que o CDS nos seguisse, obrigou Ribeiro e Castro a pronunciar-se sobre o assunto no Congresso do CDS o que provocou a critica de Marcelo Rebelo de Sousa à calinada que foi a declaração do ministro ao defender que o castelhano e o português são uma unica lingua.Isto foi feito sem organização e por uma causa muito limitada no tempo ( a demissão do ministro)A Direita não representa a Nação, representa uma parte da Nação, mas defende a representação politica organica dos diversos interesses que há naturalmente na Naçao.A unica forma da Direita Nacional crescer não é defender apenas os interesses naturais da Direita. A Direita tem que conseguir transformar-se não num partido, mas numa estructura intermédia que consiga defender os interesses das pequenas corporações, dos pequenos municipios, dos diversos interesses locais que são asfixiados por este Estado Partidário e Socialista dominado pelas grandes corporações e organizações que ou financiam os partidos ou têm a capacidade de influenciar o sentido de voto ds seus membros.Esta estructura é facilmente criada com esta ferramenta politica verdadeiramente extraordinária que é a Internet.Podemos mudar as coisas de vez na organização politica da sociedade, se o nosso objectivo for não: ter razão, não: destruir, não : chegar ao poder, mas servir.A palavra chave está em servir Estarmos disponiveis para servir

O Codigo D'Avintes

quinta-feira, maio 18, 2006

Portugal aos Portugueses

O slogan «Portugal aos Portugueses» é apenas isso e só isso um slogan. Foi debatido e decidido numa reunião em que eu estava lá na qualidade de convidado. Foram debatido outros e foi este o escolhido porque se achou que era mobilizador e poderia trazer votos.

Na altura foi pensado para uma determinada campanha e não para um tempo histórico. Foi puro marketing.

Querer transformar o slogan em qualquer tipo de politica é perfeitamente disparatado.

Quer dizer o quê? Que os estrangeiros têm que se ir embora? E quais estrangeiros ? Só os pobres? Só os ricos? Só os pretos? Só os loiros de olhos azuis?Ou todos?

As maiores colonias de estrangeiros não estão na Cova daMoura. Estão no Algarve, em Vale do Lobo e na Quinta do Lago.

Se os estrangeiros estão a ocupar o espaço dos Portugueses, os da Cova da Moura ocupam o espaço que nenhum Português quer ocupar- se alguem quizer ir viver para uma barraca na Cova da Moura ou é doido ou é sociologo.

Os da Quinta do Lago sim, ocupam o espaço que os Portugueses gostariam de ocupar - mas não têm caroço

Se não quer dizer que os estrangeiros têm que ir embora quer dizer o quê? Que os estrangeiros não podem vir para cá? E quais ? Todos? Ou só os loiros? Ou só os pretos?

Os da Auto Europa podem ? E para trabalhar na construção civil podem?E no comércio? Podem? E na restauração podem ? Se não tivessem entrado entrado estrangeiros nos ultimos anos não teriamos tido a Expo, nem o Euro, nem a Ponte Vasco da Gama, nem a Auto Estrada para Algarve , os restaurantes e parte do comércio estavam fechados.

Talvez não, talvez tivessemos, tinhamos é que pagar mais. Pagar aos Portugueses. Desempregá-los do Estado e das Camaras Municipais, do fresquinho do ar codicionado e e pô-los a acartar baldes de massa e tijolos .

Isto como qualquer pessoa percebe é o sonho de qualquer português: servir à mesa, estar atras do balcão e acartar baldes de massa .

A imigração é um problema grave, gravissimo, que pode destruir a Europa tal como a conhecemos mas não se combate apenas com politicas de imigração, com bloqueios, o bloqueio pode diminuir o fluxo, enriquecer os traficantes e atrazar a invasão, mas não a impede Não há na História um bloqueio que tenha dado resultado.

Quando um avião daTAP ao aterrar em Lisboa desce o trem de aterragem e cai um cadaver de um imigrante ilegal percebe-se que não há bloqueio que resulte.

O problema está na origem e tem que ser resolvido pelos europeus, é preciso uma politica ultramarina para a Europa, uma nova Conferencia de Berlim , em que cada Estado que descolonizou da maneira infame que descolonizou va ajudar os povos africanos a resolver o assunto com civilização, usando os novos instrumentos do direito internacional, como o Tribunal Internacional de Haia. Não devia ser permitido que Mafias tomem conta de Estados.

Mas temos que começar por cá...

Eles sentem-se Portugueses

'ÓRFÃOS DE PÁTRIA' NA ESTREIA Notícia do CM ‘Órfãos de Pátria’ é o título do primeiro trabalho a ser exibido no ‘Em Reportagem’. Na peça realizada pelo jornalista António Mateus, é retratado o abandono dos comandos de origem africana que, durante a Guerra Colonial, combateram integrados no Exército Português em pleno território da Guiné-Bissau. Abandonados pelo Estado Português no decurso da transição para a independência, todos os oficiais acabaram por ser fuzilados. Só as patentes mais baixas escaparam. No entanto, são, ainda hoje, alvo de discriminação, vivendo em situação de pobreza extrema e sem qualquer reconhecimento do País que defenderam. António Mateus explica a escolha do nome: “Eles sentem-se portugueses, o que agrava a noção de abandono pelo Estado português.”
Noticia CM pinado do ForumDefesa.com

quarta-feira, maio 17, 2006

A maioria vale para tudo, excepto...

Uma coisa que me encanta nestes nossos democratas é a estupidez e a incoerencia.
A maioria vale para tudo, para decidir o que é o bem e o que é o mal , para decidir se se aborta ou não, para decidir se matam os velhos ou não, para dizer que a pratica da sodomia dá direito a adoptar crianças, dá para tudo....

Só há uma coisa que, para os nossos democratas, a maioria não pode decidir:é que a hierarquia da Igreja seja tratada pelo Estado de acordo com a História e com a população que representa.

Neste assunto a maioria não vale nada , a maioria da população portuguesa que é católica não vale nada, ou antes vale tanto como a minoria de judeus, muçulmanos, testemunhas de Jeová ou adoradores de Odin.

Andam a pedi-las...Pedem tanto, tanto, tanto que um dia alguem lhes dá o que pedem

D Duarte não esquece Cabinda


A questão da independência e do direito à autodeterminação do povo de Cabinda é outro assunto que D. Duarte de Bragança não esquece. «Segundo a Carta das Nações Unidas e o Direito Internacional não se pode negar a nenhum povo o seu direito à autodeterminação. Nenhum dos territórios portugueses em África e Timor puderam exercer esse direito no momento em que acederam à independência», recordou o chefe da Casa Real. «Ninguém lhes perguntou se quereriam ser Estados Associados, ou Confederados, a Portugal, por exemplo, porque o que se tratou era de satisfazer os interesses dos imperialismos ideológicos e políticos da época, aos quais os nossos revolucionários de 1974 se encontravam enfeudados. Ora, Cabinda constitui um povo com um território e uma História própria»

Pinado do IBINDA.COM - Cabinda Digital

Governador de Cabinda proíbe comemoração do aniversário do Tratado de Simulambuco

Nacionalismo Como Comunitarismo

Mais uma lição sobre a Nação e o Nacionalismo Nacionalismo Como Comunitarismo Uma das diferença...

