sexta-feira, novembro 30, 2007

Estado sem Direito

http://viriatos.blogspot.com/2007/11/o-sis-serve-para-isto-e-pode.html

Se o Estado pode? Poder parece que pode. Porque se não pudesse não fazia. Se é legal? Aqui neste jardim à beira mar plantado tudo o que o Estado faz é legal mesmo que passe por cima do Direito.
Se no combate ao crime a policia parte as portas de residências particulares suspeitas e só depois é que bate à porta, se no combate pela higiene alimentar a policia encerra tascas e tasquinhas, se no combate por um mercado de arrendamento mais moderno e mais viril são atropelados todos os direitos existentes porque é que no combate pela higiene política havia de se comportar de maneira diferente?

É o chamado Estado sem Direito.

sábado, novembro 24, 2007

Alterar a História

Vasco Pulido Valente presta hoje um grande serviço a Miguel Sousa Tavares tentando destrui-lo.Miguel Sousa Tavares vai vender mais uns milhares de livros graças a VPV.

No entanto diz o seguinte:

«Sousa Tavares escreve: "Graças ao trabalho de sapa do embaixador em Espanha, Teotónio Pereira, e à sua facilidade em chegar junto a Franco, foi possível (...) conter os ímpetos expansionistas do ministro (dos Negócios Estrangeiros e antes do Interior) espanhol (Serrano Suner) e a sua tentação de estender o Reich à Península Ibérica. / Este foi o primeiro objectivo de Salazar na pasta (dos Negócios Estrangeiros) e teve sucesso." Miguel Sousa Tavares engole aqui (anzol, linha e cana) a propaganda salazarista. Franco nunca quis qualquer aliança com Hitler como provam à saciedade as condições proibitivas que lhe pôs no encontro de Hendaye (1940). Hitler também não queria a expansão da Alemanha para sul, como escreveu no Mein Kamppf , nem a "estratégia de ofensiva no sul", como mostrou em 1940 e 1941. Em Hendaye, queria que a Espanha expulsasse a Inglaterra de Gibraltar, sozinha ou com uma pequena ajuda, e sem compensações territoriais, susceptíveis de incomodar a Itália e a França de Vichy, coisa que Franco naturalmente recusou. Nem Salazar, nem Teotónio Pereira contribuíram fosse o que fosse para a neutralidade da Península.»


Logo à primeira vista, VPV comete um erro de pormenor, mas um grande pormenor: a península não foi neutral. Portugal sim a Espanha não. A Espanha apoiava a Alemanha com a División Azul de 18.000 voluntários, entrou na guerra, o seu estatuto não era neutral em 1940 mas sim não- beligerante.Só em 1943 esse estatuto mudou para a neutralidade

VPV acusa Sousa Tavares de simplismo mas simplifica a questão de forma destrutiva e enganadora. Franco não era a Espanha e Surer queria realmente a entrada da Espanha ao lado da Alemanha e a anexação da Portugal pela Espanha.Surer disse a Ribbentrop que Portugal não- tem qualquer direito de existência e a Francesco Laquio (embaixador italiano em Madrid) que Portugal deveria fazer parte de uma grande Espanha.
Esquece que «as condições proibitivas» propostas por Franco foram propostas após o encontro com Salazar

A nossa neutralidade não eram favas contadas. Nessa altura o meu avô ficou com a responsabilidade de organizar a transferência de documentos para o Açores porque dada a situação e a possível entrada da guerra no território nacional Salazar estava pronto para transferir o Governo para os Açores não ficando nós como é obvio do lado do Eixo.
Salazar sabia que se a Espanha entrasse na Guerra teria sido porque a facção mais germanófila que defendia a anexação de Portugal tinha ganho.

Portugal foi neutral porque essa politica era a única que defendia a independência nacional. Se entrássemos ao lado da Alemanha perdíamos Angola e Moçambique invadidos pela Africa do Sul e os Açores pelos americanos. Se entrássemos do lado dos aliados Franco não conseguiria suster os iberistas (como o nosso ministro) espanhóis.l

VPV não devia por motivos pessoais alterar a História

sexta-feira, novembro 23, 2007

Genial: Emetismos vaginais

Só um cheirinho para abrir o apetite:

«- O senhor doutor está a brincar com coisas sérias. A lei obriga-o a fazer-me esta lipoaspiração interna!... Este calo incomoda-me bastante. Prejudica-me a carreira. Atenta contra a minha liberdade!...
- De maneira nenhuma brinco. Estou seríssimo e compenetrado. O corpo é seu, o feto é seu, porque é que o problema há-de ser meu? Ou seja, a menina quer o corpo, arranja o feto e depois inventa descarregar o problema nos outros?!...
- É um problema social!...
- Mais parece um problema mental. E grave. Vai-me dizer a seguir que foi a sociedade que a emprenhou?»

