terça-feira, novembro 13, 2007

O novo Ídolo

Com a violência que está a ser exercida pelas autoridades sobre as Pessoas comuns seria talvez de esperar que assistíssemos a um coro de protestos. Tirando algumas vozes isoladas da imprensa como Vasco Pulido Valente ou João César das Neves não se vê qualquer tipo de reacção.

E a minha pergunta é porquê?

A resposta é falta de sensibilidade provocada pela gordura e o bem estar.

Mário Machado conta na entrevista ao Sol o rol de arbitrariedades cometidas contra ele que ultrapassam largamente o admissível para podermos considerar que vivemos num estado de direito enquanto que a Direita culta e ociosa se diverte em conversas inúteis sobre os judeus.

O que o Estado Novo conta sobre os assaltos às caixas registadoras por parte de funcionários das finanças roça o inacreditável

Só as artes como a literatura o cinema ou o teatro conseguem descrever os dramas individuais por que passa toda esta gente, como ainda ninguém começou a escrever ou a filmar sobre o assunto quem está de fora não percebe, não sente.

A Direita deixou de defender a Ordem para defender qualquer Ordem .

A Igreja sofre na pele todo o novo regime totalitário mas não se vê o Sr Cardeal a protestar, não se vê o Sr Cardeal aflito com todo o mal que está a ser exercido por todas estas leis e fiscais contra os seus leigos, contra as suas organizações, contra a Igreja mas não contra o Clero . O Clero Português está a adaptar-se, não protesta, resmunga em surdina, a hierarquia não se levanta e luta ,ajoelha-se perante o Estado, o novo Ídolo, e os seus Mandamentos que são os regulamentos de Bruxelas que infernizam a vida a quem realmente no terreno só procura fazer o bem aos mais pobres . Os bispos, burgueses e satisfeitos, não chefiam, amocham e continuam a almoçar e jantar com os responsáveis como se nada se passasse.

A Literatura, o Cinema e a História um dia hão-de descrever as tragédias pessoais, um dia perguntaremos: Como foi possível? Um dia…até lá vamos continuar a assistir à imolação dos inocentes, à transformação das Pessoas em números e estatísticas, à eliminação dos que estão a mais seguindo o método científico do pior estalinismo.