Monumento comemorativo do tratado de Chinfuma

Tratado de CHINFUMA

1. CHINFUMA
Aos 29 dias do mês de Setembro do ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1883, no morro de Chinfuma, em Lândana, na costa ocidental de África, achando-se reunidos como representantes por parte do governo português o capitão-tenente da armada Guilherme Augusto de Brito Capelo, comandante da corveta Rainha de Portugal, e pela dos povos que habitam os territórios de ambas as margens do rio Kakongo, os Príncipes e mais Cavalheiros, actuais Chefes e governadores dos mesmos povos, que por todos presentes foram reconhecidos como sendo os próprios, juntamente com os negociantes portugueses e estrangeiros, donos das casas comerciais estabelecidas em Lândana, Chiloango, e margens do citado rio, os quais se prestaram a assistir a esta reunião como testemunhas dos actos que nela se praticassem, estando também presentes o commender Robert F. Hammick da canhoneira inglesa Flirt, e o gerente da casa Hatton & Cookson, R. E. Demet, foi pelo referido comandante declarado que tendo alguns chefes manifestado desejos de pedirem a protecção de Portugal, sob cuja soberania queriam ficar, por ser a nação com a qual mantinham mais e constantes relações, tanto comerciais como de hábitos e linguagem, desde que europeus haviam pisado território de África para o sul do Equador, ele comandante vinha agora munido de plenos poderes que lhe tinham sido conferidos pelo governo de Sua Majestade EI-Rei de Portugal, a fim de fazer um tratado que, depois de assinado e aprovado por ambas as partes contratantes, estabelecesse as futuras relações entre Portugal e os países governados pelos chefes que assinassem.//
E tendo os Príncipes e mais Cavalheiros formalmente declarado que queriam firmar com a sua assinatura um documento pelo qual ficasse bem autenticado o protectorado e soberania de Portugal sobre todos os territórios que se estendem do rio Massabe (Luiza Loango das cartas inglesas) até Malembo, se discutiram e aprovaram onze artigos de um tratado que depois de lido e explicado em boa e devida forma, tanto em português como em língua do país, foi por todos assinado (com o sinal de cruz, por não saberem escrever).//
E para que de futuro ficassem bem autenticadas as resoluções tomadas nesta solene reunião, se lavrou esta acta, que vai por todos assinada, ficando junto ao tratado, do qual se tiraram cópias devidamente certificadas e seladas com o selo usado nos documentos oficiais da corveta Rainha de Portugal, e entregues aos principais Chefes, Tali-e-Tali, Príncipe Regente do Reino de Kakongo, Mancoche, Rei do Encoche Luango, António Tiaba da Costa, governador do Massabe, digo António Tiaba da Costa, Regente do Reino de Chinchôcho, representando a Rainha Samano; Mangoal, Príncipe Regente do Mambuco Manipolo; António Tiaba da Costa, governador de Massabe, representantes de chefes dali, que receberam também a bandeira portuguesa para a mandarem içar nas suas povoações e nos locais que fossem cedidos ao governo português, a fim de a conservarem e defenderem como símbolo representativo da soberania e protectorado de Portugal sobre os territórios por eles governados.
Morro do Chinfuma, 29 de Setembro de 1883.//
Guilherme Augusto de Brito Capelo, comandante da corveta Rainha de Portugal. Sinal do Príncipe Tali-e-Tali. - Sinal do Príncipe Mancoche. - A. Tiaba da Costa. - Sinal do Príncipe Mambuco. -Sinal de Matanga do Tenda. - Cristiano Frederico Krusse Gomes, 1.' tenente da armada. -Aquiles de Almeida Navarro, facultativo naval de 1.8 classe. João Rodrigues Leitão Sobrinho, negociante em Lândana. - William Rattray, Chiloango. Pedro Berquó, guarda-marinha. - Fidel del Valle. - António Nunes Serra e Moura, oficial de fazenda da armada.
(Cf. B. O. de angola, n.' 42-1833, pág. 733-734)

TRATADO

Guilherme Augusto de Brito Capelo, capitão-tenente da armada, comendador de Avis e cavaleiro de várias ordens, comandante da corveta Raínha de Portugal, delegado por parte do governo de Sua Majestade EI-Rei de Portugal, concluiu com os príncipes Tali-e-Tali, Regente do Reino de Kakongo, Mancoche, Rei do Encoche Luango, António Tiaba da Costa, Regente do Reino de Chinchôcho, representante da Rainha Samano, e Mangoal, Regente do Mambuco, e seus sucessores, bem como os mais Chefes dos territórios que do rio Massabe se estendem até Malembo, na costa ocidental de África, o seguinte:
Artigo 1.' -Os Príncipes e mais Chefes do País, e seus sucessores, declaram, voluntariamente, reconhecer a soberania de Portugal, colocando sob o protectorado desta nação todos os territórios por eles governados,
Art. 2.' - Portugal reconhece os actuais Chefes, e confirmará os que de futuro forem eleitos pelos povos, segundo as suas leis e usos, prometendo-lhes auxílio e protecção.
Art. 3.' - Portugal obriga-se a manter a integridade -dos territórios colocados sob o seu protectorado.
Art. 4.' - Aos Chefes do País e seus habitantes será conservado o senhorio directo das terras que lhes pertencem, podendo-as vender ou alienar de qualquer forma para o estabelecimento de feitorias de negócio ou outras indústrias particulares, mediante o pagamento dos costumes, marcando-se duma maneira clara e precisa a área dos terrenos concedidos, para evitar complicações futuras, devendo ser ratificados os contratos pelos comandantes dos navios de guerra portugueses.
Art. 5.' - A maior liberdade será concedida aos negociantes de todas as nações para se estabelecerem nestes territórios, ficando o governo português obrigado a proteger esses estabelecimentos, reservando-se o direito de proceder como julgar mais conveniente, quando se provar que se tenta destruir o domínio de Portugal nestas regiões.
Art. 6.1 - Os príncipes e mais chefes indígenas obrigam-se a não fazer tratados, nem ceder terrenos aos representantes de nações estrangeiras, quando esta cedência seja de carácter oficial, e não com o fim mencionado no artigo 4.
Art. 7.1 - Igualmente se obriga a proteger o comércio quer dos portugueses, quer dos estrangeiros e indígenas, não permitindo interrupção nas comunicações com o interior, e a fazer uso da sua autoridade para desembaraçar os caminhos, facilitando e protegendo as relações entre compradores e vendedores, as missões religiosas e científicas que se estabelecerem temporária ou permanentemente nos seus territórios, assim como o desenvolvimento da agricultura.
§ único - Obrigam-se mais a não permitir o tráfico da escravatura nos limites dos .seus domínios.
Art. 8. - Toda e qualquer questão entre europeus e indígenas, será resolvida sempre com a assistência do comandante do navio de guerra português, que nessa ocasião estiver em possível comunicação com a terra.
Art. 9. - Portugal respeitará e fará respeitar os usos e costumes do País.
Art. 10. - Os Príncipes e chefes cedem a Portugal a propriedade inteira e completa de porções de terrenos em Lândana, Chinchôcho e Massabe, que serão marcados de combinação com os chefes dessas localidades a quem os príncipes encarregam de fazer a entrega.
Do acto de posse se lavrarão dois autos, um dos quais ficará na mão do delegado do governo português, e o outro na do chefe indígena.
Art. 11.0 - 0 presente tratado assinado pelos príncipes e chefes do país, bem como pelo capitão tenente comandante da corveta Rainha de Portugal, começará a ter execução desde o dia da sua assinatura, não podendo contudo considerar-se definitivo senão depois de ter sido aprovado pelo governo de Sua Majestade EI-Rei de Portugal.
Chinfuma em Lândana, 29 de Setembro de 1883. (Cf. Fig. P 1
Guilherme Augusto de Brito Capelo, comandante da corveta Rainha de Portugal. Sinal do Príncipe Tali-e-Tali, Regente do Reino de Kakongo. - Sinal do Príncipe Mambuco, Vice-Rei de Kakongo. - Sinal do representante da Rainha Samano - A. Tiaba da Costa. Chela. Sinal de Maluango, Cavalheiro de Chinchocho. - Sinal - de Mangovo-Mambo, idem, Sinal de Matenda, da Ponta de Lândana. - Sinal de Marumba, Cavalheiro de Lândana e Malembo. - Sinal de Mancoche de Muba, Cavalheiro idem. - Sinal de Mancungo, idem. - Sinal de Michela, Cavalheiro de Malembo. Sinal de Mambanga, Cavalheiro de Lândana e Malembo. - Sinal de Binduco, idem. Sinal de Capita, idem. - Sinal de Mangove Fernandes, Cavalheiro de Malembo. - Sinal de Maçassa-Manifuta, Cavalheiro de Kakongo. - Sinal de Matanga, do Luvula. - Sinal de Mafuca, - de Lândana. - Sinal de Malambo, - de Lândana. - Sinal de Mafuca-Baba, de Malembo. Sinal de Manimbanza, do Chilunga. - Sinal - de Ganga-Chinfuma, de Lândana. Sinal de Ganga-Bembo, de Lândana. - Sinal de Matenda, do Boiça. - Sinal de Capita-Manitate, de Kakongo. - Sinal de Capota-Mambuco, do Malembo. - Sinal de Mangove, do Ombuco. - Sinal de Mangove, do Tenda. - Sinal de Mangove, do Muba. - Sinal de Capita, do Muba, - Sinal de Linguister, de Tenda. - Sinal do Príncipe Mamimbache, do Kakongo. - Sinal de Ganga de Mechemechama, do Kakongo, - Sinal de Ganga de Chinfuma, do Malembo. - Sinal de Ganga Mafula, - do Kakongo. - Sinal de Capita-Manimacungo, do Malembo. - Sinal de Ganga e Lunga, do Kakongo. - Sinal de Mentata do Luvula, da Ponta de Lândana. - Sinal de Bundo, de Tenda. - Sinal de Mampágala, de Tenda. - Sinal do príncipe Mansange, do Massabe. - Sinal de Maunvule, idem. - Sinal de Mabichete, idem. Sinal de Pincho, idem. - Sinal de Maticibala, idem. - Sinal de Manuela, idem. Sinal de Massuco, idem. - A. Tiaba da Costa.- Sinal de Ganga-Muculo, do Encoche-Luango. - Sinal de Umbinduco, idem. - Sinal de Massi-Mongo, idem. - Sinal de Banche-Luanda, idem. - Sinal de Mancaca, idem. - Sinal de Mangoge-Bembo da Costa, de Tenda. - Sinal de Meimecasso, idem. - Sinal de Mangove-Mazunga, de Malembo - Sinal de António Pitra, idem.
Nós abaixo assinados, certificamos, que as assinaturas e sinais são dos próprios, por os termos visto fazer e os reconhecermos individualmente.
João José Rodrigues Leitão Sobrinho. Negociante em Lândana.
A. Tiaba da Costa // Fidel del Valle (Está o selo das armas reais)

A Nação instrumental

Leia-se sem demora A Nação instrumental porque é preciso unir sem demora os Portugueses à volta de Portugal .

terça-feira, maio 16, 2006

Cabinda


Como o ALMA PÁTRIA - PÁTRIA ALMA chama muito bem a atenção em Repressão e racismo em Cabinda os Cabindas continuam a ser martirizados pelo Governo democrático do Sr Eduardo dos Santos. Cabinda é um protectorado português através dos tratados de «Simulambuco, Chinfuma e de Chicamba ..., os Cabindas escolheram livremente :« porque os naturais destas terras querem ficar sob o protectorado de Portugal, tornando-se de facto súbditos da Coroa Portuguesa, como já o éramos por costumes, hábitos e relações de amizade. E, portanto, sendo da nossa inteira, plena e livre vontade que de futuro entremos nos domínios da Coroa Portuguesa.»