Genial: Emetismos vaginais

Grande Corcunda!!!

«Um dos momentos-chave da Modernidade é a constituição dos exércitos permanentes como característica intrínseca do Estado. O exército permanente e a evolução das tecnologias militares impossibilitaram uma das premissas da boa ordenação da comunidade, que consistia em que a força do Rei não excedesse a soma das forças dos privados. Este é, sem dúvida, o momento fundador do Estado burocrático e auto-justificado, o sonho de Maquiavel e Bodin, assim como a estocada final na estrutura de liberdades constitucionais clássicas e do constitucionalismo antigo e é um dos grandes óbices à restauração de um sistema de liberdade ordenada.»
Exércitos Permanentes e a História de Sempre ...

Bairro Arte


Próxima exposição: Alexandra R (29/11/2007)
Exposição de pintura com o título "Retalhos"de Alexandra R.A exposição terá lugar dia 29 de Novembro a partir das 18.30 e estará patente até dia 8 de Dezembro das 15h às 21h

quinta-feira, novembro 22, 2007

Kerik indicted: Godfather Giuliani's mafia-run NY police

Oremos

Giuliani

Giuliani é para muita gente da direita e da esquerda um exemplo de como com a «tolerância zero» se consegue impor a ordem numa cidade. Nova York antes de Giuliani era uma cidade a caminho do caos e, dizem, que depois de Giulani passou a ser uma cidade ordeira, embora, na realidade, Giuliani deixasse Nova York semi destruída por um ataque terrorista e em que, segundo o Diário de Noticias de hoje, 1/6 dos novayorquinos passa fome.

Giulliani ,realmente, colocando a policia na rua conseguiu baixar drasticamente a pequena criminalidade e com a prisão de dois mafiosos famosos ganhou a popularidade de ser o homem que desfez a máfia.

Como dizia o Dr Salazar «em politica o que parece é» e parecendo que Giulani combatia o crime Giuliani passou a combater o crime:

O problema é que o que é , é , e acaba sempre por parecer mesmo que por algum tempo não pareça que seja.

A pequena criminalidade, como em qualquer negócio, é concorrente da grande. Gangsters que fazem gala em mostrar-se gangsters, para além de ser estúpido, prejudica os outros gangters.

Giuliani o que fez foi acabar com a concorrência que a pequena criminalidade fazia à grande e prendeu dois gangsters que faziam gala em mostrar impunidade.

Quanto ao crime organizado aumentou brutalmente, tanto que hoje o Novo World Trade Center está a ser construído pela Máfia.

Bernard Kerik foi preso, acusado de receber subornos e ter ligações à Máfia.E Bernard Kerik foi guarda costas de Giulliani. Chauffer de Giulliani .Promovido por a Giuliani a «Deputy Corrections Comissioner» (o nº 2 da agencia que trata das prisões) .E, mais tarde, proposto por Bush para nº1 da Homeland Security cujo objectivo é prevenir os ataques terroristas, reduzir a vulnerabilidade dos Estados Unidos face ao terrorismo e minimizar os danos provocados por ataques terroristas.

Pouco faltou para termos como encarregado da Segurança dos Estados Unidos um antigo chauffer e guarda costas mafioso proposto pelo Presidente a conselho de Giuliani.

Tudo boas noticias, como se vê.

(Ler a Time de 26 de Novembro para saber mais... )

quarta-feira, novembro 21, 2007

É proibido morrer

Um estudo revelado hoje no Publico diz que morrem por ano 55 000 europeus com menos de 20 anos em acidentes. (deste genocídio já me safei)

Portugal está nos piores classificados, diz o Publico, só em 2001 560 mortes teriam sido evitadas com prevenção.

O que mais mata os menores de 20 anos (crianças chama-lhes o Publico) são os acidentes de viação , mas, quase tão perigoso como andar de automóvel, é estar em casa.
Arvores, muros, varandas e escadas são verdadeiras armas de destruição massiva .
Piscinas são comparadas ao napalm. Facas da cozinha são uma mina anti-pessoal.

Para resolver o problema, como é obvio, já deve andar uma cabecinha pensante a preparar um código de boas praticas . Outra cabecinha pensante andará a organizar uma Agencia para a Segurança Infantil, comprando no mercado metralhadoras, carros anti motim , coletes à prova de bala e maços para arrebentar com as portas das nossas casas.

