terça-feira, maio 16, 2006

O Rolo Compressor

«No livro Les Hommes au Milieu des Ruines, Evola aborda directamente a questão política, dirigindo-se à jovem direita italiana e propondo-lhe «uma visão geral da vida e uma doutrina rigorosa do Estado». Ao Estado moderno ele opõe o ideal do Estado orgânico cantado já por Vico e Fustel de Coulanges: o Estado em que cada um tem o seu lugar ? como, no organismo cada órgão tem o seu. O Estado, diz ele, é um conjunto tanto espiritual como «físico». Não é «o reflexo» da sociedade, é o agente que transforma e estrutura essa sociedade e que, apontando-lhe um destino, faz de um agregado sem coesão um verdadeiro conjunto elevado à dignidade de político» (Cadernos Evolianos )

Ora, digo eu, este Estado existe naturalmente na sociedade, cada um de nós ocupa o seu lugar na sua familia,na sua empresa, no organismo ou organismos em que desenvolve a sua vida publica e privada.

Existe mas sem poder, porque o Poder está no Estado e o Estado está nas mãos dos partidos e dos «especialistas» fanáticos da sua especialidade.

Cada um de nós, individualmente, é impotente face a este poder absoluto, ou se junta aos grandes grupos corporativos ou sem instituições intermédias não pesa nada, não vale nada face a este autentico rolo compressor e asfixiante que é o Estado actual.

Como diz Pio XI «Ao falarmos na reforma das instituições, temos em vista sobretudo o Estado. Não porque dele deva esperar-se todo o remédio , mas porque o vicio do já referido «individualismo» levou as coisas a tal extremo que, enfraquecida e quase extinta aquela vida social outrora rica e harmonicamente manifestada em diversos géneros de agremiações, quase só restam os individuos e o Estado. Esta deformação do regime social não deixa de prejudicar o próprio Estado, sobre o qual recaem todos os serviços que as agremiações suprimidas prestavam e que verga ao peso dos negocios e encargos quase infinitos»
«Quadragesimo Anno» 15 Maio 1931

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E que a reforma não seja outro rolo compressor...

3:54 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Fico feliz pelo dono deste tasco, já começar a ler mais qualquer coisa para alem do destak e o metro (você estava a pedi-las)!
Sobre o conceito orgânico de Evola já me prenunciei várias vezes noutras caixas de comentários (discussões com o Buiça, etc.) e não me vou repetir, porque quem anda nestas bloguisses algum tempo começa a ficar com aquela sensação de "déjá-vu"!
Mas já que tocou no Evola, um conselho se o quiser – Não continue a lê-lo porque não vai deixa de ser...católico, mas talvez passe a ser um Verdadeiro Católico Tradicionalista. Mais o informo, se não sabe (!), que o dono dos Cadernos Evolianos é um Católico (e) Nacionalista que dá pela graça de Pedro Guedes.
Cumprimentos (ainda havemos de ser amigos!!!)

Legionário

8:15 da manhã  
Blogger Francisco Múrias said...

Deixe-me que lhe diga que as razões pelas quais abri um «tasco» não foram nem para fazer amigos nem para o fazer feliz(desculpe lá mas estava a pedi-las)
Li os cadernos exactamente por causa do Pedro Guedes

Cumprimentos

9:28 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Fico feliz à mesma.
De momento estou aprender a dar a outra face!

Legionário

1:10 da manhã  
Blogger Francisco Múrias said...

Isso é um prova de grande coragem.
Eu nunca consegui.

Sempre usei o direito à legítima defesa.

Agora não se esqueça que as Nações não têm faces

2:05 da manhã  

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