Está lá a nossa assinatura nos tratados. Se há Honra neste nosso País devemos protestar, se não temos força militar (embora agora vão militares parao Congo fazer não sei o quê) temos força diplomatica. Podemos emperrar a União Europeia. É preciso protestar novamente

Para quem quizer saber a história de Cabinda:Cabindas

A Igreja

A Igreja somo nós. Dizer que há uma crise na Igreja é olhar para o umbigo e pensar que se está a ver o mundo. É dizer que estamos em crise. A Igreja é Una mas plural, é Santa mas feita por nós, que somos maus como as cobras
A crise da Igreja é a crise da nossa Igreja , da Igreja Portuguesa, da Igreja na Europa

A Igreja no mundo esta forte como nunca esteve

Havia 748 milhões de Catolicos no mundo em 1978 hoje há 1 ,06 bilião (cerca de50% de aumento)

Do bilião 490 milhões estão na América, 258 milhões na Europa, 130 em África e 100 milhões na Ásia e 80 milhões na Oceania.

Da população da América do Sul 87% são católicos,da América Central 67%,da América do Norte 24%, daEuropa 40%,da Oceania 27% e de África 17%

Em África cresce 4.5% ao ano na Europa está estagnado o crescimento

Apesar de todos os nossos erros a Igreja mantem-se unida no essencial .

Há erros? Claro que há.Há pecadores? É feita deles.

É mal conduzida? É conduzida pelo Espirito Santo. Será que há alguem que conduz melhor que Deus?

É mais facil multar a sopa?

O Rolo Compressor

«No livro Les Hommes au Milieu des Ruines, Evola aborda directamente a questão política, dirigindo-se à jovem direita italiana e propondo-lhe «uma visão geral da vida e uma doutrina rigorosa do Estado». Ao Estado moderno ele opõe o ideal do Estado orgânico cantado já por Vico e Fustel de Coulanges: o Estado em que cada um tem o seu lugar ? como, no organismo cada órgão tem o seu. O Estado, diz ele, é um conjunto tanto espiritual como «físico». Não é «o reflexo» da sociedade, é o agente que transforma e estrutura essa sociedade e que, apontando-lhe um destino, faz de um agregado sem coesão um verdadeiro conjunto elevado à dignidade de político» (Cadernos Evolianos )

Ora, digo eu, este Estado existe naturalmente na sociedade, cada um de nós ocupa o seu lugar na sua familia,na sua empresa, no organismo ou organismos em que desenvolve a sua vida publica e privada.

Existe mas sem poder, porque o Poder está no Estado e o Estado está nas mãos dos partidos e dos «especialistas» fanáticos da sua especialidade.

Cada um de nós, individualmente, é impotente face a este poder absoluto, ou se junta aos grandes grupos corporativos ou sem instituições intermédias não pesa nada, não vale nada face a este autentico rolo compressor e asfixiante que é o Estado actual.

Como diz Pio XI «Ao falarmos na reforma das instituições, temos em vista sobretudo o Estado. Não porque dele deva esperar-se todo o remédio , mas porque o vicio do já referido «individualismo» levou as coisas a tal extremo que, enfraquecida e quase extinta aquela vida social outrora rica e harmonicamente manifestada em diversos géneros de agremiações, quase só restam os individuos e o Estado. Esta deformação do regime social não deixa de prejudicar o próprio Estado, sobre o qual recaem todos os serviços que as agremiações suprimidas prestavam e que verga ao peso dos negocios e encargos quase infinitos»
«Quadragesimo Anno» 15 Maio 1931

segunda-feira, maio 15, 2006

O Sexo dos Anjos

É perfeitamente sensacional o trabalho desenvolvido (gratuitamente) por Manuel Azinhal no O Sexo dos Anjos nos ultimos anos.É um repositório do Pensamento Português verdadeiramente fabuloso, um arquivo de artigos, dispersos por diversas publicações,um armário de ideias que ilustram o Pensamento da Direita Portuguesa de forma literalmente extraordinária