Brevemente Inspectores entrarão pelas nossas casas para verificar se a faca de cozinha está ou não ao alcance das crianças, se temos arvores, varandas ou escadas , fazer analises à agua da piscina e contar os coletes de salvação e as bóias. A lixívia e os detergentes serão confiscados por precaução e a piscina selada se houver alguma falha.

Aos reincidentes ser-lhes-ão retirados os filhos e colocados na Casa Pia para os proteger.

É proibido ser gordo

«A British woman planning to start a new life with her husband in New Zealand has been banned from entering the country - because she is too fat.
Rowan Trezise, 33, has been left behind in England while her husband Richie, 35, has already made the move down under leaving her desperately trying to lose weight.
When the couple first tried to gain entry to the country they were told that they were both overweight and were a potential burden on the health care system. »
(dailymail.co.uk/pages/live/articles/news/news.html?...&ct=5)

Não tarda muito para que a moda chegue cá:

Será implementada uma Agencia com técnicos competentes que nos medirão a cintura como um alfaiate e calcularão a nossa massa corporal como um talhante. Os Neozelandeses, grandes criadores de gado, estão a aplicar as técnicas que aplicam aos borregos aos seres humanos.

Transformadas em gado as pessoas serão então obrigadas a curar-se da obesidade , entrarão provavelmente numa espécie de curros onde à custa de rapar fome perderão os quilos a mais e só sairão de lá com uns quilos a menos

Resumindo :

Uma sociedade perfeita só com «gajas boas»

ASAE fecha Ginjinha do Rossio

«Em A Revolta das Massas, notava Ortega que no horizonte europeu estavam estavam começando a surgir grupos de homens que nada queriam com a razão: “um novo tipo de homem e de vida disposto a viver da sem razão “. (…)

(…)Em A Revolta das Massas esboça ele algumas das características salientes do tipo de personalidade e das colectividades (“massas”) da nossa idade de crise:

A característica da hora é que a mentalidade comum , tem a ousadia de proclamar os direitos do comum e de impô-los onde bem lhe apraz… Como dizem nos Estados Unidos :”ser diferente (na nossa época) é ser indecente”.A massa esmaga sob os seus pés tudo o que é diferente, tudo o que é excelente, habilitado e selecto…Temos aí um facto terrível dos nossos tempos

Por esse homem «comum» entende Ortega não apenas o trabalhador pobre, mas o homem dominante da nossa época . Imanentemente produzido pelo meio sócio-cultural dos séculos passados , esse homem das massas nem tem conhecimento dos esforços envidados pela minoria criadora dos últimos séculos para conquistar a sua Carta de Direitos e melhorar-lhe enormemente as condições económicas e sociais, nem sente qualquer obrigação para com a sociedade ou reconhece qualquer autoridade além da sua própria. Aceita como coisa natural as conquistas do século XIX. É um homem auto-satisfeito.Pouco sabe do passado , de tradições, de continuidades . Neste sentido é um homem sem raízes. «todos os remanescentes do espírito tradicional se evaporaram. Modelos, normas padrões de nada nos servem. Temos de resolver nossos problemas sem qualquer colaboração activa do passado…(…)

(…)Confuso, sem raízes e presunçoso o homem das massas interfere violentamente – pela acção directa - em todas as coisas :«O tipo de homem de hoje dominante é um tipo primitivo, um Naturmensch a alçar a cabeça no meio de um mundo civilizado.(…)

Ao homem das massas vem juntar-se em nossos tempos um outro tipo de bárbaro sofisticado: o técnico. O técnico realiza competentemente o seu trabalho especializado, mas é semi-ignorante da ciência, da cultura e da história .:
«Em politica , na arte e nas outras ciências , adopta as atitudes do homem primitivo e ignorante :mas adoptas com grande vigor e auto-suficiência…Ao especializa-lo, a civilização o tornou hermético e auto-suficiente dentro das suas limitações;mas esse próprio sentimento interior de domínio o induz a impor-se fora da sua especialidade. Comporta-se, pois, em quase todas as esferas da vida , como o homem não qualificado, o homem das massas».»

Pitirim A. Sorokin
«Novas teorias Sociológicas»
Editora Globo 1969
Pgs331 e 332

segunda-feira, novembro 19, 2007

Genocídio

Pode pensar-se que o alagamento do conceito de terrorista é caso único, mas não é , o conceito de envenenamento está também bastante alargado preparando-se o estado português para o alargar ainda mais :

Ficámos a saber esta semana que há um grupo de profissionais que envenena milhões de portugueses por ano, matando 2605 pessoas. Matar 2605 pessoas por ano pode mesmo ser considerado genocídio, digo eu.

