quinta-feira, maio 18, 2006

Portugal aos Portugueses

O slogan «Portugal aos Portugueses» é apenas isso e só isso um slogan. Foi debatido e decidido numa reunião em que eu estava lá na qualidade de convidado. Foram debatido outros e foi este o escolhido porque se achou que era mobilizador e poderia trazer votos.

Na altura foi pensado para uma determinada campanha e não para um tempo histórico. Foi puro marketing.

Querer transformar o slogan em qualquer tipo de politica é perfeitamente disparatado.

Quer dizer o quê? Que os estrangeiros têm que se ir embora? E quais estrangeiros ? Só os pobres? Só os ricos? Só os pretos? Só os loiros de olhos azuis?Ou todos?

As maiores colonias de estrangeiros não estão na Cova daMoura. Estão no Algarve, em Vale do Lobo e na Quinta do Lago.

Se os estrangeiros estão a ocupar o espaço dos Portugueses, os da Cova da Moura ocupam o espaço que nenhum Português quer ocupar- se alguem quizer ir viver para uma barraca na Cova da Moura ou é doido ou é sociologo.

Os da Quinta do Lago sim, ocupam o espaço que os Portugueses gostariam de ocupar - mas não têm caroço

Se não quer dizer que os estrangeiros têm que ir embora quer dizer o quê? Que os estrangeiros não podem vir para cá? E quais ? Todos? Ou só os loiros? Ou só os pretos?

Os da Auto Europa podem ? E para trabalhar na construção civil podem?E no comércio? Podem? E na restauração podem ? Se não tivessem entrado entrado estrangeiros nos ultimos anos não teriamos tido a Expo, nem o Euro, nem a Ponte Vasco da Gama, nem a Auto Estrada para Algarve , os restaurantes e parte do comércio estavam fechados.

Talvez não, talvez tivessemos, tinhamos é que pagar mais. Pagar aos Portugueses. Desempregá-los do Estado e das Camaras Municipais, do fresquinho do ar codicionado e e pô-los a acartar baldes de massa e tijolos .

Isto como qualquer pessoa percebe é o sonho de qualquer português: servir à mesa, estar atras do balcão e acartar baldes de massa .

A imigração é um problema grave, gravissimo, que pode destruir a Europa tal como a conhecemos mas não se combate apenas com politicas de imigração, com bloqueios, o bloqueio pode diminuir o fluxo, enriquecer os traficantes e atrazar a invasão, mas não a impede Não há na História um bloqueio que tenha dado resultado.

Quando um avião daTAP ao aterrar em Lisboa desce o trem de aterragem e cai um cadaver de um imigrante ilegal percebe-se que não há bloqueio que resulte.

O problema está na origem e tem que ser resolvido pelos europeus, é preciso uma politica ultramarina para a Europa, uma nova Conferencia de Berlim , em que cada Estado que descolonizou da maneira infame que descolonizou va ajudar os povos africanos a resolver o assunto com civilização, usando os novos instrumentos do direito internacional, como o Tribunal Internacional de Haia. Não devia ser permitido que Mafias tomem conta de Estados.

Mas temos que começar por cá...

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Caro Múrias:
Começo por dizer que nos conhecemos pessoalmente de vista,da Faculdade,somos Colegas e ainda há pouco tempo o vi.No entanto não perca o seu tempo a "puxar pela memória"porque não se lembra de mim.
Quanto à "politica":Não leve a mal,mas julgo que a sua visão politica é paradigmática daquela que levou a Direita Nacional nos ultimos 30 anos:Educada,cheia de boa vontade e inconsequente.Sem qualquer expressão para além de alguns salões mais ou menos saudosistas.
Ora esse tempo acabou.
Cumprimentos
JC

9:31 da manhã  
Blogger Francisco Múrias said...

Peço-lhe desculpa mas deve-me estar a confundir com alguem Nunca andei na Universidade e numa Universidade só entrei para ir ter com uma namorada.

Posto isto,(sem importancia nenhuma)a inconsequencia da acção politica da Direita Nacional no ultimo mês na Internet fez com que uma declaração de um ministro a um obscuro jornal, fosse levada ao parlamento, aos jornais e à televisão. Fez com que o CDS nos seguisse, obrigou Ribeiro e Castro a pronunciar-se sobre o assunto no Congresso do CDS o que provocou a critica de Marcelo Rebelo de Sousa à calinada que foram as declarções do ministro ao defender que o castelhano e o português serem uma unica lingua.

Isto foi feito sem organização e por uma causa muito limitada no tempo ( a demissão do ministro)

A Direita não representa a Nação, representa uma parte da Nação mas defende a representação politica organica dos diversos interesses que há naturalmente na Naçao.

A unica forma da Direita Nacional crescer não é defender apenas os interesses naturais da Direita. A Direita tem que conseguir transformar-se não num partido, mas numa estructura intermédia que consiga defender os interesses das pequenas corporações, dos pequenos municipios, dos diversos interesses locais que são asfixiados por este Estado Partidário e Socialista dominado pelas grandes corporações e organizações que ou financiam os partidos ou têm a capacidade de influenciar o sentido de voto ds seus membros.

Esta estructura é facilmente criada com esta ferramenta politica verdadeiramente extraordinária que é a Internet.

Podemos mudar as coisas de vez na organização politica da sociedade, se o nosso objectivo for não, ter razão, não, destruir, não, chegar ao poder, mas servir.

A palavra chave está em servir Estarmos disponiveis para servir

11:18 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Eu é que lhe peço desculpa.Na realidade devo estar a confundi-lo.
Bem,quanto á politica,meu caro Múrias (permita-me que o trate assim mesmo não o conhecendo...)não é aos meios(no caso a internet)de divulgação que me refiro.
É à filosofia politica.O tempo do Portugal multirracial e ecunémico acabou (e mal diga-se de passagem).
Portugal é um país europeu.A Europa é o "Velho Continente"(Donald Rumsfield dixit)a abater.Tão simples quanto isto.
Portanto,a luta do séc.XXI não tem nada a ver com águas passadas.
Sumáriamente esta é a minha opinião.
Quanto à importância de um Partido politico nem a questiono.Felizmente que ele já existe.Desculpe-me mas a visão corporativista/basista (além de proibida)é isso mesmo,idilíca e inconsequente...
Saudações
JC

5:55 da manhã  
Blogger Francisco Múrias said...

Deixe-me que lhe diga mas tenho um ponto de vista diferente.
Como sabe um ponto de vista é o sítio de onde se vê

Eu do meu ponto de vista não vejo nada do que o Sr vê...

Não quer dizer que o Sr esteja a ver mal, apenas não vê o que eu vejo, vê outras coisas...

Eu vejo cada vez mais um estado a a escavacar a sociedade, a parti-la
aos bocados e a enfia-la num buraco

Quando se está num buraco a unica direcção com saida é para cima.

O País precisa de um objectivo para sair do buraco precisa de um alvo.

Quando se faz tiro ao alvo a unica forma de ter algumas hipoteses de acertar, é apontar para o centro do alvo.Pode não acertar mas se apontar para o centro fica sempre mais perto do que se não apontar.

O País precisa de objectivo de um alvo, mas primeiro tem que sair do buraco, a melhor forma de ter forças para sair de um buraco é ter uma razão para sair dele.

5:24 da tarde  

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