quinta-feira, agosto 31, 2006

Combustões

Miguel Castelo Branco em grande forma :
Mais Montesquieu, menos Rousseau
Dia da fúria

Sobre direitas moles e duras

Este é o título de um artigo de Rui Ramos na Revista Atlantico.

É um artigo que custa ler tal a quantidades de «inverdades»(para ser simpatico) que este senhor debita.

Para ele há duas direitas em Portugal :a dura (a má ) e a mole (a boa (a de Freitas do Amaral)

A Direita dura é a direita de Deus (horrível) Pátria (ainda pior) e autoridade.Aqui engana-se pois não é autoridade, é Família (deve ser mais uma coisa detestável, com toda a certeza,para este senhor)

Acusa o salazarismo de ter sido um fracasso e provavelmente Salazar de ser um fracassado, o que realmente é notável. Salazar nunca perdeu - apenas morreu - coisa detestável para quem sonhava vencê-lo.

-Quanto à direita dura - diz ele- não perdeu o jogo por jogar, mas por falta de comparencia.
Aqui temos que admitir que é verdade, pois enquanto a direita mole escrevia cartinhas a oferecer-se para governar com o Vasco Gonçalves(Freitas do Amaral) e entrava no governo do companheiro Vasco (PPD) a direita dura malhava com os ossos em Caxias, Penitenciaria, Peniche e Alcoentre e era impedida de concorrer às eleições (PDC) .

Ele não percebeu, ainda, onde é que esta direita é mole.É mole , não por causa das ideias, mas porque não tem coluna vertebral .

Fraudes intelectuais

Manuel Azinhal brilhante em Fraudes intelectuais

quarta-feira, agosto 30, 2006

Queres ir à pesca? Vai à caixa multibanco e paga...malandro

«Foi hoje publicada em Diário da Republica, e entra amanhã em vigor, a portaria que regulamenta as actividades de Pesca Lúdica que há mais de 20 anos era ansiada pelo sector da Pesca.»

Andava tudo ansioso...

Paga-se ao dia, ao mês, ao ano é à vontade do freguês..

«poderão obter a licença para períodos mensais, anuais ou trienais, ou no caso da pesca turística para períodos diários, em qualquer caixa de Multibanco utilizando o talão emitido pela máquina como comprovativo da posse de licença perante as autoridades»

Ninguem pára estes tipos?

· O Independente vai publicar a última edição na sexta-feira

Margaret Thatcher


Margaret Thatcher e a Europa 77 Feb 1 Tu

Goering sionista?


«Depois da guerra, os judeus deveriam ser evacuados para a Palestina ou outra parte»
Goering

«As entrevistas de Nuremberg»
Leon Goldensohn
Companhia das letras
São Paulo 2004
Pg 155

Hay que salvar el alma.

«Hay mucha gente desanimada por la política. Andan preguntando: “¿Qué tenemos que hacer?”. Algunos ni siquiera preguntan, sino que resueltamente dicen: “No hay nada que hacer.”
Para un cristiano, la respuesta es muy sencilla: hay que salvar el alma.
— ¿Y la Patria?
— Salvar la Patria también, de ese modo»
Tudo na A Casa de Sarto

Israel utilizou armas quimicas no Líbano

Ordinarices...

O estado do Estado

Iran : Consequences of a War

How to Keep the Bomb from Iran

terça-feira, agosto 29, 2006

UM MANIFESTO DA DIREITA EM PORTUGAL

«O actual regime recebeu, e multiplicou, com particular relevo para o último decénio, a pior herança do antigo regime: o poder ilegítimo das corporações. Urge descorporativizar a sociedade portuguesa»

Uma das caracteristicas dos revolucionários é a incapacidade de ver e viver com a realidade. Parece, depois de ler o Manifesto, que vivemos numa democracia coorporativa, não vivemos , vivemos numa democracia partidócratica. As corporações existem. As grandes corporações têm, num regime dominado pelos partidos um poder excessivo, como não podia deixar de ser. As grandes corporações através dos votos que significam ou do dinheiro com que financiam os partidos têm um poder muito superior aquele que teriam numa democracia corporativa. Aí eles estariam representados não pelo poder que têm nos partidos mas pelo poder que representam na sociedade. Numa Camara Corporativa as grandes empresas de obras publicas estariam representadas mas tambem estariam as pequenas,os grandes hipermecados e as pequenas mercearias, os sindicatos e o patronato,as finanças e os contribuintes, os professores mas tambem os pais, os médicos e os doentes, o equilibrio entre as diversas corporações nasceria do entendimento e não da força ou do dinheiro.. Existem e têm poder. A unica forma de impedir a sua existencia é através da tirania impedindo a livre associação.O poder das grandes corporações é natural o que não é natural é a falta de poder das pequenas. O que nós temos não é corporativismo a mais, o que nós temos é corporativismo a menos.

segunda-feira, agosto 28, 2006

UM MANIFESTO DA DIREITA EM PORTUGAL

«Porque não defendemos a construção jacobina que foi o Estado-Nação, de fronteiras fechadas, um Poder altamente centralizado e burocratizado, o cidadão encarcerado pelo Estado; não defendemos essa visão estática, proteccionista e fechada da nação.»

Não defendem o Estado Nação (vulgarmente conhecido por Portugal) mas nós defendemos, pensamos mesmo que é esse o principal dever do Estado, a defesa da Nação, da Nação Portuguesa que embora não se esgote no Estado e no território português sem Estado-Nação transformavamo-nos num Pais Basco.

Mas também é claro que não defendemos um Poder altamente centralizado e burocratizado.Mas o que não conseguimos perceber é como é que essa defesa por parte desta proposta do Manifesto se concilia com «o poder que lhe for legitimamente outorgado em eleições livres e democráticas » poder esse que não lhes chega pois « em rigor, governar verdadeiramente contra os velhos mitos da Esquerda, que tão prejudiciais têm sido em todas as latitudes e longitudes, implica ter ganho eleições com um mínimo de dois terços dos votos (tantos quantos os necessários para uma revisão da Constituição)»

Se não defendem o «Poder altamente centralizado e burocratizado» deviam portanto quando chegassem ao tal «Poder altamente centralizado e burocratizado» descentralizar o poder ficando por isso com menos poder.

Mas não, pedem 2/3 do parlamento; se o actual governo já tem, com uma maioria absoluta poder a mais, o desastre que seria termos um governo com 2/3 do parlamento para instaurar uma ditadura liberal (eramos livres nem que fosse à porrada) a distribuir direitos a quem «merecer»

UM MANIFESTO DA DIREITA EM PORTUGAL


«os direitos merecidos por oposição aos “direitos adquiridos” – Há direitos inatos: que nascem com os homens e são invioláveis. Em contrapartida, não há direitos adquiridos, mas direitos merecidos, direitos que todos os dias se jogam, com esforço e empenho e se ganham enquanto se merecem, se perdem quando se deixaram de merecer. Direitos adquiridos para todo o sempre são sempre direitos de uns em detrimento dos direitos de outros. Direitos dos que chegaram primeiro contra os direitos dos que, legitimamente, querem ter a sua oportunidade de entrar. Direitos da pior das elites: a elite dos meramente instalados, que se define apenas porque já se lá está»

Isto é uma besteira, mas uma besteira perigosa Não há direitos aquiridos? Quando se compra uma casa o que é que se está a fazer? Está-se a adquirir um direito, direito real,o direito à propriedade privada. Não interessa nada se é merecido ou não. O que interessa é que é adquirido. Quem é que define quem é que «merece» um direito? O Dr Manuel Monteiro? O mercado? Mas nesse caso é merecido quando é adquirido logo o direito merecido é o direito adquirido.

Isto não é o manifesto da Direita é o manifesto da direita do Dr Santana Lopes, uma direita perigosissima, com pouca coisa na cachola, voluntarista e insensata. Ter esta direita no poder é ter a guerra civil. Não percebem nada de direito nem de justiça. São perigosos.

Pretendem alterar o regime jurídico, logo político, de uma forma revolucionária mas dizem-se conservadores:

«Conservador é todo aquele para quem a tradição tem um valor específico como quadro de referências permitindo um permanente movimento de inovação dentro desse quadro de referências. O conservador entende que a tradição não é um monte estático de factos históricos, mas um conjunto dinâmico de elementos, que a peneira da experiência e da História manteve como válidos após a exclusão das inovações que se demonstraram inadequadas»
-dizem eles- mas tudo isto é treta que não quer dizer nada:

Os regimes politicos são antes demais nada regimes juridicos. Quando se diz que se quer mudar o regime o que se pretende é mudar as leis , ora há três formas de alterar um regime jurídico logo político: revolucionária, reformadora ou conservadora. Dizem-se conservadores mas não são .São revolucionários liberais «A forma revolucionária não tem que respeitar os factos passados ou as situações juridicas que se tinham constituido à sombra de leis antigas que representavam desvios aquele Direito e eram , como tais, ilegítimas»(1). A pressa que demonstram («que deverá ser gradual mas rápido»)caracteriza-a dentro dos costumes revolucionários pois normalmente os legisladores revolucionários têm tanta pressa de pôr a funcionar uma ordem nova que nunca se preocupam com as injustiças da aplicação generalizada das leis novas (2)E como revolucionários que são são contra o direito, pois «o direito tem como função estabilizar as expectativas das pessoas que nele confiam e nele assentam os seus planos de vida . Nada corroi mais a função social do direito que a perda de confiança nas suas normas em consequencia da frustação de expectativas legítimas fundadas nas mesmas normas. Daí que a necessidade de respeitar a estabilidade das situações juridicas seja ela mesmo um postulado inerente aquela função social do direito.»(3)

Passam só a haver os direitos «merecidos», o novo direito mata o anterior. É o jacobinismo em todo o seu esplendor, o Dr Manuel Monteiro sonha ser o Robespierre de Portugal mas, por ignorancia ,ainda não percebeu. Mas era bom que percebesse rapidamente porque o Robespierre morreu em 1794 na guilhotina e o Dr Monteiro pode ser ignorante mas não é estúpido.
1)(2)(3) João Baptista Machado «Introdução ao direito e ao discurso legitimador» Almedina ,Setembro de 2004

UM MANIFESTO DA DIREITA EM PORTUGAL.


UM MANIFESTO DA DIREITA EM PORTUGAL li à procura de uma palavra: Salazar.Não encontrei.Talvez por falha minha mas não encontrei. Não há Manifestos da Direita que reneguem o passado da Direita. Não há Direita enquanto a direita não assumir com orgulho o seu passado: de Sardinha e Alfredo Pimenta,de Ferro e João Ameal , de Goulart Nogueira e Manuel Maria Múrias, de Jaime Nogueira Pinto e Miguel Freitas da Costa. Não há Direita enquanto a direita não assumir que governou, bem, Portugal durante 40 anos através do Dr Salazar.Não há Direita sem Salazar ,nem nunca teria havido Salazar sem Direita.

«Surpreende-me»

Carlos Gomes: Como Oficial de Policia, surpreende-me tudo isto. A policia a GNR a PJ, policias por excelência só algemam alguém quando está posta em causa a segurança ou exista perigo de fuga. Só Show Off. Depois, não se sabe pq não foi libertado depois de detido e notificado para ser presente na segunda feira e não sabado, pq é assim que determina o Código de Processo Penal.