Que grupo é este tão perigoso? –perguntarão os meus leitores .

Os padeiros .

Os padeiros , é verdade, parece mentira, mas é verdade, os padeiros portugueses assassinam 2605 pessoas anualmente . Mataram nos últimos 100 anos 260 000 portugueses .Pior que os padeiros só o Estaline ou o Hitler. Colocando sal no pão a nossa industria panificadora pratica impunemente o genocídio.

Perante este flagelo o governo vai agir e legislar sobre a quantidade de sal que cada carcaça, cada pão saloio, cada bico ou cada bola pode ter. Vai criminalizar o uso do sal, considerando-o um veneno. A partir deste momento, verdadeiramente histórico, não devemos esperar muito para que considerem que alguma industria que ultrapasse os níveis de sal permitidos possa ser considerada genocida .

A seguir ao sal virá o açúcar e contentes e satisfeitos iremos passar a comer pão insonso e doces amargos

sexta-feira, novembro 16, 2007

Bairro Arte

Uma nova galeria na Rua das Salgadeiras no Bairro Alto

http://bairroarte.blogspot.com/2007/11/exposio-de-ftima-mateus.html

quinta-feira, novembro 15, 2007

Estalinismo

A Europa das Liberdades...
«Ouvi num noticiário que as autoridades italianas ponderam aplicar aos hooligans italianos a legislação criada para o combate ao terrorismo.»

«»«Esta arbitrariedade é bem característica do Estado Moderno, mas também da tendência governativa mais recente para controlo das populações. É claro que se aceitar que os governos podem definir, sem mais, quem é terrorista, estaremos a poucos passos de punir um homicida como um genocida (afinal, quem mata uma pessoa está a matar toda a Humanidade, segundo o preceito kantiano)»

O Corcunda, como sempre, percebeu à primeira o que está em causa com esta democratização da definição dos crimes. O Estado italiano ao considerar como igual cenas de pancadaria entre selvagens e a colocação de uma bomba numa estação está a considerar que estes dois crimes são iguais. Está a dizer que é igual o que é diferente. Quebrado este ponto na definição do tipo de crimes tudo é possível a partir daqui.

O método é conhecido e antigo. Estaline usou-o ao considerar como contra-revolucionário qualquer acto que discordasse da política oficial. Arthur Koestler no «O Zero e o Infinito» explica brilhantemente como funciona.

Passado este ponto é só uma questão de palavras: onde estava contra-revolucionário coloca-se terrorista.

terça-feira, novembro 13, 2007

O novo Ídolo

Com a violência que está a ser exercida pelas autoridades sobre as Pessoas comuns seria talvez de esperar que assistíssemos a um coro de protestos. Tirando algumas vozes isoladas da imprensa como Vasco Pulido Valente ou João César das Neves não se vê qualquer tipo de reacção.

E a minha pergunta é porquê?

A resposta é falta de sensibilidade provocada pela gordura e o bem estar.

Mário Machado conta na entrevista ao Sol o rol de arbitrariedades cometidas contra ele que ultrapassam largamente o admissível para podermos considerar que vivemos num estado de direito enquanto que a Direita culta e ociosa se diverte em conversas inúteis sobre os judeus.

O que o Estado Novo conta sobre os assaltos às caixas registadoras por parte de funcionários das finanças roça o inacreditável

Só as artes como a literatura o cinema ou o teatro conseguem descrever os dramas individuais por que passa toda esta gente, como ainda ninguém começou a escrever ou a filmar sobre o assunto quem está de fora não percebe, não sente.

A Direita deixou de defender a Ordem para defender qualquer Ordem .

A Igreja sofre na pele todo o novo regime totalitário mas não se vê o Sr Cardeal a protestar, não se vê o Sr Cardeal aflito com todo o mal que está a ser exercido por todas estas leis e fiscais contra os seus leigos, contra as suas organizações, contra a Igreja mas não contra o Clero . O Clero Português está a adaptar-se, não protesta, resmunga em surdina, a hierarquia não se levanta e luta ,ajoelha-se perante o Estado, o novo Ídolo, e os seus Mandamentos que são os regulamentos de Bruxelas que infernizam a vida a quem realmente no terreno só procura fazer o bem aos mais pobres . Os bispos, burgueses e satisfeitos, não chefiam, amocham e continuam a almoçar e jantar com os responsáveis como se nada se passasse.

