GALP
«Sobre as perspectivas da Galp opõem-se duas teses. Uma defende a transformação da Galp em empresa comercializadora de combustíveis, com o abandono do upstream e da refinação, figurino em que Espanha aparece como mercado a investir; outra vê a Galp como uma ‘total energy company’ (TEC), parte de um conglomerado energético que controla o negócio da energia. A última tese foi defendida por Manuel Ferreira de Oliveira, ex-presidente da Petrogal, durante um debate promovido pela Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (Sedes) em Fevereiro de 2003, que contou com a presença, a título pessoal, do Presidente da República. Ferreira de Oliveira defendeu, no quadro de uma TEC (EDP/Petrogal/GDP) a aposta na exploração e produção e a continuação da refinação – além da presença no transporte oceânico de petróleo e na comercialização em Espanha. Sobre aquela aposta considerou que “Portugal [já] tem o privilégio de operar no offshore atlântico, em Angola e Brasil”. O ex-presidente da Petrogal revelou ainda que quis ter 20 por cento do consumo (339 mil barris por dia em 2001) em reservas, a propósito do que chegou a ponderar a fusão com a Partex, da Fundação Gulbenkian, que produzia 30 mil barris por dia. Em um cenário pós-Eni, as petrolíferas angolana (Sonangol) e brasileira (Petrobras) perfilam-se como parceiros privilegiados da Galp.
João Salgueiro, presidente da Sedes, justificou a iniciativa por ser “confrangedor” decidir sobre tendências pesadas que enformam o futuro para décadas sem informação nem discussão. Um exemplo, disse, foi a entrada da Eni no capital da Petrogal, em Janeiro de 2000, sem respeitar “normas mínimas de transparência”, que classificou como “um desastre negocial”.»
Geopolítica da energia: o offshore atlântico Rui Nunes
João Salgueiro, presidente da Sedes, justificou a iniciativa por ser “confrangedor” decidir sobre tendências pesadas que enformam o futuro para décadas sem informação nem discussão. Um exemplo, disse, foi a entrada da Eni no capital da Petrogal, em Janeiro de 2000, sem respeitar “normas mínimas de transparência”, que classificou como “um desastre negocial”.»
Geopolítica da energia: o offshore atlântico Rui Nunes
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