Comentários no Correio da Manhã http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=212715&idselect=10&idCanal=10&p=200

domingo, agosto 27, 2006

Motim na Arrábida une pesca e recreio

Motim na Arrábida une pesca e recreio

Nunca no mar de Sesimbra se deve ter ouvido tamanha vaia como quando uma lancha da Polícia Marítima (PM)abordou a embarcação ‘Virgem da Ajuda’, ...

Blasfémias

Hoy, soy español

Hoy, soy español no Letras com Garfos :
«mas estão também incluídas no rol as centrais nucleares espanholas, que passarão a ser controladas pelos alemães»

Noticia do «Publico»

Administrador do Grupo K foi ouvido e sujeito a termo de residência 26.08.2006 - 12h12 Lusa

O administrador do Grupo K Paulo Dâmaso saiu hoje do tribunal de Vila Real de Santo António, onde foi ouvido por desobediência à ordem de encerramento de dois estabelecimentos, com termo de identidade e residência, revelou o próprio à Lusa.
Paulo Dâmaso foi preso hoje de madrugada por ter desobedecido à ordem de encerramento dada pela Autoridade da Segurança Alimentar e Económica (ASAE) aos estabelecimentos Klube e Kasablanca, em Vilamoura.O administrador do Grupo K escusou-se a comentar como tinha corrido a audiência, alegando que está abrangido pelo segredo de justiça e que prefere não falar.Momentos antes de entrar no Tribunal de Vila Real de Santo António, Paulo Dâmaso criticou as autoridades por "abuso de poder" durante a operação que levou à sua detenção."Acho estranho que para fazer a detenção a uma pessoa que não ofereceu resistência e se prontificou a ir voluntariamente às autoridades tenham sido necessários 20 elementos e algemarem-me para as máquinas fotográficas e as câmaras de filmar", contou à Lusa, afirmando-se vítima de "abuso de poder e prepotência".Paulo Dâmaso considerou "muito estranho" o processo que levou à sua detenção e ao encerramento dos estabelecimentos Klube e Kasablanca."Há coisas estranhas nesta acção: Como é que quando a ASAE chegou ao estabelecimento [na quarta-feira, dia em que foi encerrado] já tinha a ordem de encerramento e os selos?", questionou Paulo Dâmaso.O administrador do Grupo K explicou que por esses motivos, e depois de acatar a ordem de encerramento nessa noite, interpôs uma providência cautelar no Tribunal Administrativo de Loulé com "efeitos suspensivos imediatos"."Por isso reabrimos, estamos num Estado de direito. Além disso, quando quisemos enviar a cópia da Providência Cautelar para a ASAE, estranhamente os faxes estavam desligados", adiantou.Para Paulo Dâmaso, a acção da ASAE "começou de forma muito invulgar" e há aspectos que o administrador do Grupo K diz não perceber como foram possíveis de acontecer.Dâmaso exemplificou, afirmando que o director regional João Polainas marcou, na presença de testemunhas, uma nova vistoria para as 18h00 do dia seguinte ao encerramento para verificar se as irregularidades que levaram ao fecho do estabelecimento já estavam resolvidas."Quando telefonámos para a vistoria ser feita, disseram-nos que tinha de lá ir um técnico da Câmara de Loulé. Mas não somos nós que temos de pedir aos técnicos para ir lá, mas sim a ASAE", frisou.Os estabelecimentos do grupo K foram encerrados quarta-feira à noite, em pleno horário de funcionamento, depois de uma inspecção levada a cabo pela ASAE que detectou "uma gritante falta de higiene e asseio", além de dúvidas no licenciamento, disse à Lusa o porta-voz da ASAE, Manuel Lage, na altura.Paulo Dâmaso garantiu à Lusa que o licenciamento "está feito e existem alvarás para as duas casas".O administrador do Grupo K indicou ainda que a ASAE considerou haver falta de qualidade na água utilizada para o gelo."Não são os estabelecimentos que têm de pedir relatórios da qualidade da água", sublinhou.Paulo Dâmaso disse ainda estranhar que a vistoria que levou ao encerramento ter sido feita "antes do estabelecimento abrir e quando faltavam ainda algumas coisas".O administrador do Grupo K manifestou-se tranquilo, afirmando que "tudo será passível de ser analisado em tribunal".Segundo informações disponibilizadas pelo porta-voz da ASAE, a detenção ocorreu por volta das 00h30 e o administrador do grupo K foi de seguida levado, algemado, para as instalações da autoridade, onde foi ouvido, por crime de desobediência.Para já, os estabelecimentos permanecerão encerrados até serem "restabelecidas as condições de higiene e de segurança" e depois de haver nova vistoria por parte da ASAE.

Administrador Grupo K preso e algemado por desobediência


Analisemos a noticia do Diario de Noticias
Administrador do Grupo K sai em liberdade depois de detido por ASAE.

O que é que se lê?

1-A ASAE mandou fechar o estabelecimento porque:
a)«guardar caixas de fruta onde existem as cubas de gelo para servirem aos clientes»
Do que se percebe não eram as caixas de fruta(cheias ou vazias, não sabemos) que estavam nas arcas congeladoras ,nem ,como se compreende (por impossibilidade física), era o gelo que estava na dispensa. Eram as cubas, os plasticos portanto, que estavam junto das caixas.

b) «nenhum dos balcões da Kasablanca nem do Klube ter lavatório»

c) Detectaram «caroços de manga na arca congeladora»

d) Além disso a ASAE tinha «duvidas sobre o licenciamento»

Perante isto a ASAE mandou fechar o estabelecimento, como Administrador não cumpriu , foi preso.

Ficamos assim a saber que para fechar um estabelecimento, levar uma empresa a uma siuação difícilima, impedir uma familia de trabalhar ,basta faltarem dois lavatórios, ter caroços de manga no congelador, os plasticos do gelo estarem junto das caixas da fruta e pior que tudo :

A ASAE ter dúvidas sobre o licenciamento

Fantastico não é?

Não abram negocios de «Restauração e Bebidas» é o que a ASAE está a dizer. Fechem os que há, vendam-nos e fujam para a sucateira do mundo : o Bangladesh . O MC Donalds agradece.

Ah e mais uma coisa «estes copos parecem-lhe limpos?»

sábado, agosto 26, 2006

Arrábida: Protesto já reúne 300 barcos

O protesto que está a decorrer este sábado em direcção ao Portinho da Arrábida reunia ao final da manhã cerca de 300 embarcações, perante um forte contingente da Polícia Marítima, disse à Lusa um dos impulsionadores da acção.
«A iniciativa de protesto está a ser um sucesso, estão reunidos, até ao momento, cerca de 300 barcos, originários de Setúbal e Sesimbra», afirmou João Cerqueira, salientando que a manifestação está a ser acompanhada de perto pelas autoridades.
«Dentro das embarcações da Polícia Marítima que saíram hoje a acompanhar o protesto existem vários elementos que parecem que estão equipados como a polícia de choque e prontos a intervir», afirmou o mesmo responsável.
«Já foram hoje multadas várias pessoas e existiram várias trocas de insultos, existindo mesmo ameaças de prisão», acrescentou.
A manifestação dos pescadores e dos barcos de recreio tem como objectivo protestar contra as restrições à pesca e outras actividades náuticas previstas no Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (POPNA).
As medidas previstas no plano impedem as embarcações de navegar entre o Portinho da Arrábida e a Figueirinha e só autorizam os barcos a fundear a 450 metros da costa, o que os manifestantes consideram ser uma distância muito grande.
Diário Digital / Lusa
26-08-2006 13:34:52
É PRECISO PERGUNTAR O QUE É QUE SE PASSA NESTE PAÍS

O FUNDAMENTALISMO ESTÁ CÁ E QUER INSTAL AR-SE

Administrador Grupo K preso por desobediência

«O administrador do grupo K, Paulo Dâmaso, foi preso sábado de madrugada por ter desobedecido à ordem de encerramento dada pela Autoridade da Segurança Alimentar e Económica (ASAE) aos estabelecimentos Klube, Kasablanca e ao restaurante Sushi, em Vilamoura.
Segundo informações disponibilizadas pelo porta-voz da ASAE, a detenção ocorreu por volta das 00:30 e o administrador do grupo K foi de seguida levado, algemado, para as instalações da autoridade, onde foi ouvido, por crime de desobediência.
Os três estabelecimentos do grupo K foram encerrados quarta-feira à noite, em pleno horário de funcionamento, depois de uma inspecção levada a cabo pela ASAE que detectou «uma gritante falta de higiene e asseio», além de dúvidas no licenciamento, explicou à Lusa Manuel Lage.
Na altura, as instalações foram seladas e a actividade suspensa, mas quinta-feira a determinação terá sido violada.
Quarta-feira, em comunicado enviado à Lusa, o Grupo K, proprietário dos dois estabelecimentos, anunciou ter entregue nesse dia no Tribunal Administrativo de Loulé «uma providência cautelar que visa suspender o acto ilegítimo que foi praticado por um organismo do Estado, do qual se retirarão as devidas consequências».
De acordo com Manuel Lage o desenrolar do processo determina que Paulo Dâmaso seja constituído arguido e lhe seja fixado termo de identidade e residência, sendo que o administrador do grupo K terá de se apresentar hoje de manhã ao Tribunal de Vila Real de Santo António.
Para já, os três estabelecimentos permanecerão encerrados até serem «restabelecidas as condições de higiene e de segurança» e depois de haver nova vistoria por parte da ASAE.»
Diário Digital / Lusa
26-08-2006 4:33:31

É PRECISO PERGUNTAR O QUE É QUE SE PASSA NESTE PAÍS
O HOMEM ROUBOU ? MATOU? VIOLOU?

NÃO, ABRIU UM NEGÓCIO E FOI PRESO

O FUNDAMENTALISMO ESTÁ CÁ E QUER INSTAL AR-SE

la ciencia no es ajena a la interferencia política

«Manipulación informativa sobre la investigación sobre células madre» na A Casa de Sarto

O Chile socialista, democrático e livre vencerá

Parece que passou despercebido este grande discurso do Prof Marcelo :O Chile socialista, democrático e livre vencerá . Como me deu um trabalhão a pesquisa relembro-o novamente.

Jorg Friedrich Brandstatten


A A Voz Portalegrense,faz referencia (O Passado e a Reconstrução da História )a um livro que eu considero imprescindível: de Jörg Friedrich Brandstatten «Der Anblick des Bombenkriegs»

Comprei-o no sítio certo :Dresden.

20 apenas 20

sexta-feira, agosto 25, 2006

CO-INCINERAÇÃO

Eu quero dizer que sou a favor da CO-INCINERAÇÃO , acho que é uma maneira útil de nos vermos livres do lixo considerado mais perigoso.Mas isso não quer dizer que gostasse de morar ao lado de uma cimenteira que queima produtos tóxicos e muito menos que gostasse de morar ao lado de uma cimenteira que queimasse todos os lixos tóxicos de todo o país.