A Literatura, o Cinema e a História um dia hão-de descrever as tragédias pessoais, um dia perguntaremos: Como foi possível? Um dia…até lá vamos continuar a assistir à imolação dos inocentes, à transformação das Pessoas em números e estatísticas, à eliminação dos que estão a mais seguindo o método científico do pior estalinismo.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Até quando?

«Governo Sócrates, talvez inspirado pelas tolices de Zapatero, que brinca com o fogo aqui perto, tem-se revelado particularmente virulento.A Igreja tem em Portugal uma vastíssima acção social, com enormes benefícios para toda a comunidade. Na saúde, educação e imprensa, no património, animação cultural e assistência, no combate à pobreza, solidão e doença, nas prisões, hospitais, forças armadas, nas capelas mortuárias e cemitérios. A esmagadora maioria das IPSS, creches, ATL, centros de dia e jornais regionais pertencem à Igreja. Uma enorme percentagem das escolas privadas, clínicas, grupos culturais, apoios domiciliários são animados pelos cristãos. Houve tempos em que a fé era simplesmente a vida, sem se dar pela diferença. Hoje, que gostamos de contabilizar essas coisas, a influência da Igreja é literalmente incalculável. Apesar disso, provavelmente por causa disso, a animosidade contra a Igreja permanece palpável, sobretudo em certas épocas.O método tradicional é o lento estrangulamento. O Estado tributa furiosamente para depois com esse dinheiro fazer mal aquilo que a Igreja faz bem. Entretanto os inspectores paralisam as instituições católicas com regulamentos e exigências tolas.Este método tem a vantagem de fingir que se faz política social e promoção da qualidade. O mais incrível é a flagrante insensibilidade para com a sorte e o bem-estar dos pobres, doentes, crianças, necessitados, que se diz proteger mas são usados como joguete na campanha ideológica.Ultimamente avançou-se para um confronto mais aberto. Em nome da igualdade abstracta das religiões oprime-se a única que tem real expressão social. Os capelães hospitalares, prisionais e castrenses fazem um serviço inestimável e insubstituível. O Estado decide intrometer-se na intimidade das pessoas só para complicar e estragar.A Igreja beneficia com estas perseguições. Mesmo hipócritas e veladas, elas desinstalam-na, estimulam-na, purificam-na. Se não fosse o enorme sofrimento que causam nos pobres, até se deviam aplaudir estes ataques.»
João César das Neves
Professor universitário
naohaalmocosgratis@fcee.ucp..pt

Diario de Noticias 12/11/2007

segunda-feira, novembro 05, 2007

Preso

Zé olhava para o chão frio da cela. Só pensava numa coisa : em fumar um cigarro, mas o Governo tinha feito sair uma lei que proibia o fumo em recintos fechados e não havia dúvida a cela era fechada, fechada à chave. Fumar Mata estava escrito em todo o lado
Pensava no disparate dos seus pensamentos, estava ali enfiado, longe da família, sem liberdade mas a única coisa que queria era fumar um cigarro.
-Isto até pode ser bom pode ser que consiga deixar de fumar- pensou.
Tinha sido detido há duas horas , levado da sua casa algemado, em frente dos filhos e dos vizinhos, puseram-lhe mesmo a mão na cabeça para entrar no carro da policia Judiciária para o impedir de dar uma cabeçada no automóvel.
-Andam a ver muitos filmes… pensou quando o obrigaram a baixar a cabeça para entrar no automóvel. Isto está tudo doido.
Detido por difundir teorias homofóbicas
-Ridículo pensou – como é que uma pessoa pode ser preso por educar os filhos?
Eu não tenho dúvidas que a homossexualidade é um comportamento errado e é assim que tenho que educar os meus filhos o é que eu hei-de fazer?. A professora de um deles fez queixa e fui detido Será que me mandam para um hospital psiquiátrico para mudar de ideias?

E as crianças? O que é que lhes vou dizer? O pai foi preso por educá-los? Não lhes posso dizer que fui preso por defender a Pátria
Bem , mas em principio o juiz vai-me libertar e pôr-me com termo de identidade e residência . Talvez não lhes tenha que dizer nada… coitadinhas.
E a minha mulher? Coitada , mais uma chatice
Bem temos que esperar para ver o que o juiz diz…

Preso

Zé olhava para o chão frio da cela. Só pensava numa coisa : em fumar um cigarro, mas o Governo tinha feito sair uma lei que proibia o fumo em recintos fechados e não havia dúvida a cela era fechada, fechada à chave. Fumar Mata estava escrito em todo o lado
Pensava no disparate dos seus pensamentos, estava ali enfiado, longe da família, sem liberdade mas a única coisa que queria era fumar um cigarro.
-Isto até pode ser bom pode ser que consiga deixar de fumar- pensou.
Tinha sido detido há duas horas , levado da sua casa algemado, em frente dos filhos e dos vizinhos, puseram-lhe mesmo a mão na cabeça para entrar no carro da policia Judiciária para o impedir de dar uma cabeçada no automóvel.
-Andam a ver muitos filmes… pensou quando o obrigaram a baixar a cabeça para entrar no automóvel. Isto está tudo doido.
Detido por pôr em dúvida o holocausto
-Ridículo pensou – como é que uma pessoa pode ser presa por ter dúvidas?
Eu tenho dúvidas o que é que eu hei-de fazer?. Será que me mandam para um hospital psiquiátrico para deixar de ter?