Há-de ser citado nos proximos cem anos

Muito obrigado

Os dois textos que se seguem foram de lá pinados

FEBO MONIZ O HERÓI VENCIDO

É lei geral de psicologia afirmar-se que ninguém escapa à influência do meio ambiente. E tão geral e tão notória se tornou esta regra, que a própria filosofia das nações a consagra em mais de um provérbio: acompanha um coxo, e aprenderás a coxear; quem com mal trata, sempre se lhe apega; cada cuba cheira ao vinho que tem...Mas não há regra sem excepção. De tempos a tempos aparecem, na vida dos povos — quase sempre nas suas horas mais críticas —, homens extraordinários e com uma personalidade vincada, que se alteiam acima dos seus contemporâneos, e que sabem resistir, nobremente, a todos os factores de corrupção, a todas as pressões morais ou materiais que sobre eles se exercem com terrível insistência e feroz brutalidade.Algumas vezes, não conseguem vencer a animadversão, os preconceitos, as cobardias, as incompreensões gerais, porque é dificílimo lutar contra a maré e arrostar, sozinho, a peito descoberto, contra os interesses suspeitos ou feridos, e contra as miseráveis paixões humanas.Quando assim acontece, os heróis são vitimas. Ninguém atenta neles. Pode uma ou outra pessoa estacar, respeitosa, perante o seu patriotismo inconcusso, ou perante a sua abnegação superior; mas a maioria sorri e chasqueia, se por acaso não range os dentes com ódio e com... medo!O homem corajoso e destemido que se atravessa no caminho de um povo, e que pretende chamá-lo à razão ou salvá-lo da ruína, no momento preciso em que esse povo se afunda no egoísmo e na pior das corrupções, é olhado como um perigoso desmancha-prazeres e como um inimigo — talvez como o Inimigo n.° 1 da sociedade! A voz do bom-senso, da razão, da verdade e da justiça não encontrarão eco à sua volta, porque nessas circunstâncias dolorosas há seres humanos, com todas as suas fraquezas e vícios, mas não há almas nem consciências, susceptíveis de vibrarem perante os idealismos superiores.E porque assim acontece, o Herói será raivosamente combatido; será vítima da própria temeridade! Aqueles que, porventura, ainda o aplaudem no seu fôro íntimo guardam, em público, o silêncio, suicida e comodista, filho da indiferença, do egoísmo e da irresponsabilidade. O infeliz será, irremediavelmente, sacrificado, e nem um único braço se levantará para o defender, nem uma única voz, máscula e justiceira, se erguerá para apoiar a sua causa! Quando as sociedades se afastam da vida sóbria e virtuosa, resvalando para o mar-alto dos vícios e dos prazeres torpes, nunca acreditam que a perdição se aproxima. Todos os avisos e sinais de alarme são inúteis, porque ninguém se quer privar das misérias e porcarias que aviltam a sociedade e corrompem as almas. Os homens austeros e de carácter, que dizem as verdades, que flagelam os erros, e que apontam o caminho dos sacrifícios, em vez de louvarem, hipocritamente, as miseráveis paixões humanas, são olhados como puritanos, como pessimistas ou como maníacos! Às vezes, ainda se nota uma insignificante paragem na corrida para o abismo, mas quase imperceptível e de pouca demora, porque logo todos encolhem os ombros, e murmuram entre os dentes, com feroz cinismo: "Deixai-o falar... Tristezas não pagam dívidas... Vamos gozar enquanto é tempo!"E o Homem justo e genial que pretendeu salvar o Povo, expondo-se ao sacrifício, é triturado e esmagado, sem dó nem piedade, por esse mesmo Povo que ele, abnegadamente, pretendia salvar!***Tal foi o caso de 1580. No melo do aviltamento geral, apareceu Febo Moniz a defender, nas Côrtes de Almeirim e fora das Côrtes, a vacilante causa da Pátria. Mas um Homem não pode, só por si, transformar, de repente, a mentalidade de um Povo; não é fácil salvar uma nação contra a sua própria vontade! Não havendo colaboradores leais, que obedeçam, sem pavores nem traições, às directrizes do chefe, e que, ao mesmo tempo, preparem o ambiente dentro do qual se desenvolverá a posterior acção do animador que os impulsiona, nada é possível fazer.Ora Febo Moniz não encontrou Homens corajosos e desinteressados, como ele, que quisessem expor a vida pela Pátria. Camões, o grande Patriota, agonizava completamente abandonado (1). Todos, mais ou menos, se encolhiam e tergiversavam! O inimigo externo adulava as paixões dos portugueses, envilecidos pelo luxo e pela devassidão, oferecendo benesses e dinheiro. Que contrapunha o destemido Herói a essa campanha de suborno? Pouca coisa, para as multidões. O grande Patriota não discursava; não fazia promessas mentirosas: dizia verdades. E as verdades não podiam nunca agradar, de tal forma eram dolorosas e cruéis.Pela sua boca, falava o velho Portugal, dos tempos saudosos e já remotos em que os homens eram de antes quebrar que torcer, dos tempos em que havia portugueses em Portugal!O povo ainda se agitava, num patriótico movimento instintivo de legítima defesa, numa incontida ânsia de independência. Mas de que valiam forças desunidas e fraccionadas? Os despeitos, as invejas, os ódios, as ambições ilegítimas cavavam largos e intransponíveis fossos entre os cidadãos e entre as diversas classes sociais. Acima dos interesses superiores da grei, os homens punham as suas mesquinhas vaidades, caprichos ou pessoalismos.A sociedade portuguesa esboroava-se vergonhosamente, e a voz de Febo Moniz era bem a proverbial voz clamando no deserto... Uns atraiçoavam-no vilmente, outros pretendiam convencê-lo ou mesmo vencê-lo, à custa de mil e um processos, que iam desde a intimidação até às razões especiosas.Febo Moniz permanecia, porém, inabalável como um rochedo, contra o qual nada vale a fúria do mar. Este Herói é bem o homem forte, que nunca abandona a causa da Verdade, e que por ela se deixa morrer. Escravo do Dever e da Honra, ele próprio dizia com altivez: "Eu, Senhor, não saí do meu buraco para fazer o que não devo..."E porque quis cumprir, até ao fim, a sua obrigação de Português, teve de lutar contra milhares e milhares de opositores declarados ou encapotados, os quais, por todas as formas, lhe tolhiam os movimentos. Essa luta homérica e desproporcionada, de um contra mil, havia de terminar pela sua derrota, porque as almas estavam contaminadas e endurecidas, nada as comovendo ou interessando, a não ser o luxo, o prazer e o dinheiro! Nem argumentos, nem razões, nem lágrimas venciam a dureza de coração, a contumácia dos homens de 1580.Quando em Janeiro daquele triste ano, Febo Moniz chorou, suplicante, de braços estendidos para um Crucifixo, os procuradores às Cortes de Almeirim ficaram indiferentes, como indiferentes ficaram com as palavras, sentidas e patéticas, que o Herói então pronunciou: "Pelas lágrimas dos orfãos que vivem de esmolas do Reino de seu rei natural; pelo remédio dos fidalgos que lhes tirais entregando-os a rei estranho; pelas necessidades das viúvas que eu sei acham amparo; pelas misérias dos pobres que neles acham abrigo, peço-vos, Senhor, que conserveis este Reino na liberdade, em que os reis vossos antepassados, a quem sucedestes, o puseram. Representai ante vossos olhos que todos comigo vos dão vozes: — A quem nos deixais, Senhor? Por que nos cativais? A quem nos entregais? Onde nos trazeis? — clama o vosso povo; clamam as nossas consciências; clama a nossa justiça; clama a razão; e os nossos clamores hão-de chegar ao céu. Dai-nos liberdade; e se vos parece que a não merecemos, tirai-nos juntamente a vida, para que com ela se acabe o nosso cativeiro, que antes queremos, os verdadeiros portugueses, entregar de boa vontade a vida, que perder a liberdade e sossego." (2)As reacções foram de tal forma insignificantes, que a independência nacional desapareceu, e Febo Moniz morreu na prisão, onde fora encerrado à ordem do rei estrangeiro.***Foi este, pois, o primeiro e o maior dos Heróis da Restauração de 1640. E foi o maior dos Heróis, apesar de vencido, porque conseguiu ser Herói no meio de traidores e de indignos, sem o mínimo desvio, sem a mais insignificante mácula!Febo Moniz foi o precursor de 1640. Os conjurados que em 1 de Dezembro libertaram Portugal do domínio estrangeiro foram, decerto, grandes e valorosos portugueses: foram Heróis!Mas foram-no em ambiente propício; encorajaram-se uns aos outros; na lição de sessenta anos de cativeiro e no mútuo exemplo encontraram razões e estímulos pare as suas possíveis vacilações ou fraquezas. Sabe-se que o heroísmo também é contagioso. A heroicidade de qualquer indivíduo pode arrastar outros à prática de actos insignes, por emulação, capricho ou fanatismo. Alem disso, o próprio melo influi na formação de uma certa mística, susceptível de produzir a ânsia de heroísmo. Só assim é possível, talvez, explicar, por sugestão psicológica e influência do ambiente, a abundância de grandes homens em determinados períodos históricos.Não é este o caso de Febo Moniz. O Herói de 1580 foi, por assim dizer, único. Decerto havia ainda muitos e muitos bons Portugueses, mas dispersos, isolados e silenciosos.Foi ele quem salvou, naquela trágica emergência, a Honra de Portugal, que neste Procurador de Lisboa às Côrtes de Almeirim encontra o mais belo símbolo de patriotismo inconcusso.Febo Moniz foi um Herói no meio de insignificantes, de pigmeus e de biltres, e, por isso mesmo que soube elevar-se acima de todas as misérias da sua época, para consubstanciar e defender a perpetuidade da Pátria e da Independência da Nação, o seu heroísmo atingiu o sublime!Mário Gonçalves VianaNotas:1 — Garrett põe na boca de Telmo, símbolo do velho Portugal, as seguintes palavras com que pretende julgar as circunstâncias singulares da morte do Épico: "Estes ricos, estes grandes, que oprimem e desprezam tudo o que não são as suas vaidades, tomaram o livro como uma coisa que lhes fizesse um servo seu e para honra deles. O servo, acabada a obra, deixaram-no morrer ao desamparo sem lhes importar com isso. . . Quem sabe se folgaram ? Podia pedir-lhes uma esmola — escusavam de se incomodar a dizer que não." (Frei Luiz de Sousa).2 — Freire de Oliveira, Elementos para a História do Município de Lisboa.(In «Gil Vicente», vol. XVI, nº 5/6/7, págs. 85/89, Maio/Julho de 1940)
Pinado do Sexo dos anjos

O Verdadeiro Nacionalismo

Esquecemo-nos que a Nação, como conceito especificamente revolucionário (da Revolução Francesa, sim senhor) é, antes de mais, um fenómeno cultural — e que, portanto, para além das coisas, o que lhe é essencial é o Espírito. Enriquecer materialmente sem antes buscar a riqueza cultural é condenar de morte a Nação inteira, circunscrevendo a sua vida à mera satisfação das necessidades fisiológicas, duma certa maneira de viver onde tudo o que se faz e ama, faz-se e ama-se em função do dinheiro e do gozo que dá..
Manuel Maria Múrias (In A Rua, n.º 224, pág. 24, 28.08.1980)

Imigração de Sucesso

















Todos os politicos defendem o sucesso dos imigrantes nos países de acolhimento.O insucesso provoca problemas como os que aconteceram em França ainda há muito pouco tempo. Mas que problemas é que pode provocar o sucesso quando não há integração?Sobre este assunto é a História que nos ensina.Dois países dados como exemplo de sucesso dos imigrantes são os Estados Unidos e a Austrália.Com toda a razão, diga-se de passagem, são realmente dois paises em que os imigrantes tiveram sucesso .O sucesso foi tão grande que grande parte dos naturais dessas terras foram exterminados e os que restaram vivem neste momento em reservas para turista ver..
Será que os nossos netos vão viver em reservas ?

O Código Da Vinci

Memórias

Ao Miguel Freitas da Costa um grande abraço e se bem me lembro em 75 o meu pai gozava a liberdade principalmente em Peniche e na Penitenciaria.A familia passava com ele, atras de um vidro, os fins de semana.

Mas apesar de preso , os comunas achavam que ele organizava coisas perigosissimas:
A determinada altura uma tia minha fugiu para o Brasil e ofereceu-nos o frigorifico. A minha mãe ofereceu o nosso frigorifico à nossa empregada.
O marido arranjou uma carrinha e foi lá buscá-lo.

Nessa noite, estava a minha mãe sózinha com os seus cinco filhos (eu era o mais velho e tinha 12 anos) e entrou-nos um regimento pela casa dentro para a revistar.Tinham tido uma denuncia que andavamos a traficar armas:

-Olha, olha o fascista tem aqui os Discursos do Salazar- comentava um revolucionário feio, porco, mau e muito estupido.
-Eh pá mas o gajo tambem tem o Lenin pá- agora é que já não percebo nada.
Apreenderam uma pistola de pesca submarina sem elastico.