É perfeitamente compreensível que as populações e os seus representantes se revoltem contra tal decisão dos burocratas de Lisboa.Compreendo a posição do Alma Pátria Pátria Alma na nossa luta contra o centralismo do Terreiro do Paço. Porque antes de saber se científicamente as populações têm ou não razão é preciso perceber de uma vez por todas que politicamente têm toda a razão. Não é preciso ter razões científicas ou económicas para poder decidir que não querem.
Não querer, porque sim, apenas porque sim, é um direito dos povos. Não têm que dar justificações e explicações. Não querem. Porquê? Porque têm esse direito, de não querer.Não é um direito racional nem economico é político.Quem quer é que tem de os convencer a querer, a mudar de opinião.

A posição das populações é uma posição política apoiada nos direitos politicos dos povos, a posição governo é uma decisão politica apoiada em estudos científicos (e na policia).

O que é que vale mais a ciencia ou os direitos naturais e por isso políticos dos povos?

Dizem que anda aqui «pescadinha com o rabo de fora»; que as populações estão a ser instrumentalizadas por gente que tem muito a ganhar com a exportação e comercialização de tais residuos.

Se estão ,é preciso que quem tem essas informações as passe às populações, embora, neste momento, nesta altura do jogo já só há uma coisa em campo:
Saber quem manda na casa de cada um.Se cada um ou o Eng Sócrates.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Plutão depromovido

Plutão, na mitologia romana era o Deus dos Infernos.Passou hoje à 2ªdivisão

É proibido amar a Esperança!

É proibido amar os campos verdes do seu país,
É proibido amar o verde da Esperança,
É proibido amar a Esperança!

És proibido, Jan Palach,

És proibido, Jan Palach,
És proibido, Jan Palach,
Estás proibido de resistir
Estás proibido de morrer

Números de merceeiro

7000 ataques aérios
2500 bombardeamentos navais
1183 mortos dos quais 1/3 crianças
4054 feridos
970 000 pessoas expulsas das suas casas
80 pontes destruidas
94 estradas destruidas
25 bombas de gasolina destruidas
900 empresas comerciais destruidas
30 000 residencias lojas e escritorios destruidos
2 hospitais completamente destruidos
3 outros danificados
500 000 pessoas sem abrigo em Beirute

Fonte:Amnistia Internacional

Factos

1-A Reuters foi fundada por Paul Julius Baron von Reute. Nasceu em Kassel, na Alemanha, e o seu pai era rabi. O seu nome de baptismo era Israel Beer Josaphat.
2-O maior acionista da Reuters na bolsa de Nova York é a empresa State Farm Insurance Companies
3-A State Farm Insurance Companies foi fundada por George Jacob Mecherle

O Chile socialista, democrático e livre vencerá


O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Marcelo Rebelo de Sousa.
O Sr. Marcelo Rebelo de Sousa (PPD): - Srs. Deputados: Foi há dois anos! Foi há dois anos, no Palácio de La Moneda, que com a morte de Salvador Allende terminou, às mãos do fascismo e do imperialismo, a curta experiência do Governo de Unidade Popular Chileno.As últimas palavras do Presidente Allende calam fundo na lembrança de todos os democratas: «Tenho fé no Chile e no seu destino. Outros homens ultrapassarão este momento cinzento e amargo, onde a traição pretende impor-se. Fiquem sabendo que, muito mais cedo que tarde, se abrirão as grandes avenidas por onde passará o homem livre para construir uma sociedade melhor.»Dois anos depois, nós, os Deputados do PPD, queremos aqui manifestar o nosso testemunho de profundo respeito pelos ideais da construção do socialismo, da vivência da democracia pluralista e da defesa da independência nacional, que estiveram na base do governo de Allende. De um governo constitucional livremente eleito e legitimamente fundado na vontade do povo chileno.
Vozes: - Muito bem!
O Orador: - Cada um de nós poderá formular um juízo de valor próprio - mais ou menos positivo, mais ou menos negativo - acerca da prática política do Governo de Unidade Popular da fidelidade que revelou aos ideais que presidiram à sua criação. Mas todos estaremos de acordo no reconhecimento da inequívoca estatura moral de Salvador Allende, bem como da pureza dos ideais de transformação económica, social, política e cultural que animaram tantas das forças políticas e dos militantes democratas e progressistas componentes da Unidade Popular. Nós, Deputados do PPD, recordamos em particular os militantes dos Partidos Social-Democrático e Radical, que lutaram e continuam a lutar por um Chile socialista, democrático e livre do jugo dos imperialismos.
Vozes: - Muito bem!
O Orador: - No momento que vivemos em Portugal uma gravíssima crise político-militar, de que são sinais preocupantes tantos dos recentes acontecimentos ocorridos em Portugal, em Timor e em Angola, o exemplo do Chile de Allende, salvaguardadas as condições específicas de cada uma das experiências, dá-nos uma dupla lição. A lição da resistência tenaz e permanente contra o fascismo e os imperialismos, pelo socialismo, pela democracia pluralista, pela efectiva independência nacional.A lição da denúncia de quantos, afirmando-se embora democratas e progressistas, pelos 'seus actos e omissões, pelo seu golpismo doentio, pela sua estratégia de «quanto pior melhor», abrem voluntária ou involuntariamente caminho às forças da contra-revolução.Dois anos depois seria trágico que a democracia em Portugal viesse a perecer às mãos de um qualquer regime autocrático e antidemocrático, criador de novas ou velhas formas de exploração e opressão.O PPD está e estará sempre do lado dos que lutam pacífica e democraticamente contra as opressões económicas e sociais, contra as ditaduras políticas e os imperialismos sedentos de subjugação nacional.Sr. Presidente, Srs. Deputados: Termino como comecei com as últimas palavras de Salvador Allende: «Estas são as minhas últimas palavras, estando. certo de que o sacrifício não será em vão. Tenho a certeza de que, pelo menos, haverá uma sanção moral que castigará a felonia, a cobardia e a traição.»
Vozes: - Muito bem!
O Orador: - O Chile socialista, democrático e livre vencerá!

Diários da Assembleia Constituinte
Número 045
Data da Sessão 1975-09-11
Data do Diário 1975-09-12
Páginas do Diário 1271 a 1304
Página 1277

Viva a liberdade!!!!

«Não vamos evocar o envolvimento do CDS, do Deputado Galvão de Melo, nem tão-pouco na conspiração da «maioria silenciosa», tão-pouco evocaremos as posições do PPD face a essa investida contra-revolucionária. Todas elas bem conhecidas das massas populares.Quero recordar apenas um facto que não é ainda do domínio público. É que em vésperas do 28 de Setembro delegações do PCP e do PS se encontraram com delegações do PPD (uma das quais era constituída pelos Deputados Drs. Santos Silva e Rebelo de Sousa) para se tentar uma condenação conjunta, pelos partidos da coligação de então, da manifestação e conspiração da «maioria silenciosa». Por duas vezes as três delegações chegaram a acordo e produziram textos comuns de condenação. Por duas vezes a direcção central do PPD se retirou à última hora dos acordos, desautorizando por duas vezes as suas delegações, incluindo a constituída pelos dois Deputados há pouco referidos.»


Diários da Assembleia Constituinte pg 1552 N.º 53 data da sessão25/9/1975 data do diário 26/9/1975 paginas do diario 1547 a 1586Comunicação de Carlos Brito (PCP): morada net :http://debates.parlamento.pt/r3/dac/shpg_dac.asp

Amigos

Amigos

Sexo dos Anjos

E ficou tudo pior não há a mínima duvida

quarta-feira, agosto 23, 2006

Estupro

Como se pode dourar aquilo que viola a democracia ?

Ora aqui está uma boa pergunta...

Ao dourador não sei , mas quem viola a democracia devia ser acusado de estupro, sobre isso não tenho dúvidas nenhumas

Só se fala do que dá jeito

O EUD

«O EUD é uma aliança de partidos, movimentos e organizações políticas a operar a nível europeu. A sua constituição justifica-se pela necessidade de criar uma plataforma coesa que una os que criticam a União Europeia (UE) pelo seu desenvolvimento/ não democrático e a sua política centralizadora.»Mais no jardimdoarraial.

Timor Leste

Zeca Afonso


O Zeca Afonso era um cantor extraordinário, a Grandola Vila Morena é uma marcha perfeitamente espantosa.Ouvir Zeca Afonso cantar fado de Coimbra é um deleite para alma O Paulo de Carvalho é «a voz» .Eisenstein é um dos maiores realizadores de todos os tempos

Não reconhecer isto é anti democratico

Bin Laden personagem de ficção científica

Em 1951 o célebre escritor de ficção científica Isaac Asimov publicou um romance chamado «Foundation»
-Al Queda na tradução árabe

O herói do romance Hari Seldon é um chefe espiritual, um revoluconário que luta contra um império cosmico muito forte militarmente mas de rastos moralmente, usa as armas do império para o derrotar

Hari Seldon é Bin Laden e Bin Laden é um personagem de ficção científica (ou será ao contrário?)

Terroristas ou «fala-baratos» ?

«Osama bin Laden and Ayman al- Zawahiri "are more preachers of global jihad than field lieutenants who give direct orders."»
http://www.cfr.org/publication/11033/

GALP

«Sobre as perspectivas da Galp opõem-se duas teses. Uma defende a transformação da Galp em empresa comercializadora de combustíveis, com o abandono do upstream e da refinação, figurino em que Espanha aparece como mercado a investir; outra vê a Galp como uma ‘total energy company’ (TEC), parte de um conglomerado energético que controla o negócio da energia. A última tese foi defendida por Manuel Ferreira de Oliveira, ex-presidente da Petrogal, durante um debate promovido pela Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (Sedes) em Fevereiro de 2003, que contou com a presença, a título pessoal, do Presidente da República. Ferreira de Oliveira defendeu, no quadro de uma TEC (EDP/Petrogal/GDP) a aposta na exploração e produção e a continuação da refinação – além da presença no transporte oceânico de petróleo e na comercialização em Espanha. Sobre aquela aposta considerou que “Portugal [já] tem o privilégio de operar no offshore atlântico, em Angola e Brasil”. O ex-presidente da Petrogal revelou ainda que quis ter 20 por cento do consumo (339 mil barris por dia em 2001) em reservas, a propósito do que chegou a ponderar a fusão com a Partex, da Fundação Gulbenkian, que produzia 30 mil barris por dia. Em um cenário pós-Eni, as petrolíferas angolana (Sonangol) e brasileira (Petrobras) perfilam-se como parceiros privilegiados da Galp.
João Salgueiro, presidente da Sedes, justificou a iniciativa por ser “confrangedor” decidir sobre tendências pesadas que enformam o futuro para décadas sem informação nem discussão. Um exemplo, disse, foi a entrada da Eni no capital da Petrogal, em Janeiro de 2000, sem respeitar “normas mínimas de transparência”, que classificou como “um desastre negocial”.»