E as crianças? O que é que lhes vou dizer? O pai foi preso por ter dúvidas? Realmente não lhes posso dizer que fui preso por defender a Pátria
Bem , mas em principio o juiz vai-me libertar e pôr-me com termo de identidade e residência . Talvez não lhes tenha que dizer nada… coitadinhas.
E a minha mulher? Coitada , mais uma chatice
Bem temos que esperar para ver o que o juiz diz…

Preso

Zé olhava para o chão frio da cela. Só pensava numa coisa : em fumar um cigarro, mas o Governo tinha feito sair uma lei que proibia o fumo em recintos fechados e não havia dúvida a cela era fechada, fechada à chave. Fumar Mata estava escrito em todo o lado
Pensava no disparate dos seus pensamentos, estava ali enfiado, longe da família, sem liberdade mas a única coisa que queria era fumar um cigarro.
-Isto até pode ser bom pode ser que consiga deixar de fumar- pensou.
Tinha sido detido há duas horas , levado da sua loja algemado, em frente dos clientes e dos funcionários ,puseram-lhe mesmo a mão na cabeça para entrar no carro da ASAE para o impedir de dar uma cabeçada no automóvel.
-Andam a ver muitos filmes… pensou quando o obrigaram a baixar a cabeça para entrar no automóvel. Isto está tudo doido.
Detido em flagrante delito tinha sido a razão. Um iogurte, tinha sido a causa . Atentado à saúde publica a acusação.
Preso por causa de um iogurte fora de prazo.
-Ridículo pensou – já comi tantos fora de prazo e nunca me aconteceu nada.
Não sentia raiva, não sentia ódio, só lhe apetecia realmente fumar um cigarro.

E as crianças? O que é que lhes vou dizer? O pai foi preso por ter um iogurte fora de prazo? Infelizmente não lhes posso dizer que fui preso por defender a Pátria
Bem , mas em principio o juiz vai-me libertar e pôr-me com termo de identidade e residência . Talvez não lhes tenha que dizer nada… coitadinhas.
E a minha mulher? Coitada , mais uma chatice
Bem temos que esperar para ver o que o juiz diz…
E a chave ? Porra esqueci-me de lhes dar a chave da loja ,como é que vão fechar a loja??

-Ah, eles fecharam-me a loja, já me tinha esquecido- isto deve ser falta de nicotina!! Que alivio...

Rumo a um mundo perfeito sem iogurtes Longa Vida

Hoje é noticia de primeira pagina do Diário de Noticias que a marca Longa Vida vai ser proibida porque nós podemos pensar que comer iogurtes Longa Vida nos prolonga a vida…

Devemos estar gratos ao comissários europeus e aos burocratas de Bruxelas por pensarem por nós, por nos protegerem, por nos amarem e acarinharem e por decidirem por nós.

Decidirem que não podemos comer iogurtes Longa Vida por podermos pensar que os iogurtes Longa Vida nos prolongam a vida. Decidiram que nós somos estúpidos, incapazes de pensar
Ficamos assim impedidos de comer iogurtes Longa Vida pela simples razão de que os iogurtes Longa Vida não nos prolongam a vida. Não podemos decidir se comemos ou não comemos iogurtes Longa Vida. Somos burros, como é que poderíamos decidir tal coisa, tão importante para o nosso futuro?

Como é que tal decisão poderia ser deixada ao livre arbítrio?

Livre arbítrio? Tal coisa, como nos ensinou o José Rodrigues dos Santos não existe, isto está tudo programado, determinado, isto que eu estou a escrever já foi decido há muitos anos pelo grande arquitecto, talvez por um computador vindo de um universo anterior ao nosso.

Não temos capacidade de decisão , não escolhemos, não podemos escolher o bem ou o mal. Nem sabemos muito bem o que é isso. Ficámos a saber pelo Diario de Noticias que o mal são os iogurtes Longa Vida

Devemos agradecer aos nossos protectores por nos iluminarem a vida

O principio destas leis é todo o mesmo : as pessoas são estúpidas .