Corporativismo/Partidocracia

Dizem que os partidos não mandam nada, que são grupos organizados que mandam nos partidos.É o corporativismo, dizem...

A realidade é diferente pois quem manda são os partidos , o que se passa é que esses grupos mandam através dos partidos. Mas quem manda são os partidos

Isto não tem nada a ver com corporativismo mas sim com partidocracia.
Exactamente por vivermos num sistema partidocratico e não corporativo é que há grupos que mandam nos partidos, que obviamente protegem os seus proprios interesses, protegem os interesses dos grupos mais fortes e não dos mais numerosos e mais fracos , os que representam uma parte maior da Nação.

O sistemas partidocratico conduz assim à não representação de grande parte da Nação

O sistema partidario e o sufragio universal dividem os grupos naturais, excepto aqueles que se organizam dentro dos partidos para influenciarem as decisões politicas

A familia, que é o grupo natural por excelencia, é dividida através do sufragio universal: o pai vota num, a mãe noutro e o filho noutro.

Uma familia com pai , mãe e cinco filhos menores tem exactamente o mesmo poder politico que uma familia constituida por pai e mãe: Dois votos. Os representantes legais de cinco filhos têm o mesmo poder dos que se representam unicamente a si proprios.

Parece obvio que um familia com sete pessoas devia ter direito a mais votos do que uma familia com duas.

A poder do voto devia ser a capacidade de influenciar as decisões politicas do interesse do grupo em que o eleitor está inserido.

Com o sistema partidocratico os grupos são os partidos e quem influencia os partidos são os grupos que os financiam

O sistema partidocratico desagua com naturalidade na plutocracia

A Nação está Viva

e recomenda-se http://www.olivenca.org/

domingo, maio 14, 2006

O Verdadeiro Nacionalismo Português

Frontaria da Assembleia Nacional. Manhã cinzenta e triste. A multidão sussurrante transborda do grande largo. Trazendo nos braços um corpo exangue, Marco António surge no topo das escadarias. Arenga ao povo.— Amigos, Portugueses, compatriotas:Trago-vos Portugal nos braços. Venho para os seus funerais — e não para o louvar. O mal das pátrias sustenta-se além da morte. O bem enterra-se com elas. Ninguém se lembra das glórias do Aragão, nem das da Navarra — nem sequer das da Sabóia. Recordam-se, porém, sensivelmente, os seus pecados... Seja assim com Portugal. Os drs. Mário Soares, Álvaro Cunhal e Sá Carneiro (três honradíssimos cidadãos) permitiram que vos falasse. Disseram eles que a nossa Pátria, em oito séculos de história, quase só se portou mal. Reconheçamo-lo contritamente sem discutir: — os drs. Mário Soares, Álvaro Cunhal e Sá Carneiro são três grandes personalidades que nos restituíram a liberdade. Quem somos nós para os contestar?Vós tínheis orgulho neste velho Portugal. Julgastes que era honra pertencer-lhe e acompanhar na memória a gesta dos seus santos e heróis, conquistadores e navegadores, que, mares além, nos tempos dantes, por todo o orbe, dilataram a Fé e o Império. Os drs. Mário Soares, Álvaro Cunhal e Sá Carneiro acusam-no agora da maior cobiça. Castigaram-no severamente. São três homens justos, três nobres, e honrados, e incorruptos cidadãos. Veneremo-los. Esqueçamo-nos do que nossos país nos ensinaram: — depois de Ceuta, largado mundo fora, Portugal, com uma ou outra excepcionalíssima excepção, só cometeu crimes. Paga hoje as suas faltas — faltas do povo e dos chefes. Do Infante, de Vasco da Gama, de Albuquerque, de Camões, de Vieira e de Mouzinho. Penitenciemo-nos. Até a Santa Madre Igreja, pela augusta voz dos nossos bispos, já se penitenciou. Porque não o faremos nós? Construamos humildemente, sem fumos de grandeza, o futuro que merecemos. Reduzamo-nos.Durante séculos, no silêncio dos corações, rezámos a S. Francisco Xavier, a S. João de Brito e a S. Gonçalo da Silveira. Supusemo-los no céu, sentados à direita de Deus Pai. — Sabemos hoje de ciência certa que foram apenas agentes do nosso torpe imperialismo, do nosso orgulhoso amor à guerra, da nossa cupidez mercantilista. Isso, sabiamente, nos ensinam os drs. Mário Soares, Álvaro Cunhal e Sá Carneiro — três impolutos cidadãos, três homens sem mancha, honrados e verdadeiros campeões da liberdade. Que podem as nossas memórias contra a sua veracidade munificente?Imaginámos (durante cinco séculos — imaginámo-lo apaixonadamente) que andávamos pelo mundo a continuar Portugal, cientes de ser essa a sua missão, o seu destino, a sua glória. Reconhecemos hoje pela voz honrada dos drs. Mário Soares, Álvaro Cunhal e Sá Carneiro — que por esse mundo de Cristo destruímos civilizações, arrasámos metrópoles, cometemos genocídios. Que as cidades, vilas e aldeias que erguemos não são nossas, mas de gente estranha — e que os povos nossos irmãos, trazidos para nós, em nós confiantes, eram traidores à Pátria deles que, em verdade e em boa hora, vai deixar de ser a nossa.Com infinito orgulho, com altíssima devoção, sentimo-nos, centúria após centúria, o décimo terceiro apóstolo, povo do Espírito Santo, farol de palavra divina. Oh! O orgulho dos homens! A petulância das gentes! A hipocrisia paranóica! Fomos uns rapinantes sem escrúpulos, vorazes comerciantes, mercadores astuciosos, criminosos sem perdão, exploradores insensíveis, bandidos sem coração, ladrões desavergonhados, piratas do alto mar, canalhas sem remissão. Caridosamente, sem o afirmarem (para não nos chocarem mais) insinuam isso os drs. Mário Soares, Álvaro Cunhal e Francisco Sá Carneiro — três eminentes senhores, fiadores da nossa liberdade, desta paz democrática, desta prosperidade que vamos a desfrutar. Devemos acreditá-los, e agradecer-lhes, e defendê-los. Reconheceram as nossas culpas — e andam a remi-las. Vão acordar Portugal da longa noite em que o adormecemos.A partir de 1961, ferozmente dominados por Salazar (parolo seminarista, tortuoso financeiro...) vós acompanhastes ao cais os melhores de todos vós — e, em espírito, embrenhastes-vos, com eles, nos matagais africanos. Muitos deles regressaram ou mortos, e povoam inermes os cemitérios do rectângulo, ou estropiados, ou meio doidos. Vós julgastes que eles tinham ido defender Portugal e os Portugueses. Exceptuando os drs. Mário Soares, Álvaro Cunhal e Sá Carneiro — a maior parte de vós supôs que Portugal defendia o seu direito, e que as carnificinas de Angola, da Guiné e de Moçambique tinham sido perpetradas pela UPA, pelo PAIGC e pela FRELIMO. Sabemos agora que não; fomos nós os matadores, fomos nós os assassinos, somos nós os responsáveis, somos nós os grandes réus. A UPA, o PAIGC e a FRELIMO limitaram-se, honradamente, a proceder em legítima defesa, a reagir heroicamente aos nossos ataques cavilosos, às nossas agressões mal intencionadas, à nossa fúria colonialista. Não o confessando há treze anos, não abandonando Angola nessa altura — ofendemos a paz, a liberdade e a democracia. Quem quiser continuar Portugal — está contra o mundo inteiro, orgulhosamente só e nós queremos estar acompanhados, e ser cumprimentados, e aplaudidos, e cortejados, e bajulados por todos os deste mundo. Queremos ser Holanda, Suécia, Dinamarca ou Finlândia, gente respeitada, pacíficos produtores de margarinas, ricaços. Para isso nos encaminham gloriosamente os drs. Mário Soares, Álvaro Cunhal e Francisco Sá Carneiro — três sábios, e prudentes, e sensatos cidadãos. Quisemos que as gentes achadas pelos mareantes fossem portuguesas. Honrávamo-nos com isso, julgávamos honrá-las. Deixamo-las agora entregues a si próprias, nuclear e financeiramente protegidas pelos Estados Unidos, pela União Soviética e pela China. Deixámos de as explorar; vamos poupar milhões. Seremos prósperos, e bem educados, e respeitados por todo o mundo civilizado e pela moral prevalecente. Vão elas deixar de ser portuguesas — vamos nós humilissimamente esforçar-nos por continuar a sê-lo.Se eu tivesse as qualidades oratórias do dr. Mário Soares, a capacidade organizativa do dr. Álvaro Cunhal, a distinção aristocrática do dr. Francisco Lumbralles de Sá Carneiro — poderia ambicionar, talvez, conduzir-vos à revolta, mostrando-vos as cicatrizes sangrentas deste velho Portugal vencido. Mas eu sou, apenas, um pobre homem com poucos estudos e pouco pensamento, um desgraçado — e eles, três notáveis, honrados e proeminentes cidadãos. Têm o poder, a força e a vitória; prender-me-ão quando quiserem sem ninguém protestar; calar-me-ão. Vós, meus Amigos, meus amados Portugueses, meus queridos compatriotas, sede indulgentes comigo; parece que a alma me vai com o Portugal antigo. Já que não o podemos louvar — choremo-lo com honradez. Quantas vezes o aclamámos e o levámos em triunfo? Alguém nos impedirá de o chorar?O silêncio aumenta a velha praça. Acolá e além um soluço risca o muro da tristeza. O povo volta as costas à casa da representação nacional. 0 pano desce lentissimamente. Portugal, arfante, parece morrer devagar.