Geopolítica da energia: o offshore atlântico Rui Nunes

Temporariamente sós

«Do que ficou dito é possível concluir que, no que diz respeito às relações luso-americanas, o período de maior fricção e isolamento foi bastante curto, durando pouco mais de um ano. Não que os efeitos desta crise não se tenham feito ainda sentir durante mais alguns anos e não tenham deixado marcas, mágoas e desconfianças mútuas, algumas das quais não seriam de todo apagadas. Mas, na verdade, julgamos não se poder falar numa inversão de fundo e definitiva da política seguida pelos norte-americanos para com Portugal desde a segunda Guerra Mundial. Isto é, após aquele "ano horrível" de 1961, Portugal não sentiu da parte dos Estados Unidos uma pressão suficientemente incómoda para fazer perigar a estabilidade do regime e a continuação das Guerras Coloniais. Tanto mais que, nos anos seguintes, correspondentes à administração de Lyndon Johnson (1964-1968), esta tendência se confirmou. A política adoptada pelos Estados Unidos em relação a Portugal a partir de meados de 1962 iria ser reforçada ainda mais durante a Presidência de Johnson, podendo Porugal contar com uma verdadeira "neutralidade colaborante" por parte dos americanos no que respeita à sua política colonial e, por conseguinte, ao essencial da sua política externa. Por isso, pode mesmo dizer-se que, no que respeita às suas relações políticas e diplomáticas com os americanos, durante o período em análise os portugueses não se encontraram "orgulhosamente sós", mas antes "temporariamente sós".»

"Orgulhosamente Sós"? Portugal e os Estados Unidos no início da década de 1960 Comunicação apresentada ao 22º Encontro de Professores de História da Zona Centro, Caldas da Rainha Abril de 2004Luís Nuno Rodrigues

Orgulhosamente sós

«Por último, à mudança de atitude por parte dos norte-americanos não foi certamente alheia a posição dos restantes aliados ocidentais em relação a Portugal. Na verdade, mesmo durante os tempos mais difíceis do relacionamento luso-americano em 1961, Portugal pôde continuar a contar com o apoio político e diplomático, com a ajuda financeira e com o equipamento militar proveniente de países tão importantes como a Inglaterra, a França e a República Federal Alemã. Pode pois dizer-se que um dos factores que acabou por motivar a mudança da política americana em relação a Portugal, nos anos de 1962 e 1963, foi a falta de apoio encontrado pelos americanos na restante comunidade internacional (sobretudo a nível da Europa Ocidental) para a sua política de confronto com Portugal. É a própria documentação americana, explorada na realização deste trabalho, que nos deixa antever como, neste capítulo, foram os americanos que acabaram por se encontrar "orgulhosamente sós»
"Orgulhosamente Sós"? Portugal e os Estados Unidos no início da década de 1960 Comunicação apresentada ao 22º Encontro de Professores de História da Zona Centro, Caldas da Rainha Abril de 2004Luís Nuno Rodrigues

A UPA foi financiada pela CIA


No post sobre a violencia democratica sobre bébés um leitor chamado «libertas» diz o seguinte:
«Meu caro,A UPA não foi financiada pela CIA para matar bebés! Estou até seguro que a UPA não era financiada por qq administração norte americana! O ataque foi racista. Foi hediondo. Próprio de selvagens! Indigno de seres humanos! Associá-lo à administração norte americana é tb imundo!cumprimentos»

Aconselho nosso amigo «libertas» a informar-se antes de falar.

Esta nota do trabalho abaixo citado dá ao «libertas» toda a hipotese de se informar sobre o sucedido e convencer-se da imundice que foi a estupida e suicida politica americana, que começou por apoiar terroristas para agora ser vítima deles ...

"[31].] Franco Nogueira , Diálogos Interditos. Parte Primeira (1961--1962--1963), p. 110. Ver também o relato da conversa em "U.S. Government Support of Holden Roberto and the UPA," 5 de Maio de 1962. NA, SDCF, 1960-63, Caixa 1260. Note-se que a maior parte dos autores que se debruçou sobre este assunto considera que Holden Roberto e a UPA foram directamente subsidiados pela CIA. É eventualmente a essa situação que Rusk se refere quando refere que o dinheiro entregue a Roberto se destinava a "intelligence purposes". Ver, entre outros, Richard D. Mahoney, JFK: Ordeal in Africa, Nova Iorque, 1983, pp. 204-206; John A. Marcum, The Angolan Revolution, Vol. II. Exile Politics and Guerrilla Warfare (1962-1976), Cambridge, 1978, p. 17; Douglas Brinkley, Dean Acheson. The Cold War Years, 1953-1971, New Haven, 1992, p. 309.

EUA Portugal Angola

Textos retirados do trabalho '"Orgulhosamente Sós"? Portugal e os Estados Unidos no início da década de 1960 de Luís Nuno Rodrigues

«De acordo com estas novas directrizes políticas, no início de Março de 1961 são enviadas instruções precisas para o embaixador americano em Lisboa. Elbrick devia encontrar-se com Oliveira Salazar o mais depressa possível e comunicar-lhe que doravante os Estados Unidos iriam alterar a sua política de relativa "tolerância" ou de "neutralidade benevolente" para com o colonialismo português. Nesse sentido, a sua delegação nas Nações Unidas iria ser instruída para votar favoravelmente uma proposta da Libéria no sentido de agendar a questão de Angola para a próxima reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas[22]

«". Tendo em vista esta situação, os americanos desejavam "influenciar Portugal para empreender ajustamentos de vulto nas suas políticas que, tal como presentemente formuladas, nos parecem ser conducentes a problemas muito sérios". Esses ajustamentos consistiam numa série de reformas "imperativas para o progresso político, económico e social de todos os habitantes das províncias africanas portuguesas em direcção à sua completa auto-determinação dentro de um prazo realista". O governo americano estava, porém, consciente da "importância económica das províncias ultramarinas para Portugal" e por isso estava disposto a conceder a Portugal e aos seus territórios uma "importante ajuda" económica[23].
Através desta démarche de Elbrick estava consumada oficialmente a nova política da administração Kennedy em relação a Portugal e às suas colónias. A 15 de Março de 1961 os Estados Unidos avançaram com o ameaçado e votaram favoravelmente uma resolução relativa à política portuguesa em Angola. Apesar da resolução não ter sido adoptada, o posicionamento norte-americano abriu uma crise séria no relacionamento entre as duas nações que tão depressa não seria sanada. No final de Março, quando os efeitos do ataque desencadeado pela União das Populações de Angola (UPA) eram já conhecidos, o embaixador Elbrick comentava desolado para Washington: "Posso apenas desejar que não nos estejamos a precipitar de cabeça para o caos nos territórios ultramarinos portugueses. Não tenho qualquer dúvida que muito do que já aconteceu por lá, em termos de terrorismo, é devido à nossa atitude e tenho receio que vá haver ainda mais derramamento de sangue"[25].
«

Não gostam dos Portugueses

Pedro Rolo Duarte escreve hoje um artigo com o título de Ar condicionado.:

Diz ele :

-«Quando faço de conta que sou estrangeiro em Portugal, a coisa nunca corre muito bem. Estou numa esplanada de praia. Passa um homem e cospe para o chão»

-Coisa horrível-digo eu - uns selvagens estes Portugueses tem que sair uma lei que proiba estas porcarias.Temos que pôr esta maralha na ordem .

- «A criança berra e deita pelo ar o embrulho do Super Maxi, os pais ignoram.»

-Deseducadores, não sabem educar as criancinhas, é necessário que a Comissão de Menores intervenha, colocar a criança num colégio, retirá-la aos pais.

-« Ao meu lado alguém acende um cigarro ignorando que o vento empurra o fumo para o nariz do meu filho.»
- Um verdadeiro ataque, um crime, coitadinho do nariz delicado do filho
do Pedro Rolo Duarte. Proibam de fumar ao ar livre, proibam de fumar quando há vento, proibam que os narizes sensíveis das criancinhas possam apanhar fumo»
-« As pessoas não falam umas com as outras, gritam e querem que toda a gente saiba as doenças de que padecem e as maldades que as famílias lhes infligem.»
-Temos que as educar. Pôr as pessoas a falar da crise do médio oriente, dos artigos do Pedro - ou talvez, proibir as doenças e acabar com as malvadas das famílias.
- «Eu sou turista no meu país e não gosto».
-Não gosta de quê? Não gosta dos selvagens com quem partilhou as férias, não gosta de Portugal e dos Portugueses. É preciso acabar com isto, fazer um Portugal à medida do Pedro, proibir que se cuspa e se tire macacos do nariz, proibir o fumo e os doentes que incomodam. Esconder da vista do Pedro, prender, reprimir os maus comportamentos criar o Portugal do Pedro.

«Abro o jornal e leio: "O Hospital Distrital de Évora anunciou ontem o arranque das obras de instalação do sistema de ar condicionado, abrangendo a totalidade das 238 camas do edifício do Espírito Santo..."Há, portanto, um hospital em Portugal que ainda não tem ar condicionado?»

Uma miséria ,resumindo...

Para o ano o Pedro vai passar férias para a Suécia isso sim um verdadeiro país de gente civilizada (tomam é pouco banho)

domingo, agosto 20, 2006

Liberdade capitalista












A liberdade capitalista é assim.Chamem-me católico. Bébés mortos pela UPA que foi financiada pela democratica administração americana. Vale tudo para conquistar mercados

Liberdade Capitalista















A liberdade capitalista é assim.. mortos civis em Dresden ..Chamem-me católico. Serve tudo para ganhar a guerra. Ainda há vergonha ?

Liberdade capitalista


A liberdade capitalista é assim.. sobreviventes de Hiroxima..Chamem-me católico. Serve tudo para ganhar a guerra. Ainda há vergonha ?

Partido pedófilo

A liberdade capitalista é assim.. nasce na Holanda o primeiro partido pedófilo.Chamem-me católico. Serve tudo para conquistar o poder. Ainda há vergonha ?Actualidad geopolítica y económica mundial " Nace en Holanda el primer partido pedófilo

Liberdade Capitalista











A liberdade capitalista é assim.. cruzeiro gay .Chamem-me católico. Serve tudo, com direito a fotografia,para ganhar dinheiro. Ainda há vergonha ?

Chinelos...

Pois é, chinelos. Será proibido conduzir de chinelos? Tudo é possível... A discussão está aberta em : Condução em chinelos

Compaixão Revolucionária

«foi precisamente a «compaixão revolucionária» , que transpôe o privado para o público (melhor dizendo, nega o privado) a causa de tragédias sem nome»
Nuno Rogeiro
«O Inimigo Público»
Gradiva 2003

sábado, agosto 19, 2006

Os inventores do mundo futuro

«Para aqueles que estão acostumados a desprezar como “teoria da conspiração” a hipótese de que o Council of Foreign Relations trama com o Grupo Bilderberg e outros círculos de milionários a implantação progressiva mas rápida de um governo mundial, o próprio CFR acaba de dar uma resposta definitiva, num documento oficial em que assume de vez o projeto e a parceria tão longamente descartados pelos onissapientes comentaristas da mídia.
No relatório “Building a North American Community”, recentemente divulgado, o mais poderoso think tank globalista dos EUA propõe nada menos que a abolição das fronteiras entre Canadá, México e EUA e a transformação do continente numa “área onde o comércio, o capital e as pessoas circulem livremente”, a base ...» o resto está Os inventores do mundo futuro no http://www.novadireita.blogspot.com/ Direita Conservadora

'e-Governo'

Nos últimos 5 anos subimos 100 posições no ranking dos países com melhores condições de governo electronico, segundo o Expresso.