Eles dizem que somos todos iguais e nós acreditámos embora pensássemos que éramos iguais a eles, inteligentes bons e solidários Mas não, somos apenas iguais entre nós (burros que nem cepos)

Eles que são iguais entre eles estão lá para nos protegem da nossa incapacidade de pensar.

Eu então , que conheço a marca Longa Vida há anos, nunca me tinha passado pela cabeça que comer estes iogurtes me pudesse prolongar a vida. Estupidez nata, falta de capacidade de associar ideias.

Graças a Deus e ao grande Arquitecto que temos estes homens e mulheres, casta de uma Europa sem raízes cristãs a protegerem-nos.

Eles , inteligentíssimos, há muito que descobriram que a Longa Vida criou a marca para nos enganar, para que nós comêssemos os iogurtes a pensar que iríamos viver mais tempo

Eles, inteligentíssimos, quando apareceu a marca imediatamente associaram a ideia à marca. Compraram iogurtes, armazenaram-nos e beberam-nos como quem bebia o elixir da juventude. Foram enganados, racionalistas raciocinaram, crédulos acreditaram, e agora querem-nos impedir de cometer o mesmo erro.

Devemos agradecer, sabemos que somos todos iguais, sabemos também graças ao Orwell e à nossa familia que todos os porcos são iguais mas há uns mais iguais do que outros

Nós somos mais iguais

Eles são iguais entre eles (inteligentes) nós somos iguais entre nós (burros)

É o dever deles pensar por nós, decidir por nós , decidir o que é o bem e o que é o mal, como grandes timoneiros devem guiar-nos rumo à felicidade, rumo a um mundo sem mal, um mundo sem iogurtes Longa Vida...

Quando vos perguntarem :

Onde é que está o mal?

Já podem responder:

Nos iogurtes Longa Vida

POR UM MUNDO MAIS LIVRE E MAIS JUSTO

O ano de 2019 foi o momento de todas as vitórias para as organizações de defesa da liberdade, saúde e direitos humanos. Logo em Janeiro foi finalmente aprovada a directiva comunitária exigindo a eliminação de todos os brinquedos alusivos a armas. Este documento veio na sequência da campanha internacional contra perigos na infância que, começada em 2012, já impusera o capacete permanente nos bebés.Esta directiva de defesa da família impõe, como as anteriores, castigos pesados aos pais que permitirem às crianças ter armas a brincar. Castigos que podem ir até à retirada dos filhos. "Negligência é violência" é a célebre frase de Vladimir Sarkazeth, czar da Rússia que detém a presidência rotativa da União Continental: "A União vai dedicar toda a sua atenção à violência familiar, um flagelo que vamos erradicar por todas as formas, até nas brincadeiras", assegurou.Muito significativo foi que, duas semanas depois, se tenha dado finalmente a consagração do sadomasoquismo como orientação sexual reconhecida pela ONU. Isto logo no ano após o Prémio Nobel ser atribuído a dois investigadores da Califórnia que identificaram a homossexualidade como a forma mais igualitária de matrimónio. Congratulando-se com a eliminação do terrível tabu contra o sadomasoquismo, o director da poderosa FreeSex, a maior ONGD do mundo, afirmou: "A sociedade parece ter vencido velhos preconceitos contra a violência. A violência é simplesmente a forma suprema do amor."No final da conferência de imprensa este dirigente lembrou a velha luta pela justiça sexual: "É urgente a verdadeira igualdade para todas as orientações. O sadomasoquista corre grandes riscos de saúde na sua expressão violenta da afectividade. Encontra-se por isso desfavorecido e necessita de apoio adicional." Assim continuará a promoção das chamadas "salas de chuto", onde os sadomasoquistas se podem dedicar às suas práticas em adequadas condições sanitárias.Talvez o facto mais marcante do ano de 2019 tenha sido o avanço na luta contra o flagelo da obesidade. Desde que o tabagismo foi classificado como crime contra a Humanidade e equiparado a genocídio, houve grande discussão sobre que prática lhe sucederia como "principal causa evitável de morte". A tentativa de incluir o aborto e a eutanásia foi recusada porque eles já figuram entre os direitos humanos fundamentais. Deste modo foi decidido que seria a obesidade a ocupar essa posição, o que lhe concedeu grande exposição mediática.Por enquanto ainda se mantém controversa e, por isso, facultativa a exigência de todos os obesos usarem um cartaz ao pescoço dizendo "comer mata" ou "banha é crime". Mas a decisão tomada há cinco anos de proibir a venda de alimentos com alto teor de gordura a menores de 18 anos, sujeitando-a a licença especial acima dessa idade, começa a dar frutos. De facto, pela primeira vez desde que foi calculado, o "índice de engordamento global" reduziu a sua taxa de aceleração.Um campo onde os esforços ainda têm longo caminho a percorrer é a luta contra a pobreza. Isto apesar dos êxitos assinaláveis, como o fecho de centenas de instituições de solidariedade social por falta de condições. É incrível como, em pleno século XXI, ainda há lares e creches sem toalhetes de papel, música ambiente e acesso à Internet e TV Cabo. Paradoxalmente, este êxito da inspecção foi acompanhado por um aumento súbito dos sem-abrigo nessas cidades. "Isto apenas fortalece o nosso empenhamento neste magno objectivo planetário", afirmou a secretária-geral da ONU, Camila Nguyoon, no final da maior iniciativa humanitária do ano.Essa foi a principal realização de 2019: o cordão humano que uniu Paris e Berlim, como prova da determinação dos povos europeus na construção de um mundo mais livre e mais justo. Foi marcante que esse movimento tenha mobilizado um número de pessoas 3% superior ao da magna manifestação pela erradicação da tradição islâmico-judeu-cristã que, com o mesmo lema - "Por um mundo mais livre e mais justo" - se realizou na semana anterior em Roma.