Manuel Maria Múrias

Universalista

Ser universalista é acredidar na salvação de todos os homens através da infinita bondade de Deus, é acreditar que todos os Católicos têm a obrigação de anunciar a Boa Nova:

Deus está entre nós , está vivo e o seu nome é Jesus

O Nacionalismo Português é Universalista

Portugal é uma Nação Católica que tem por Rainha Nossa Senhora que usa a coroa que os Nossos Reis lhe ofereceram

Católica quer dizer Universal, «que tem vocação de universalidade, que é universal»

Portugal sendo uma Nação Católica é Universalista, defender a Nação Portuguesa é defender a Nação Católica, é defender a Nação Universalista, é defender Portugal.

Pode-se não ser Católico e defender a Nação Portuguesa, o que já não se pode é atacar a Nação Católica , a Nação Universalista e defender a Nação Portuguesa, porque o ser Católico faz parte do Ser da Nação Portuguesa. É elemento ôntico do Ser da nossa Nação não é possível separar

Portugal fez-se pelo catolicismo, pela reconquista, pelas descobertas indissociaveis da vocação Católica dos Portugueses, da vocação Universalista dos Portugueses.

Não é possível defender a Nação Portuguesa e não defender o Universalismo , não é possível ser-se Nacionalista Português e atacar-se a essencia da Nação Portuguesa,o catolicismo dos Portugueses o Universalismo de Portugal .

O falso Nacionalismo Português

«E vir depois falar no Marcelino da Mata à laia de quem quer fazer chantagem moral, é igualmente inválido - se for preciso, manda-se mesmo o Marcelino da Mata embora e acabou-se. Marcelino da Mata e outros soldados africanos, lutaram por algo que nunca devia sequer ter existido: o Império Português»

Caturo

O Verdadeiro Nacionalismo Português

« O que se nos impõe é restituir à Pátria o sentimento da sua grandeza - não duma grandeza retórica ou enfática, mas naturalmente, da grandeza que se desprende da vocação superior que a Portugal pertence dentro do plano providencial de Deus, como nação ungida para a dilatação da Fé e do Império. Dilatar a Fé e o Império, equivale a sustentar o guião despedaçado da Civilização. Os motivos de luta e de apostolado que outrora nos levavam à Cruzada e à Navegação, esses motivos subsistem» (Ao Princípio era o Verbo - 1924)
António Sardinha

sábado, maio 13, 2006

PRECE

Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje,no silencio hostil,
O mar universal e a saudade.

Mas a chama que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode erguê-la ainda.

Dá o sopro, a aragem- ou desgraça ou ânsia-,
Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistemos a Distancia-
Do mar ou outra, mas que seja nossa!

Fernando Pessoa
Mensagem

O Horisonte

O Sonho é ver as formas invisíveis
Da distância imprecisa, e, com sensíveis
Momentos de espr'ança e da vontade,
Buscar um linha fina do Horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a ponte
Os beijos merecidos da verdade

Mensagem
Fernando Pessoa

Micro- Nações reconhecidas pelo Império Alemão

sexta-feira, maio 12, 2006

Piratas em Angola

Confiscos em Angola

Para quem tinha alguma coisa em Angola leia o Angola Sempre

Nossa Senhora


Coisas extraordinárias passaram-se em Fátima à 89 anos. Coisas extraordinárias vão-se passar hoje na Cova da Iria.

Gilberto Freyre/Manuel Múrias

Há, diante desse problema de importancia cada vez maior para os povos modernos– o da mestiçagem, o das relações de europeus com pretos, pardos, amarelos – uma atitude distintamente, tipicamente, caracteristicamente portuguesa, ou melhor luso-brasileira, luso-asiática, luso-africana, que nos torna uma unidade psicológica e de cultura fundada sobre um dos acontecimentos, talvez se possa dizer, sobre uma das soluções humanas de ordem biológica e ao mesmo tempo social, mais significativas do nosso tempo: a democracia social através da mistura de raças” (Freyre 1938: 14)4Lida em julho de 1937, em Lisboa, por Manuel Murias, essa conferência foi publicada pela primeira vez emConferencias na Europa,Rio de Janeiro,Ministério da Educação e Saúde, 1938, e republicadas depois, em1940, pela José Olympio Editora sob o título O Mundo que o Português Criou.

Manuel Azinhal

Direita que não há, e o centro que fugiu
Nos anos trinta, ao tempo em que o Estado Novo erguia as suas estruturas na terra portuguesa, existiam alguns pilares institucionais onde, segundo os tratados, assentou o seu edifício político.Como é geralmente apontado, a Igreja, as Forças Armadas, a Universidade (ao menos estes, e sobretudo estes) garantiram à nova situação o apoio, o enquadramento ideológico, os quadros, a base social necessária à empresa.Como aparelhos de produção ideológica forneceram também a justificação doutrinária e os discursos de legitimação, interior e exterior, do regime.Se procurarmos analisar o que mudou de então para a nossa época, facilmente reparamos que a Igreja ou desapareceu ou mudou de campo, o Exército subsiste em dimensão miniaturizada e musealizada, e a Universidade fragmentou-se e invertebrou-se, perdendo em peso e influência o que cresceu em volume.Todas as tentativas das últimas décadas para organizar e representar politicamente a direita, designadamente em partido, com finalidades de intervenção eleitoral, esbarram inevitavelmente nestas faltas.A quem há-de a direita representar? A verdade é que se não contarmos com uma sensibilidade difusa presente em alguns sectores da população e que normalmente só pode ser despertada por factores passageiros, circunstanciais, não existem instituições presentes e activas no corpo social, de âmbito e dimensão que releve, a reclamar essa representação.Ora sem as referências institucionais catalizadoras e agregadoras não há forma de mobilizar e manter o apoio de faixas significativas da sociedade, com expressão qualitativa e quantitativa que baste a assegurar uma presença política caracterizadamente de direita.Também por esse motivo tem acontecido o fenómeno dos políticos que começam a carreira galhardamente à direita para depois com a sua imersão no país político irem surgindo cada vez mais esquerdizados. Confrontam-se com o embaraço de verem as suas ambições e expectativas pessoais tolhidas pelas ideias com que avançaram – e a dada altura libertam-se desse lastro.O que se passou foi que o centro político, entendendo este apenas como o ponto geométrico central entre as diversas forças que actuam e contam na vida política do país, foi-se deslocando cada vez mais para a esquerda.Quando o Dr. Salazar proclamava as suas grandes certezas podia falar tranquilamente e apresentar-se como um modelo de equilíbrio e bom senso. Era um moderadão – quase um “centrista”.Na actualidade, as mesmíssimas convicções serão apontadas como taras marginais, exclusivas de grupos extremistas numericamente insignificantes.O centro deslizou continuamente para a esquerda, de modo a fazer aparecer hoje como comuns e generalizadas, para o cidadão médio, propostas que há umas décadas nem a extrema-esquerda apresentaria, e inversamente a deixar isolados na extrema-direita princípios que há cinquenta anos nenhum sector político com respeitabilidade pública poria em causa.Por este raciocínio se compreende a utilidade operacional deste conceito de centro político: se ideologicamente é o vazio, como é próprio de um ponto abstracto calculado num espaço dado, a imagem serve todavia para uma visão simples e imediata da evolução histórica da vida de uma sociedade. E também permite visionar num relance os equilíbrios ideológicos de cada momento político. Procure-se onde está o centro, e logo se perceberá muito sobre a nossa própria situação.Assim cheguei à magna questão da direita, que tem sido tão focada nestes tempos mais chegados e a que comecei por aludir no início.Arranjem-se instituições, criadas, construídas de raiz, inventadas, ou recuperadas, ocupadas, conquistadas seja lá como for. Sem elas não parece que a direita possa vir a ter mais do que uma expressão inorgânica, marginal e residual.