Não tarda e teremos um governo virtual

O fisco de fraque

O Juiz-Desembargador do Tribunal da Relação de Lisboa Dr Mário Varges Gomes publica hoje no Expresso um artigo sobre a tão falada publicitação dos devedores ao fisco feita pelo nosso governo democrático e amante das «amplas« liberdades com o consentimento do Presidente da Républica.

Acusa o estado de não cumprir a lei, de «uma assentada» ter violado «vários princípios fundamentais, legal e internacionalmente vigente nesta matéria dos tratamentos informáticos...»: «... o da não dicriminação das pessoas, da lealdade, da equidade ...»

Acusa o Estado de violar a Constituição, viola o artigo 1º, viola, artigo 18º e ainda viola o artigo 8º da Convenção Europeia dos Direitos do Homem.

A publicitação dos devedores por parte de um credor é antes de mais nada uma atitude que define o credor: é preciso ser muito ordinário para publicar o nome de quem nos deve .

Define o perfil dos nossos governantes, a maneira de ser e a falta de educação.

Somos governados por gente muito ordinária...

Mas para além de serem ordinários, o que não é crime, não cumprem a lei, o que já é.

Pede-se por isso o Sr Presidente da Républica que jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição que cumpra o que jurou por sua honra.

Ultimo Reduto

Muitos parabéns ao Pedro pelos três anos do Ultimo Reduto

sexta-feira, agosto 18, 2006

Massificação

«É necessário situar as exigencias economicas no seu justo lugar e criar um tecido social multiforme que impeça a massificação»
Joao Paulo II
«As reflexões para o ano 2000»

quinta-feira, agosto 17, 2006

O Terrorismo

1-O objectivo primeiro do terrorismo é provocar terror.
2-O que caracteriza o terrorismo é a total indiferença perante a moral.
3-Considera como meios legítimos de atingir um objectivo politico matar inocentes.

Perante isto temos que perguntar se os «terroristas» preenchem estes três requisitos, porque sem isso não há terroristas.

Na minha opinião os «terroristas» estão ainda muito longe de serem terroristas.Não conseguiram preencher o nº1.. São amorais e matam inocentes mas não metem medo a ninguem.


«

Viveu com medo de quê?

Viveu com medo que lhe fizessem mal. Viveu com medo dos democratas, dos tolerantes.
Estranho, não acham?

terça-feira, agosto 15, 2006

O Medo

O medo é um sentimento natural. Só não têm medo os estupidos, os drogados ou os dois em simultaneo. Jesus suou sangue de tanto medo.

Temos medo de morrer, medo de falir. Temos medo do mal.O problema não é ter medo é o que fazer com o medo.

A única maneira de lidar com medo é enfrentá-lo. Tivemos agora a noticia de um homem que viveu a vida inteira cheio de medo.Agora, no fim da vida, decidiu enfrentá-lo e divulgar que na sua juventude pertenceu às SS.

Vida horrível que este homem teve, sempre com medo. Falou e deixou de ter medo, enfrentou-o e venceu o medo

sexta-feira, agosto 11, 2006

Como é que se faz a globalização

É indispensável visitar http://www.netangola.com/RS/pissarro/pissarro.home.sapo.pt/memorias6.htm

para perceber como é que se tornam os mercados livres . A globalização não começou aqui, começou na Conferencia do Atlantico com a renuncia de Churchill ao Império . Isto foi apenas a continuação.
Pinado do Orgulhosamente Só

quinta-feira, agosto 10, 2006

Noticias do Fidel


O médico que tem acompanhado Fidel Castro não tem esperanças

Ele sobreviverá...

Pacheco Pereira pensativo

Somos todos maus

Há pessoas que têm uma visão maniqueista do mundo. Querem, por força, dividir o mundo em bons e maus. Professam uma das maiores heresias. São dualistas. Ainda não perceberam. Não fui eu que inventei isto, agora, depois do jantar: Foi Jesus que o disse:« Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?»

Há excepções, são os santos.

Komenis há muitos ....

Para quem anda muito preocupado com os komenis seria bom começar pelos nossos:

«A guerra acabou e, de certa forma, vocês, fanáticos, venceram. A luta contra o tabaco nunca foi uma luta pela saúde dos "passivos" (o que seria compreensível). Foi simplesmente uma luta contra a liberdade individual em nome de uma utopia sanitária: os fanáticos não desejam apenas que o fumo não os perturbe; desejam que a mera existência de um fumante também não. É a intolerância levada ao extremo e servida numa retórica simpática e humanista. E agora com cobertura legal.»
João Pereira Coutinho na Folha de São Paulo.

Não é uma conspiração são coincidências...

A Casa de Sarto é que sabe.

A Mesa Redonda (ou será távola?)

Conspirações

Ele há as boas e verdadeiras cartéis da droga e o Hezbollah e também as más e falsas :Lagriminha no canto do olho: manipulação .

Mas que as há, há.

Os Americanos têm imenso jeito para lutar contra os terroristas...

O Council on Foreign Relations

«The scholars of the Inquiry helped draw the borders of post World War I central Europe over tea at the Quai d’Orsay, a more congenial venue than the plenary sessions held in Versailles’ Hall of Mirrors, shown above.
The scholars of the Inquiry helped draw the borders of postWorld War I central Europe over tea at the Quai d’Orsay, a more congenial venue than the plenary sessions held in Versailles’ Hall of Mirrors, shown above.»
Para quem quiser saber mais History of CFR da pagina do CFR.

Mas deve ser imaginação esquentada...

Conspirações

«Há, algures no mundo, reunida em permanência em torno de uma mesa oval, uma diabólica sinarquia de banqueiros judeus, maçons, capitalistas sem escrúpulos, membros do "complexo militar-industrial", Opus Dei, luciferinos, pornógrafos, fabricantes de doenças pandémicas, barões do petróleo, tentadores de almas, pedófilos »

Não há,caro Miguel Castelo Branco. É tudo imaginação de meia duzia de lunáticos.
Não há banqueiros e empresários portugueses que se reunem para «evitar a deslocalização dos centros de decisão», pois não?É imaginação minha, não é?

Fósforos...

«Andrikson parou, tirou uma caixa de fósforos, acendeu três de uma vez e pegou fogo à erva seca. (...)
(...)Horrível; terrível. Quem poderia olhar calmamente enquanto a floresta inteira era reduzida a cinzas?Andrikson certamente nunca desejara tal coisa.Tencionara apenas assustar o Conde.Desejara apenas fazê-lo sentir o que era sofrer inocentemente.Mas a ideia de destruir toda a floresta?Uma coisa dessas não poderia acontecer.(...)
(...)-As crianças não estão em casa?-perguntou Andrikson consternado.
-Sairam para colher bagas.Estou muito preocupada. (...)
-Foram para a floresta?-Andrikson sentiu-se como se lhe estivessem a arrancar o coração do peito.»

«Andrikson»
Rudolfs Blaumanis

quarta-feira, agosto 09, 2006

Imobilismo

Ser imobilista é o mesmo que querer a estabilidade. Quando há um incendio a primeira coisa que os bombeiros fazem é estabilizar o fogo.No Iraque o que os Americanos procuram é a estabilização do país.Durante anos e anos o que os partidos nos venderam foi a promessa de estabilidade. Estabilidade e segurança não é muito diferente, todos procuramos a estabilidade das nossas vidas, a segurança nas nossas vidas.

A ideia de estabilidade é mesmo uma das ideias mais queridas dos progessistas, sem estabilidade não há progresso.

Podemos pois dizer que somos todos imobilistas, dos mais progressistas aos mais reacionarios. Todos procuramos uma estabilidade.

O que nos pode separar é exactamente isso que estabilidade é que nós queremos:a estabilidade dos bombeiros?

No nosso país o que se está a fazer é pegar fogo à floresta (tanto real como figurativamente) para depois procurarem a estabilização do incendio.

Ora,não é preciso ser a Lili Caneças para perceber que o melhor é não atear o fogo e é o fogo que temos que impedir

Imobilismo

Quando surgiu o modelo de Copérnico, apesar de ser mais avançado do que o de Ptolomeu, em termos práticos, para cálculo da posição dos planetas, dava resultados inferiores.

Imobilismo

Imobilismo-Aversão ao progresso;apego à tradição;paixão pelas coisas antigas

Imobilizar- Estabilizar, fixar

20%

«La acupacion de puertos clave ya se habia producido gracias a otro masón relevante Valery Giscard d'Estaing, pero con Miterrand en la presidencia no menos del veinte por ciento de los cargos franceses en intituiciones europeas serian masones»

«Los Masones»
Cesar Vidal
Planeta 2005 pg 299

terça-feira, agosto 08, 2006

Atençao à Igreja

A Maçonaria aconselha a não beber vinho em frente às crianças porque:
O alcoolismo é responsável por:
80% dos suicídios;
64% dos homicídios;
60% das agressões a mulheres e crianças;
41% dos assaltos;
39% dos estupros;
35 a 64% dos acidentes fatais e
25% dos atropelamentos de alcoólatras.

Nem Jesus sabia disto ao transformar a água em vinho. Tivesse sido hoje e tinha tranformado em Coca Cola

Grande Oriente do Brasil

Grande programa da Maçonaria contra as drogas (incluindo tabaco e alcool)
Grande Oriente do Brasil

A Maçonaria contra o Vicio

«Como instituição essencialmente iniciática, filosófica, filantrópica e progressista, a Maçonaria assume na sociedade um papel preponderantemente educativo, pugnando permanentemente pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social do ser humano. Preocupa-se, portanto, em criar meios, estabelecer condições para que o homem, no contexto social, possa alcançar as suas reais finalidades e venha a trilhar o caminho que o levará a atingi-las. Declara guerra, por isso, ao vício e a todos os obstáculos que antepõem a esse ideal de aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade.»



Pobres meninos

Não podemos consentir o Mal, nem tolerar o Feio nem aceitar o Pequeno

«Não podemos consentir o Mal, nem tolerar o Feio, nem aceitar o Pequeno. Precisamos de nos disciplinar, e ordenar, e desfilar.Trazer os ovos à nossa cultura e ao nosso saber, às nossas poltronas e ao nosso frigorífico . À nossa Suécia aséptica e sem inibições.É uma revolução estrutural.Não é apenas já, honradamente, querer levar o Camilo até Carrazedade Anciães, terra do meu avô, perdida no planalto. É querer obrigar os povos a deixarem de ser o que são para serem o que nós somos, tão bons, tão inteligentes - e tão sabidos »
Manuel Maria Múrias
«A Industria da cultura»

Auschwitz


«Auschwitz nos indica mucho sobre nosotros mismos. Los nazis se creían una raza superior, justificada por esa pretendida superioridad para cometer crímenes hasta entonces difíciles de imaginar

Hace poco estuve dando unas conferencias en Polonia y pude visitar el campo de Auschwitz, en compañía de Cristina González Caizán, autora de un interesante estudio sobre el marqués de la Ensenada, y de su marido Janeck, que me sugirió unas interesantes pistas sobre el comportamiento de Negrín, de las que hablaré otro día.