João César das Neves
professor universitário
naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt

Diario de Noticias 5/11/ 2007

sexta-feira, novembro 02, 2007

Excesso de velocidade

Esta nova ideia dos dísticos para sinalizar a categoria dos condutores automóveis (um dístico vermelho para os maus, amarelo para os médios e verde para os bons ) é de génio.

Poder-se-ia mesmo alargar isto para o futebol . As boas equipas equipariam de verde as médias de amarelo e as más de encarnado.

Melhor ainda seria penalizar os condutores com o uso obrigatório de capacetes:

Um capacete com orelhas de burro para os maus, um com orelhas de cavalo para os médios e um com as orelhas do José Rodrigues dos Santos para os bons.

No entanto , apesar do meu entusiasmo , os dísticos têm dois problemas :

O primeiro é que um automóvel pode ser conduzido por vários condutores o que torna o castigo injusto pois o bom condutor terá que usar o dístico conseguido pelo mau

O segundo é que os dísticos não se vêem bem à noite o que torna o castigo ineficaz.

Boa, boa, boa ideia seria aproveitar o choque tecnológico:

1- Cada automóvel teria que ter obrigatoriamente três luzinhas no tejadilho: uma vermelha, uma amarela e uma verde.
2- Um sistema de leitura óptica fazia acender depois de lido um código de barras a luz referente à categoria do respectivo condutor
3- Para evitar os cartões e as desculpas de – Acabei de perder o cartão ... cada condutor seria tatuado com um código de barras que faria acender a luz respectiva.
4- A fiscalização seria feita pela policia armada com leitores de código de barras e poderia sempre confirmar se a luz acesa corresponderia de facto ao condutor
5- As tatuagens, para evitar falsificações, seriam feitas na Loja do Cidadão, colando à pele de cada cidadão um autocolante um selo de garantia igual ao das notas de euro

Os Portugueses já começaram há muito tempo a ser tratados como atrasados mentais.
Castigar os condutores com dísticos é tentar a humilhação pública o estado totalitário avança a excesso de velocidade.

Não há ninguém que o multe?

A bola é minha

Se para a defesa de uma Nação o instrumento principal é o Estado o Estado como instrumento que é pode também servir para a destruição de uma Nação .

O Estado com o Marquês concentrou todo o poder, desfez os equilíbrios sociais e tornou-se no único poder. Se uma Nação perfeita é como uma orquestra sinfónica em que o Estado é um dos instrumentos , o Rei o maestro, e a politica a musica ,numa Nação desequilibrada ,como a nossa , a orquestra desapareceu e temos apenas o solo de um instrumento, tocado por artistas que, na maior parte das vezes, sem qualquer tipo de vocação ( uns com melhor ouvido do que outros) procuram desesperadamente imitar a musica que se toca lá fora.

Pode acontecer que de tempos a tempos apareça um solista extraordinário, e Salazar foi um solista extraordinário, mas na maior parte das vezes quem manda no instrumento é incapaz de distinguir o dó do ré.

E é este o grande problema da Nação, querermos ser uma orquestra tocando apenas um instrumento em cada grupo luta não para formar uma orquestra mas para tocar no instrumento.

É a lei da bola é minha e tu não jogas. Não há jogo que resista .