Cruz Rodrigues

Um grande obrigado ao Dr Cruz Rodrigues pelo que ao longo da sua vida fez por Portugal

Antonio Sardinha

«O que nos ficou e nós consideramos a sua obra são os apontamentos, as meditações, — ensaios, verdadeiramente, no exacto sentido desta palavra. Por isso chamava aos seus estudos — «as minhas sebentas».Quem não souber isto não percebe nada de António Sardinha.«
Manuel Múrias

Anti-Cristão

«Julius Evola, né à Rome le 19 mai 1898, est à la fois une grande figure de l’ésotérisme occidental et l’inspirateur de ce qu’on appelle « la droite traditionnelle italienne ». Sa bibliographie se partage entre des ouvrages se rapportant à l’ésotérisme en général et des essais politiques, depuis son Impérialisme païen (1928), fortement anti-chrétien, jusqu’au Fascisme vu de droite (1964), en passant par Orientations (1950) et Les hommes au milieu des ruines (1953). A ce propos, il convient de noter de suite, pour éviter d’avoir à y revenir, que Julius Evola n’a jamais adhéré au fascisme mussolinien non plus qu’au national-socialisme. Un texte parmi d’autres est très explicite »

quinta-feira, maio 11, 2006

António Sardinha

« O que se nos impõe é restituir à Pátria o sentimento da sua grandeza - não duma grandeza retórica ou enfática, mas naturalmente, da grandeza que se desprende da vocação superior que a Portugal pertence dentro do plano providencial de Deus, como nação ungida para a dilatação da Fé e do Império. Dilatar a Fé e o Império, equivale a sustentar o guião despedaçado da Civilização. Os motivos de luta e de apostolado que outrora nos levavam à Cruzada e à Navegação, esses motivos subsistem» (Ao Princípio era o Verbo - 1924)