En el primer barracón de Auschwitz, detrás del famoso arco de entrada con la inscripción “arbeit macht frei”, están escritas dos frases, una de ellas del filósofo Jorge Santayana, useño, aunque de nacionalidad española: “Quienes olvidan su pasado están condenados a repetirlo”. A todos nos gustaría repetir muchas cosas del pasado, pero los campos de exterminio no están entre ellas.

Sobre el horror de estos campos se ha dicho todo lo que se podría decir, y sería vano por mi parte intentar añadir algo. El crimen es tan espeluznante que muchos lo han puesto en duda. Sin embargo la abundancia de testimonios y el propio hecho de concentrar en tales lugares a millones de personas, no sólo judíos sino también gitanos, eslavos, etc., indica su realidad. ¿Qué objetivo podría tener semejante esfuerzo, detrayendo esfuerzos y recursos de la guerra? Los judíos y los gitanos, antaño presencia constante en Polonia, han desaparecido prácticamente, y no por emigración, desde luego.

La magnitud y características industriales o científicas del crimen plantean terribles interrogantes sobre la naturaleza humana. Pues los desalmados SS encargados de la tarea eran indudablemente tan humanos como cualquiera. A menudo hablamos de “inhumanidad” en referencia a conductas criminales, y sin embargo nada más humano que ellas: entre los animales no existen tales comportamientos. Es más: probablemente los SS estaban convencidos de realizar una tarea “buena”, o al menos necesaria. Lo necesario suele presentarse como un atributo de lo bueno.

Creo que el calificativo “desalmados” tiene mucho más sentido que el de “inhumanos”. Esa gente había perdido el alma. Imposible definir el alma, pero probaré a explicar el asunto. Si atendemos al Génesis, Adán y Eva incurrieron en el pecado original por su ambición de ser “como Dios”, lo cual significaba conocer “la ciencia del bien y del mal”. Se trata, por tanto, de una inclinación permanente del ser humano. Y nada más tentador, en ese sentido, que atribuir el mal a algo claramente detectable para, exterminándolo, abrir paso definitivamente al bien. Para los nazis el mal residía primordialmente en los judíos, como para los marxistas en los “burgueses”. Así, su exterminio se convertía en el supremo bien, en la erradicación definitiva de las fuentes del mal. Me viene a la cabeza el alivio moral que sentíamos los comunistas: sabíamos perfectamente dónde se alojaba el mal, y por tanto nos sentíamos justificados en todas nuestras acciones contra él. Ahí radica, lo sospecho, el sentido profundo de todas las ideologías: encontrar al culpable. La religión, por el contrario, encuentra el mal en cada uno de nosotros, lo considera inerradicable, al menos completamente, porque nace de nuestra propia condición, y obliga a cada uno a un combate agónico (valga la redundancia) contra él.

No estoy seguro del acierto de la postura religiosa, pero sólo un loco o un idiota podría desdeñarla. Hace poco recibí por Internet una carta del socialista francés Jean Jaurès a su hijo aconsejándole fervorosamente una instrucción religiosa, aunque sólo fuera para poder rebatirla con algún sentido. Me llamó mucho la atención: en España la literatura antirreligiosa es de una zafiedad sólo comparable con su ignorancia y simpleza.
Auschwitz nos indica mucho sobre nosotros mismos. Los nazis se creían una raza superior, justificada por esa pretendida superioridad para cometer crímenes hasta entonces difíciles de imaginar. Esos crímenes marcan en qué abismo de inferioridad cayeron, sin dejar por ello de ser humanos. Es más reflejando el peligro de la condición humana. »
Pío Moa
«El iluminado de la Moncloa y otras plagas»

Combustões

Nossa leitura diaria o Combustões fez um ano e presenteou-nos com um prémio.Normalmente é ao contrario é o aniversariante que recebe .Demonstra a generosidade do Miguel Castelo Branco que coloca diariamente a sua cultura ao nosso dispôr. Muito obrigado e muitos parabéns

Liberdade maçónica


«Para mi sorpresa, el debate no sólo ha sido rechazado ,sino sustituido por auténticas andanas deinultos personales e exigencias de aplicar la censura a mis libros, negandoseme el derecho de réplica en numerosos medios de masas y silenciandose laconvocória a mis conferencias em lugares como Barclona. Me han llegado numerosos correos sobre libreros iquierdistas que desaconsejan a los clientes, y otros que han recibido amenazas por exponer títulos de César Vidal e myos en el escaparate. Y aún podria quedar tranquilo com eso.Pero las autoridades han llegado a en viar Policia a intimidar a los organizadores de alguna de mis conferencias,...»

Pio Moa
«El iluminado de la Moncloa y otras plagas»

Libros Libres, 2006

Capitalistas socialistas ou socialistas capitalistas?

Democratas

«A vida está interessante e desinteressante. Um bando de energúmenos alemães, creio que membros do Bundestag, propôs que sejam aplicadas multas aos cidadãos que fumem ao volante. Não me admira que, em breve, mais sistemas de vigilância dos costumes e da moral individual sejam postos em marcha, pelos cérebros de outros bárbaros semelhantes. A fúria legislativa desta espécie de fascistas modernos ambiciona mais meter-se na vida íntima dos cidadãos e regular-lhes cada minuto da sua existência«
Francisco José Viegas

Só se engana numa coisa, não são fascistas, são democratas e da maçonaria
Jornal de Notícias - A limitação de mandatos -

Liberdades

Leituras de Verão
É que, na voz candente de José Agostinho de Macedo, o Despotismo, que sahiu por uma porta, entrou por cento e tantas.E então se chegou a ponto de liberdade de imprensa ser liberdade de aprehensão; liberdade de culto ser perseguição religiosa; liberdade de ensino: prohibição de ensinar a moral catholica; liberdade de associação: impedimento de formar associações. Quer dizer: Liberdade é a suspensão das liberdades.(Luís de Almeida Braga in "Nação Portuguesa", 1ª série, persistindo em ser actual)
Ultimo Reduto

segunda-feira, agosto 07, 2006

O país está a saque

Isto foi-me dito por um amigo meu que trabalha nas finanças. Mas, atenção, não se estava a referir aos caloteiros do fisco, estava-se a referir a quem domina o estado

Interdição de navegar

Não podemos senão rebelar-nos.

A realidade não é imutável.Esta evidência simples parece geralmente esquecida nos apelos ao realismo que nos habituámos a escutar.Se o que se pretende é lembrar que para agir sobre a realidade é bom conhecê-la e tê-la em conta, aplaudimos a mãos ambas.Se o que se pede, como por vezes parece, é a submissão e o conformismo perante o que hoje está e se apresenta definitivo, não podemos senão rebelar-nos.
O Sexo dos Anjos

Israel

Penso que a Aliança Nacional tem razão o problema de Israel é um problema geo-estratégico e que mais cedo ou mais tarde nos vai afectar. Quer queiramos quer não Israel está do nosso lado e quer queiramos quer não os muçulmanos sonham com a reconquista.

No entanto considero um erro enviar um único soldado português:

1º Porque não vão para lá fazer nada
2º Se esta analise estiver correcta (e pode estar ou não) a guerra há-de cá chegar e por isso é cá que o nosso exercito deve estar.

Abusos

Parece que surgiu um novo blog dedicado a denunciar os atropelos do estado http://tamoslixados.blogspot.com/

domingo, agosto 06, 2006

Uma boa ideia

Quando é que o Clero vai perceber ?

Hoje é Domingo e celebram-se por todo o país milhares de eucaristias, as pessoas comungam e rezam.
Mas, será que são cumpridas todas as regras higiénico sanitárias?
Será que os sacrários cumprem os requisitos?Os padres usam luvas e máscaras na hora da consagração?
Um dia a ASAE vai entrar nas Igrejas, vão aos sacrários e levar hóstias consagradas para analise...
Nesse dia o Clero vai perceber....

sexta-feira, agosto 04, 2006

Miriam Assor

Ainda estou à espera que a Sra Dona Dona Miriam Assor ataque os cristãos ultra-ordoxos que consideram que é condição indepensável à segunda vinda do Messias à terra a existencia do Estado de Israel , e que por causa dessa crença o financiam , sustentam e armam.

ORTOGAL

Legislação Totalitária

Uma das características da legislação totalitária é a casuística.Legisla-se tendo por base casos raros e extraordinários.
Explicaram-me ontem ao jantar que a vassoura não está proibida, é mas é proibido varrer....«a seco».Só se pode varrer «a molhado».
Explicaram-me tambem que nem sequer é uma das tais famosas normas da CEE, não, foi uma lei que saiu em 1975; o que realmente acho extraordinário: no meio das nacionalizações, das prisões, dos golpes de estado...houve uma mente brilhante que resolveu proibir varrer «a seco». Não sei se em Cuba será proibido varrer a «seco» mas cá é.

Há também uma lei que diz que as lampadas nos restaurantes e lojas que vendam comida têm que estar protegidas porque «podem rebentar e conspurcar a comida pondo em risco a saúde das pessoas»-isto foi-me dito por um especialista.

Portanto, saiu uma lei que diz que as lampadas têm que estar protegidas porque podem rebentar, os vidros cairem dentro da sopa, a cozinheira estar de costas ou ser uma selvagem e servir sopa de vidros, o cliente não sentir os vidros na boca, engolir os vidros, estes cortarem-lhe o estomago e ir parar ao hospital . Disseram-me mesmo, para me mostrarem da justiça da lei, que a Princesa Stefanie do Monaco ,quando cá esteve, serviram-lhe sopa com vidros ( mas ela, que é muito esperta, não os engoliu). Não sei se foi por causa disso que inventaram a lei...

Esta questão das lâmpadas serem ou não serem protegidas não é, realmente , uma questão importante, apenas mostra o perigo que pode ser legislar tendo por base casos raros e extraordinários e demonstra a vontade totalitária do estado de em tudo se meter, para evitar o mal, mesmo que esse mal seja rarissimo.(tenho 44 anos e nunca vi uma lampada a explodir, nem nunca comi sopa com vidros (já apanhei cabelos, mas vidros nunca).

Se regulamentam tudo, nada nos diz que de hoje para a manhã e tendo por base as noticias de mães que maltratam os bébes, não saia uma lei optima a regulamentar o tratamento dos bébes.Todos sabemos que há mães doidas que fazem mal aos seus proprios bébes. (mas também sabemos que 99% das mães tratam bem dos bébes ) Com base nas doidas pode sair um regulamento a definir a forma de tratar de um bébe : que um bébe tem que mamar de tantas em tantas horas, que dormir de tantas em tantas, mudar a fralda quando está suja e.... já agora... que as lampadas do quarto têm que ser protegidas porque podem explodir, o berço tem que ter x por y, ser de materiais anti-fogo, tem que estar limpo e imaculado etc etc etc .... e ......para fazer cumprir a lei..... cria-se a Direcção Geral de Ficalização Infantil , com poderes para entrar em casa dos pais para fiscalizar. E quem não cumprir com as lampadas e afins por falta de dinheiro? Bem... essas pessoas «não têm condiçoes para ter um bébe» e a criança será entregue a uma instituição especializada.