Portugueses de Goa


A nova casta dos "portugueses" de Goa
A nova casta dos "portugueses" de Goa
Texto editado em 1999, no suplemento Pública do jornal Público, mas para recordar:
Integração do Estado Português da Índia na União Indiana foi há 38 anos
Textos Rui BaptistaDe nada valeu o esforço dos fiéis que, naquela tarde de 16 de Dezembro de 1961, realizaram uma procissão a pé, de Pangim ao túmulo de São Francisco Xavier, em Velha Goa, para rogar ao santo que impedisse a iminente invasão do Estado Português de Índia (EPI) pela União Indiana. São Francisco fez ouvidos moucos às preces dos brâmanes católicos que dominavam a vida económica e política de Goa no tempo do colonialismo português, e dois dias depois do procissão religiosa as tropas indianas entraram triunfalmente no território. Findava aí, de maneira dolorosa para o orgulho nacional, o domínio português em Goa, Damão e Diu. E começava a derrocada imparável do império colonial português, cujo último acto se escreve amanhã com a devolução de Macau à China. Trinta e oito anos depois da invasão indiana - que para parte significativa do população representou a libertação do jugo colonial - o PÚBLICO foi a Goa ver o que resta da herança portuguesa.
Naquela madrugada de 18 de Dezembro de 1961, dia em que completou 18 anos, Manuela Barreto Xavier adormeceu portuguesa e acordou indiana. Mas permaneceu goesa, brâmane e católica, três qualidades que a colocam no cada vez mais reduzido grupo de pessoas que, em Goa e em muitos outros lugares do mundo, se sentem indianas por fora e portuguesas por dentro. Pessoas como o magistrado Eurico Santana da Silva, juiz do Supremo Tribunal de Bombaim e guardião de uma das mais monumentais casas indo-portuguesas do território; ou como Fernando Jorge Colaço, advogado com escritório em Pangim e estudioso incansável das leis e costumes portugueses. Ou ainda como Rosa Rodrigues, da aldeia de Cunchilim, cuja maior ambição na vida é viajar até Portugal para rezar em português no santuário de Fátima. São pessoas como eles que, 38 anos após a integração forçada do Estado Português da Índia (EPI) na União Indiana, mantêm viva a herança portuguesa em Goa, alimentada por um discurso de nostalgia por um passado que não volta. Encarados muitas vezes como um anacronismo, os "portugueses" de Goa estão a caminho de se transformar em mais uma casta no país das castas. A casta dos que, como refere Santana da Silva, "têm passaporte indiano e coração português".
Para encontrar uma explicação para tanto apego à cultura e à língua portuguesas, é preciso recuar no tempo. Recuar pelo menos até 1632, ano em que o Papa Gregório XV decretou que os brâmanes indianos que aceitassem converter-se ao catolicismo mantinham os privilégios da sua casta, podendo continuar a exibir publicamente os respectivos sinais distintivos. Esta decisão veio de encontro aos interesses dos portugueses, que desde a chegada de Vasco da Gama à Índia, em 1498, baseavam a sua autoridade na conversão de brâmanes e chardós (as duas castas superiores hindus), a quem era garantido o acesso a todos os cargos da administração local.
Alguns dos recém-convertidos mantiveram em segredo as práticas rituais da sua religião ancestral, como depois foi comprovado pelos desvarios da Inquisição. Mas muitos converteram-se definitivamente ao cristianismo, mantendo-se embora divididos em quatro castas. Os brâmanes ocuparam as mais altas posições no clero, nas profissões liberais e na administração. Os chardós, por seu turno, formaram uma aristocracia rural que acabou recompensada pelos portugueses com títulos de nobreza, enquanto os sudras e corumbins são, ainda hoje, maioritariamente camponeses e trabalhadores braçais.
Eram precisamente os brâmanes e os chardós católicos que dirigiam na prática o Estado Português da Índia (EPI) quando a União Indiana (UI) reclamou, pela voz do primeiro-ministro Nehru, a devolução de Goa, Damão e Diu. O Governo de António Salazar recusou estas pretensões e lançou-se numa batalha diplomática, tendo mesmo recorrido para o Tribunal de Justiça de Haia quando a UI anexou os enclaves de Dadrá e Nagar-Aveli. Enquanto Salazar hesitava sobre se devia invocar a aliança com a Inglaterra, as tropas indianas avançaram sobre Goa, Damão e Diu na madrugada de 18 de Dezembro de 1961, tendo encontrado fraca resistência. No território estavam aquartelados apenas cerca de 3500 soldados portugueses, naturalmente impotentes para resistir a um assalto de mais de 30 mil indianos. O velho cruzador Afonso de Albuquerque ainda resistiu à entrada do Porto de Vasco da Gama, mas acabou por afundar-se junto à praia de Dona Paula. O governador-geral do EPI, general Vassalo e Silva rendeu-se a 19 de Dezembro, reconhecendo que a defesa do território era "insustentável". Oliveira Salazar nunca lhe perdoaria esta atitude, demitindo-o do exército dois anos depois.
Começou então um período muito difícil para os brâmanes católicos e para os chardós. Perdem privilégios e terras. Quintas e várzeas de arroz que faziam a riqueza das casas senhoriais são divididas e entregues aos camponeses. "Vim a correr de Bangalore para garantir que a casa se mantinha na posse da família", recorda num português fluente a herdeira da família Menezes Bragança, proprietária de uma magnífica casa em Chandor (Salcete). Conhecida como "dama de Chandor" e descrita pelo escritor José Eduardo Agualusa como "a guardiã da memória de Goa", Aida Bragança viu-se obrigada a abrir a casa a visitas de turistas para preservar o espólio da família, que inclui preciosas peças de arte-sacra, porcelanas da China e da Companhia das Índias e mobiliário indo-português em madeiras nobres e marfim.
Também os membros da administração local enfrentam problemas. Aos magistrados, por exemplo, é dado um prazo de 24 horas para decidirem se continuam ao serviço da UI ou se abandonam os cargos. Muitos dos que escolhem ficar atravessam a seguir um período muito difícil, como o juiz Santana da Silva, que esteve mais de 20 anos sem uma promoção. A maioria dos brâmanes católicos são substituídos nos cargos de decisão por hindus. A língua portuguesa desaparece dos currículos escolares. A relação de forças altera-se no novo Estado de Goa, e os cristãos, passam a estar em minoria. Os falantes de português sentem-se ostracizados e muitos optam por emigrar.
Só em 1985, por acção de um dos Governos presididos por Mário Soares, as relações entre Portugal e a UI entram num clima de razoável normalidade. É aberto primeiro um consulado português em Pangim, depois a Fundação Oriente instala-se numa magnífica casa branca no bairro das Fontainhas. Na Universidade de Goa começa a funcionar uma licenciatura em Língua Portuguesa e o Português regressa aos currículos do ensino secundário. O jovem Fausto Colaço é um bom exemplo dos novos tempos. Foi dos primeiros a completar o curso na Universidade de Goa e hoje ensina Português em diversas escolas em redor de Margão. "Há um grande interesse pela língua portuguesa, em especial por parte de alunos que sonham em fazer carreira fora de Goa", reconhece.
Durante os anos em que Portugal e a Índia estiveram de costas voltadas, quem manteve viva a cultura e a língua portuguesas foram os brâmanes e os padres católicos. "Dentro de casa, no seio da família, falamos português; cá fora falamos inglês, konkani, hindi ou o que for preciso", explica Fernando Jorge Colaço. Advogado da Fundação do Oriente, este goês formado em Lisboa prepara-se para publicar em português um livro contando a sua versão dos acontecimento de 18 de Dezembro de 1961. O advogado é apenas mais um da extensa lista de goeses que continuam a escrever e a publicar em português, onde se destacam os nomes dos escritores Carmo Azevedo e Carmo Noronha (recentemente falecido).
O Português permaneceu também vivo nos registos notariais e até nas leis que regem as questões de família e sucessões. O velho código de Seabra ainda está parcialmente em vigor para os nascidos no território. Padres como Avinash Rebello, da paróquia de Santa Cruz, continuam a ser os guardiões dos registos de nascimento e morte, e no seminário grande de Rachol continua a língua portuguesa voltou a ser ensinada. Em Pangim, todos os domingos, a missa é celebrada em português, para grande alegria de pessoas como Florêncio Ribeiro, alfaiate que há 40 anos cruza as estradas de Goa montado na sua bicicleta para costurar vestidos ocidentais nas casas indo-portuguesas. "Nasci português e vou morrer português. É o meu karma", diz. E sorri sem mostrar os dentes.
"O português está 'in'"
Kamalacant será um nome tão português quanto Santos, Silva ou Rodrigues?À primeira vista parece que não. Mas o senhor Kamalacant, Menino de nome próprio, jura que sim. "É um nome português e cristão sim senhor. Foi-me dado pelo meu pai, que também era um português puro", garante na língua de Camões, enquanto vai afinando o motor de uma motorizada Bajaj, na sua oficina no bairro das Fontainhas, em Pangim. Ali, a dois passos da casa branca da Fundação do Oriente, toda a gente reclama as suas raízes portuguesas. Falar português ou apenas ter um apelido vagamente lusitano é um sinal reconhecido de "status".
Mas não é só no labirinto das ruas das Fontainhas que, como refere o advogado Fernando Colaço, "o português está 'in"'. No exclusivo Hotel Forte Aguada, por exemplo, as refeições dos hóspedes são acompanhadas pela toada dolente de um fado cantado com um sotaque arrevezado. Ouvir cantar "Coimbra menina e moça" enquanto se come um caldo que é verde mas não é Caldo Verde é, no mínimo, surpreendente.
Quem anda por Goa acaba sempre por tropeçar em alguma coisa que lhe traz Portugal à memória. Seja as velhas tabuletas em português, a traça inconfundível das casas indo-portuguesas ou uma oração murmurada numa das centenas de igrejas e capelas brancas espalhadas pelo território. Ao final do dia dança-se um vira estilizado no convés dos barcos turísticos que cruzam o rio Mandovi. E pelas janelas abertas das casas de Margão, Mapusa ou Pangim chegam até à rua os sons da RTP Internacional, a nova "coqueluche" da televisão por cabo em Goa. Marques Mendes, Jorge Coelho ou Carlos Carvalhas nem suspeitam do sucesso extraordinário que os seus bonecos no Contra-Informação fazem entre os espectadores de Goa. E Nicolau Breyner pode dormir descansado, porque a telenovela A Lenda da Garça é um sucesso no antigo Estado Português da Índia, apesar de passar a um horário tardio.
Outro sinal de orgulho na herança portuguesa é a recuperação das espantosas casas indo-portuguesas espalhadas por todas as aldeias goesas. A Fundação do Oriente deu o exemplo ao subsidiar a recuperação de algumas casas nas Fontainhas, mas o principal trabalho está a ser feito por particulares como Aida Bragança ou Santana da Silva, que têm gasto fortunas para manterem de pé os palacetes de Chandor e Margão. Os novos-ricos de Goa, com os bolsos cheios de petrodólares ganhos no Golfo Pérsico, têm vindo a adquirir casas por todo o lado, como a casa grande cristã de Loutolim, que hoje apresenta a fachada recuperada.
A elite dos brâmanes católicos continua em progressiva perda de influência. Quem manda hoje em Goa é uma burguesia hindu ligada às minas de carvão e outros hindus de casta mais baixa que fizeram fortuna no Golfo e hoje mandam os filhos estudar para Bombaim, e até para a América e para a Europa. São quase todos oriundos de outras partes da Índia e continuam a chegar a Goa diariamente, trazidos pelos novos comboios da Konkani Railway. Os menos afortunados instalam-se em gigantescos acampamentos em redor das principais cidades e ganham a vida como trabalhadores braçais ou vendendo bugigangas aos turistas nas praias.
No aeroporto de Dabolim aterram todas as semanas dúzias de aviões "charter", trazendo turistas europeus, atraídos pelo sol das praias brancas de Goa. São quase todos ou muito jovens ou muito velhos. Os primeiros instalam-se nas "shacks" (pequenos hotéis e restaurantes à beira das praias) e cumprem o circuito das "rave parties" movidas a marijuana e música "techno". Os segundos refugiam-se nos hotéis de luxo, e só põem o nariz de fora para comprar algumas obras de artesanato nas lojas das redondezas a preços exorbitantes. O turismo continua a ser a galinha de ovos de ouro de Goa, e todos os dias surgem notícias sobre a construção de novos hotéis.
No meio de tudo isto, os brâmanes católicos agarram-se ao passado. Exaltam as suas raízes portuguesas, refugiam-se no catolicismo e vão fazendo o que podem para manter de pé as casas apalaçadas, com a ajuda do dinheiro enviado pelos parente que emigraram para Portugal. O seu tempo passou. Mas eles permanecem agarrados a costumes antigos, à espera de uma redenção que poderá nunca chegar.
Cristãos e Freedom Fighters
Os mendigos foram os primeiros a chegar. Alguns foram trazidos em braços até aos degraus da igreja matriz de Margão, outros vieram pelos seus próprios meios, deslizando em tábuas de madeira assentes em rolamentos ou precariamente equilibrados em muletas improvisadas com ramos de árvores. Depois chegaram os vendedores. Mais perto da igreja ficaram as bancas dos doceiros hindus, muito apreciados pelo paladar cristão, e logo a seguir instalaram-se os trens de cozinha de inox e latão, as panelas de barro e os brinquedos de plástico. Mais para o fundo, numa zona descampada, amontoaram-se os vendedores de mobílias, e um jovem amestrador de cobras conseguiu até encaixar-se num cantinho, entre uma cama de madeira trabalhada e um guarda-fatos cujo espelho reflectia as contorções dos répteis. Com quase um dia de antecedência, os comerciantes hindus montaram a sua feira à volta da igreja onde iriam decorrer as celebrações católicas da Nossa Senhora da Conceição. E sem darem qualquer sinal de impaciência por ali passaram a noite à espera dos devotos cristãos, que chegaram em hordas na manhã seguinte.
Ser católico em Goa implica militância. Implica uma devoção e entrega que dificilmente tem paralelo no Ocidente. A concorrência entre religiões é muita, e os cristãos estão hoje espartilhados pelo hinduísmo dominante e pelo islamismo crescente. A cultura goesa pode ser sincrética e dinâmica, mas é com temor que muitos cristãos assistem ao nascimento de templos hindus e mesquitas muçulmanas ao lado das velhas igrejas e capelas deixadas pelos portugueses. Ao contrário do que sucedia antes da integração na União Indiana, hoje os hindus representam mais de 60 por cento da população, contra cerca de 30 por cento de católicos. As vagas de imigrantes de outros pontos da Índia transformaram o tecido social de Goa e ameaçam a identidade dos cristãos.
Neste contexto, todas as celebrações religiosas são encarados como momentos de afirmação de uma cultura e de um modo de vida. Às festas da Senhora da Conceição em Margão, por exemplo, acorreram fiéis vindo de toda a Goa, numa manifestação de força e de fé. Na manhã do dia oito de Dezembro as missas sucederam-se ininterruptamente desde as seis da manhã, celebradas alternadamente em inglês e konkani. Na igreja matiz de Pangim o Pai Nosso foi rezado em português.
Os brâmanes católicos, no entanto, não parecem ter vocação evangélica. O programa dos festejos nocturnos, por exemplo, é feito à medida para afastar hindus e outras crenças. A música é uma mistura de xaroposas canções de amor ocidentais e modinhas portuguesas, e à porta do recinto fechado e com entrada reservada, cartazes avisam de que será servida unicamente comida não-vegetariana.
Esta atitude ajuda a confinar ainda mais os brâmanes católicos num gueto, e alimenta as críticas dos chamados "Freedom Fighters", organização cujos membros recebem do Governo indiano uma pensão de cerca de 2.500 escudos por terem combatido o colonialismo português. Os Freedom Fighters são também um anacronismo, mas ninguém os pode acusar de falta de actividade.
Foi em grande parte devido aos seus protestos públicos que redundaram num falhanço em Goa as comemorações da chegada de Vasco da Gama à Índia. São eles também que regularmente escrevem nos jornais exigindo que os nomes portugueses das cidades sejam substituídos por designações em Konkani. Foram eles, por último, que denunciaram as alegadas pretensões neo-colonialistas dos portugueses no momento da abertura do consulado em Pangim, ao mesmo tempo que punham a correr o rumor de que a Fundação Oriente era um ninho de espiões. Embora a maioria dos Freedom Fighters seja afecta ao Partido do Congresso, muitos transferiram-se nos últimos anos para Barathia Janata Party (BJP), o partido nacionalista hindu moderado que hoje detém o poder na Índia. Trinta e oito anos depois da integração do Estado Português da Índia na União Indiana, a luta continua para brâmanes católicos e Freedom Fighters. Tolhida por artroses e ligeiramente esclerosada, mas continua.