Já estivemos mais longe, não tenham dúvidas

E não há ninguem que corra esse diplomata a pontapé?

Combustões

A resposta é simples:

Não, não há.

O Miguel Castelo Branco é uma pessoa civilizada, bem educada e com um estômago forrado de aço.

Tal e qual como eu como faria, ouviu, mas não reagiu de uma forma malcriada. Não lhe entornou a sopa pela cabeça, não lhe despejou o copo de vinho na cara, não virou a mesa de pernas para o ar e chamou-lhe traidor.
Não,aceitou democráticamente a opinião adversa. Portou-se como um cavalheiro tal como eu me portaria.

O que não se passa

O Dr Cruz Rodrigues diz que eu estou desesperado com o que se passa no país, e compreendo que tenha feito essa interpretação dos meus posts de ontem, mas tal não corresponde à verdade do meu estado de espírito.
O que me impacienta, mas não desespera, é o que não se passa em Portugal.

O que não se passa é que me faz perder a calma e a pachorra.

O que se passa salta à vista,(ainda hoje no Independente a revolta de quem tem um barco na Arrabida e não pode ancorar por causa dos microorganismos das algas é patente) , as pessoas organizam-se para defenderem os seus interesses, mas de uma forma desgarrada, sem perceber que a proibição das vassouras tem tudo a ver com a proibição de ancorar, que a proibição de andar num carro mais do que cinco pessoas tem tudo a ver com a proibição de fumar no local de trabalho.

Caminhamos para um estado totalitário que devagar, devagarinho, atacando um de cada vez ,vai, mais cedo ou mais tarde, atacar todos ao mesmo tempo.

O que me impacienta é não percebemos tudo, todos ao mesmo tempo. É não sentirmos que o que se passa com outro vai-se passar connosco.

Quando percebermos tudo, todos ao mesmo tempo, a revolta estala ,mas pode ser tarde.

O que me impacienta é o tempo que se está a demorar a reagir

Não há reacção e sem reacção não há reaccionários

ABC

Lei das Rendas

Isto foi uma carta que eu enviei ao Sr Presidente da Républica em Fevereiro de 2006:

Há dois tipos de argumentos para considerar que esta nova lei das rendas que impede os trespasses e a cessão de quotas é injusta e ilegal:

Argumentos economicos e argumentos de direito:

Argumentos economicos:

Porque é que uma renda de uma casa comercial fica desvalorizada com o tempo e é criado um valor de trespasse?

A razão é simples: é a diferença entre o valor da inflacção e o valor do crescimento economico

Vamos supor que eu negociava hoje um contrato de arrendamento para os proximos 20 anos em determinada local por uma renda de 1000 contos.

Portanto nos proximos 20 anos a renda seria actualizada tendo em conta o valor da inflacção: se a inflacção media fosse de 3% ao ano daqui a 20 anos a renda seria 1860 contos mês.

Nas contas que eu faria para chegar a acordo com o senhorio teria em conta que a renda seria 10% das minhas vendas(por exemplo) e montava a estrutura de custos tendo em conta essa percentagem. A renda estaria a preços de mercado hoje mas estaria a preços de mercado dentro de 20 anos?

O senhorio tambem faria contas e vamos supor que o imóvel lhe tinha custado 120 000 contos e ele queria retirar 10% de juro ao ano.Tinhamos portanto chegado a acordo. Os interesses do senhorio coincidiam com os meus.

Vamos dizer que a economia crescia uma media de 5% nos proximos 20 anos e vamos dizer que eu conseguia crescer acima dessa media.

Conseguia crescer 10 % ao ano, conseguia porque a economia crescia, porque estava posicionado num sector que cresceria acima da media e eu conseguiria crescer acima da media do sector Isto queria dizer que as minhas vendas este ano seriam de 120 000 contos e dentro de dez anos seriam 733 000 contos e renda 1860 o que representaria apenas 0.2% .

Um negocio cuja renda representasse apenas 0.2% do total das vendas seria obviamente um negocio cuja renda era baixa E o negocio teria um valor de trespasse tendo em conta o negocio em si mas tambem a renda baixa..

Se a economia cresce 5% quer dizer que em média os negocios creceram 5% ao ano se a inflacção for 3% quer dizer que o crescimento do valor da renda esta abaixo do crescimento do país e portanto a renda desvaloriza-se tendo em conta o local e a realidade economica 2% ao ano.

Mas o investimento do senhorio não se desvaloriza.Apenas ele preferiu não arriscar, não trabalhar e receber o rendimento do seu investimento

Mas o senhorio não perdeu dinheiro nenhum . Ganhou tendo em conta o investimento inicial. A economia cresceu não porque o senhorio tivesse feito alguma coisa para isso mas porque as empresas criaram valor, criaram postos de trabalho e fizeram a economia crescer. A contribuição do senhorio foi apenas alugar a loja, ele não fez mais nada para o crescimento do país. A empresa cresceu 10% ao ano não porque o senhorio tenha feito alguma coisa para isso mas porque o empresario fez.
Mas o senhorio não fica prejudicado em nada. Ele continua a vender o mesmo produto com a mesma qualidade ao preço actualizado que combinou

A renda é o juro sobre o capital investido. A renda é justa se o juro for justo: Se o juro for alto de mais passa a ser usura.

Se o senhorio tivesse a loja fechada dentro de 20 anos provavelmente conseguiria aluga-la por 7 000 contos mes : Mas perderia as rendas ate lá.

O capital do senhorio não se desvalorizou em nada. Se a loja valesse 120 000 contos agora (ele retiraria de rendas 10% ao ano) dentro de 20 anos passaria a valer 223000 . Mas se o senhorio capilasasse o valor das rendas teria os 223000 do predio mais todas as rendas que recebera ate lá mais os juros compostos.


Só não se cria valor de trespasse se o imovel estiver por alugar ou a economia decrescer.

Argumentos de Direito

LEI DAS RENDAS COMERCIAIS
Uma das características das leis é a sua sucessão cronológica, cada lei quando entra em vigor revoga ou aperfeiçoa uma lei já existente.Com os regimes jurídicos acontece o mesmo, cada regime novo revoga ou melhora o antigo regime.
Há três formas de alterar um regime: revolucionária, reformadora ou conservadora.
A revolucionária quando altera totalmente o regime anterior com consequencias retroactivas
A reformadora quando altera o regime anterior mas cria um período de transição para garantir os direitos e justas expectativas das pessoas que confiaram no regime anterior
A conservadora quando cria uma dinamica de mudança mas alterando prudentemente algumas normas ao longo do tempo criando períodos de vacatio para não ferir os direitos adquiridos e as justas expectativas de quem é afectado pela alteração.
Não há duvida que as alterações ao regime de arrendamento urbano não são conservadoras e à primeira vista dado o regime de transição parecem ser reformadoras, mas serão?
As alterações são reformadoras ou revolucionárias não, por terem um período de transição, mas porque as primeiras não têm efeitos retroactivos e as segundas têm.
Ora este novo regime jurídico tem consequencias retroactivas gravosas, no que toca ao regime de arrendamento comercial.
O direito visa a estabilidade e a orientação de condutas e expectativas. A lei é antes de mais uma regra de conduta que serve para orientar motivar e determinar a conduta dos destinatários. «Ora, como tal, ela não pode orientar ou dirigir tais condutas antes de ser posta em vigor» (1)( João Baptista Machado , Introdução ao Direito e ao Discurso Legitimador )
No regime ainda em vigor, o senhorio só pode aumentar a renda respeitando os niveis da inflacção, e só o podia denunciar por justa causa. Este regime fez com que os contratos de arrendamento dessem origem a dois direitos e valores . O direito ao contrato de arrendamento e o seu respectivo valor e o direito ao trespasse e o seu valor.

O valor do contrato de arrendamento está relacionado directamente com a forma como está redigido, o numero de actividades comerciais ou industriais que dá direito e o preço da renda. O contrato pertence à empresa arrendatária que por sua vez tem no local arrendado um estabelecimento comercial ou industrial . Um contrato que , por exemplo, liberalize o estabelecimento de qualquer actividade comercial ou industrial tem mais valor pois permite à empresa arrendatária mudar o ramo de negocio se a sua estrategia assim o exigir.O valor do contrato de arrendamento pertencia (e digo pertencia porque já não pertence) à empresa e só podia mudar de mãos se a empresa fosse vendida ou trespassasse o estabelecimento

O valor do trespasse está relacionado com o negocio que lá está montado, com o valor da renda e o seu peso percentual na totalidade das vendas ou serviços prestados pelo estabelecimento comercial ou industrial. Se no local do Gambrinus estivesse montado um estabelecimento comercial de venda de ferragens o valor do trespasse seria significativamente inferior ao negocio que lá está montado.Com o trespasse a empressa trespassária vendia (e digo vendia porque já não vende) o estabelecimento do qual fazia parte o contrato de arrendamento, os clientes e o negocio em si com as respectivas vendas ou serviços prestados.

Ora esta lei antes mesmo de entrar em vigor retirou completamente aos arrendatários o valor do contrato de arrendamento e o valor do trespasse. Ninguem com a expectativa criada pelo Governo vai pagar qualquer importancia por qualquer contrato de arrendamento ou trespasse, pois com o poder com que os senhorios ficam de denunciar contratos esses valores desaparecerem dos activos das empresas arrendatárias para passarem directamente para os activos do senhorio.
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Qualquer inquilino que tenha neste momento uma renda baixa em relação ao negocio lá montado pode manter essa renda mesmo com a nova lei, pagando ao senhorio o valor que este exija para não a alterar (o valor do trespasse que pertencia ao inquilino e passou a pertencer ao senhorio)
Como é sabido durante dezenas de anos milhares de empresários pagaram trespasses ou compraram empresas tendo em conta o regime juridico ainda vigente.Ora como se viu os efeitos desta lei são retroactivos e como tal tem que ser considerada como uma lei revolucionária., porque o direito revolucionário não tem que «respeitar os factos passados ou as situações juridicas que se tinham constituido à sombra de leis antigas que representavam desvios aquele Direito e eram , como tais, ilegítimas»(2). A pressa que o governo mostra em a fazer aprovar debatendo-a o menos possível caracteriza-a dentro das normas revolucionárias pois normalmente os legisladores revolucionários têm tanta pressa de pôr a funcionar uma ordem nova que nunca se preocupam com as injustiças da aplicação generalizada das leis novas (3)E como revolucionária que é é uma lei contra o direito, pois «o direito tem como função estabilizar as expectativas das pessoas que nele confiam e nele assentam os seus planos de vida . Nada corroi mais a função social do direito que a perda de confiança nas suas normas em consequencia da frustação de expectativas legítimas fundadas nas mesmas normas. Daí que a necessidade de respeitar a estabilidade das situações juridicas seja ela mesmo um postulado inerente aquela função social do direito.»(4)



Temos pois que perguntar se vivemos num Estado Revolucionário ou num Estado de Direito.

Parece evidente que ainda, e enquanto não for revogado o artigo nº2 da Constituição, vivemos num Estado de Direito que «postula uma ideia de protecção da confiança dos cidadãos e da comunidade na ordem juridica e na actuação do Estado , o que implica um minimo de certeza e de segurança no direito das pessoas e nas expectativas que a elas são juridicamente criadas»(5) E isto não sou eu que digo é um Acordão Tribunal Constitucional de 15/3/95 pois quando a lei nova altera de uma forma inadmissível, intolerável, arbitraria demasiado onerosa e inconsistente, e passo a citar o acordão e com. «a qual os cidadãos e a comunidade não poderiam contar expectantes que estavam, razoavel e fundádamente na manutenção do ordenamento jurídico, que regia a constituição daquelas relações e situações»(6)« impor-se-à que actue o subprincipio da protecção e segurança juríca que está implicado pelo principio do Estado de Direito democrático por forma a que a nova lei não vá de forma acentuadamente arbitraria ou intolerável, desrespeitar os minimos de certeza e segurança que todos têm que respeitar»(7) Quando tal acontece a lei , e cito novamente o Tribunal Constitucional «terá de ser entendida como não consentida pela Constituição»(8)
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A nova Lei das Rendas provoca, e já provocou antes mesmo de entrar em vigor, a desvalorização de todos os contratos de arrendamento comerciais e tambem a desvalorização dos valores de trespasse dos estabelecimentos comerciais e industriais . Quer isto dizer que milhões de contos desaparecerem dos activos das empresas de um dia para o outro. Milhares de empresários perderam com esta desvalorização milhões de contos, milhares de empresas foram sacrificadas no seu património em nome de um mercado do arrendamento eficiente ( Se dissermos que há em Portugal 200 000 estabelecimentos comerciais e se cada um tiver de valor médio de trespasse de 30 000 contos chegaremos ao lindo numero de seis mil milhões de contos de prejuizo(se for só 5000 contos temos mil milhões de contos), se somarmos a isto os lucros futuros que as empresas perderam, mais os subsidios de desemprego que teremos todos que pagar temos aqui um belo sarilho )
A questão agora é saber se alguem paga esse sacrificio, a questão é saber se o Estado e os seus respectivos titulares vão pagar este sacrificio às empresas e aos empresários.
Já há jurisprudencia que aponta neste sentido todos nos lembramos do empresário dono de uma pedreira na qual descobriram pegadas de dinausauros e que por via de uma lei que transformou o local onde ele tinha o seu estabelecimento industrial num Parque Natural, recebeu ,embora não tenha sido de facto expropriado, um milhão de contos de indeminização?
Esta Lei é provavelmente a mais violenta dos ultimos cem anos pelo ataque desmedido e arbitrario às pequenas empresas desavalorizando-lhes em muitos casos os seus maiores activos: o contrato de arrendamento e o valor de trespasse.
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Mas será que o Estado terá que indeminizar pelo sacrificio e prejuizos causados?
Parece-me que sim esta Lei só poderá ser constitucional, se partirmos do principio que vivemos num Estado de Direito, se o Estado indeminizar.A lei que sacrificar –ou, que é o mesmo, que expropriar – só poderá ser acto lícito , obediente ao direito e portanto conforme à Constituição se contiver uma clausula explicita de indeminização, destinada a compensar o sacrificio que atrvés dela é imposto.(9)
A lei tal como apareceu a público é revolucionária e inconstitucional, pois o que caracteriza o direito revolucionário é os seus efeitos retroactivos , no entanto podemos pensar que poderão surgir alterações que a legalizem…
Se para a legalizarem tiverem que pagar as indeminizações eu pergunto onde é que o Estado tem esse dinheiro. A consequencia desta lei poderá ser a falencia do Estado Português, poderá ser a maior crise
em que o Estado se vai meter desde a Guerra Peninsular, o utilizador pagador vamos ser todos nós, vamos todos pagar , como é hábito, as asneiras da classe política
Como dizia o Presidente da Associação de Restaurantes esperemos que haja bom senso, fazer leis injustas num Estado de Direito tem consequencias ecomómicas e mesmo penais.
A procuração que os politicos têm do Povo só lhes permite legislar de maneira cautelosa e prudente, a excitação revolucionária tem normalmente consequencias desastrosas para o País.
Não se julguem estes novos políticos mais espertos ou corajosos que os que os antecederam, se a lei apesar dos gigantescos interesses economicos, nunca foi mudada de forma radical foi porque não devia ser mudada de uma forma radical e não porque os anteriores detentores de cargos publicos fossem covardes ou estupidos.
Todos sabemos que o problema do mercado de arreendamento se deve à dificuldade de despejar pelo não pagamento das rendas (10 anos disse o ministro) porque a lei em vigor prevê já contratos de prazo limitado ou se senhorio e inquilino chegarem a acordo contratos que funcionam no regime antigo de renovação automatica.
Se a lei prevê isto porque é que só há 9 pessoas a viver no Rossio? Por causa da dificuldade de despejo motivado pelo não cumprimento do contrato.
Se a motivação é normalizar o mercado de arrendamento e colocar no mercado as tais centenas de milhar de casas devolutas é só mexer no regulamento dos despejos, porque esta lei é de uma injustiça brutal
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O que é que os politicos vão dizer a quem no Chiado ou no centro de Cascais pagou valores pela chave, valores de dezenas de milhares de contos para terem determinados contratos de arrendamento, o que é que os politicos vão dizer a quem pagou trespasses, às vezes aos proprios senhorios de dezenas ou centenas de milhares de contos, o que é que os politicos vão dizer a quem trabalhou a vida inteira à espera de um dia trespassar o seu estabelecimento e ir descansar para casa tratar dos netos e esperar pela morte ?


Cada um de nós no dia a seguir à aprovação da lei tem que chamar o seu advogado e processar o Estado pedindo uma indeminização pelo sacrificio causado. Nós temos o direito de ser indeminizados por prejuizos causados por uma lei. Faz parte dos nossos Direitos enquanto homens ou mulheres.
Mas há mais:
Nós não temos nada contra os senhorios. Sabemos que os senhorios tambem foram miserevavelmente roubados pelo Estado quando este congelou as rendas de habitação em 1974.Não foram os inquilinos que sacrificaram os senhorios, Foi o Estado. O que o Estado fez em Novembro de 1974 foi nacionalizar a propriedade sem ficar com as respectivas responsabilidades passando-as para os presumiveis proprietários. A responsabilidade é do Estado, é ao Estado que compete indeminizar pelos prejuizos causados
No entanto e no caso dos arrendamentos comerciais, os senhorios quando assinaram o respectivo contrato de arrendamento sabiam que só o podiam denunciar por justa causa. Se o valor da renda está actualizado a preços constantes relativamente à assinatura do contrato o contrato está em vigor e a renda é justa pois foi essa renda que o senhorio negociou com o inquilino com a condição de este a pagar e daquele não o denunciar.
Se o local se valorizou foi porque estava alugado. O que é que seria do Rossio se os comerciantes tivessem como os restantes inquilinos abandonado o local? Seria pasto neste momento de malfeitores.Não pode pois o senhorio aumentar a renda pois o valor que o local tem neste momento se é superior ou inferior pertence ao comerciante.
Mas lei permite ao senhorio aumentar a renda. Pois bem, se tal acontecer quer dizer que o valor conquistado arduamento pelo comerciante ao longo dos anos para o local vai passar dos bolsos do inquilino para os bolsos do senhorio. Estamos pois aqui perante um enriquecimento sem causa em que um activo se tranfere de um contribuinte para outro sem que o outro tenha feito alguma coisa para isso Sabemos que o senhorio não tem culpa desta situação mas aqui a lei é clara:
Há enriquecimento sem causa mesmo quando »a vantagem provém de acto de terceiro por acto de terceiro» (Acordão Supremo Tribunal de Justiça de 24/6/2004) Ora aqui o terceiro é o Estado por acto do Governo.
Portanto e quando a renda está actualizada relativamente ao inicio do contrato o senhorio só pode aumentar a renda quando compensar o comerciante pelos prejuizos no seu activo daí resultantes.
Se tal não acontecer os comerciantes , chamando os seu advogados têm que processar os senhorios por enriquecimento sem causa e receber destes a respectiva indeminização.
Os problemas que esta lei vai levantar, a conflitualidade que vai surgir, as divisões entre porugueses que vão aparecer são de tal maneiras grandes que é absolutamente necessário que esta lei não seja aprovada.
O Sto Agostinho dizia que tudo o que divide é mau. Esta lei divide. Esta lei é má.
E eu infelizmente como não sou santo digo que não é má é péssima

(1)(2)(3)(4) João Baptista Machado «Introdução ao direito e ao discurso legitimador» Almedina ,Setembro de 2004
(5)(6)(7)(8) Acordão do Tribunal Constitucional 15/3/95
(9)Maria Lucia CA Amaral Pinto Correia
«Responsabilidade do Estado e dever de Indemnizar do Legislador»
Coimbra Editora 1998 pg 469-

quinta-feira, agosto 03, 2006

Os planos da vassoura

Tinha o meu irmão Manel uns cinco anos quando preocupado com a falta de caroço da familia se virou para o meu pai e disse:
-Pai, se nós tivessemos os planos da vassoura ficávamo ricos.

Mal ele sabia que a vassoura iria ser proibida por atentar contra a saúde pública e os planos da vassoura passariam a não valer nada.

Eu quero que Cuba se lixe

O Dr Cruz Rodrigues que me perdoe, mas eu quero que Cuba se lixe. Não me interessa o Fidel, o irmão e a família.
Interessa-me o meu país, a minha «vidinha», a «vidinha» das minhas filhas.
Interessa-me que me obriguem a pintar as paredes de branco com tinta lavável, interessa-me que obriguem a pagar 2 euros de parque de estacionamento quando vou ao Guincho, interessa-me que me tenham roubado 8 anos da minha vida impedindo-me de vender aquilo que comprei e ainda estou a pagar, interessa-me que me impeçam de andar de carro com as minhas filhas, interessa-me que impeçam a abertura de uma fabrica de moveis de 100 000 contos porque o portão de entrada tem menos 4 cm do que manda os regulamentos, quando ao Ikea dão o cu e cinco tostões para eles cá se instalarem, interessa-me que um tio meu com 80 anos e reformado 13 anos anos antes da ponte de «Entre os Rios cair» seja arguido do processo, interessa-me que alguem possa ser preso por ter bebido um copo a mais, interessa-me que deixem passar um serie ignobil que provoca choros todos os dias em minha casa quando não deixo abrir a televisão,interessa-me que se preparem para proibir de fumar nos restaurantes, interessa-me que que os galheteiros e as vassouras tenham sido proibidos, interessa-me o buraco onde estamos enfiados, interessa-me que Portugal entre 214 paises do mundo esteja em 203º no crescimento economico, interessa-me que Portugal em rendimento per capita já tenha sido ultrapassado pela Republica Checa, por Malta , por Chipre, pela Eslóvénia e pela Grécia.
Resumindo: interessa-me a «vidinha»