Alterar a História
Vasco Pulido Valente presta hoje um grande serviço a Miguel Sousa Tavares tentando destrui-lo.Miguel Sousa Tavares vai vender mais uns milhares de livros graças a VPV.
No entanto diz o seguinte:
«Sousa Tavares escreve: "Graças ao trabalho de sapa do embaixador em Espanha, Teotónio Pereira, e à sua facilidade em chegar junto a Franco, foi possível (...) conter os ímpetos expansionistas do ministro (dos Negócios Estrangeiros e antes do Interior) espanhol (Serrano Suner) e a sua tentação de estender o Reich à Península Ibérica. / Este foi o primeiro objectivo de Salazar na pasta (dos Negócios Estrangeiros) e teve sucesso." Miguel Sousa Tavares engole aqui (anzol, linha e cana) a propaganda salazarista. Franco nunca quis qualquer aliança com Hitler como provam à saciedade as condições proibitivas que lhe pôs no encontro de Hendaye (1940). Hitler também não queria a expansão da Alemanha para sul, como escreveu no Mein Kamppf , nem a "estratégia de ofensiva no sul", como mostrou em 1940 e 1941. Em Hendaye, queria que a Espanha expulsasse a Inglaterra de Gibraltar, sozinha ou com uma pequena ajuda, e sem compensações territoriais, susceptíveis de incomodar a Itália e a França de Vichy, coisa que Franco naturalmente recusou. Nem Salazar, nem Teotónio Pereira contribuíram fosse o que fosse para a neutralidade da Península.»
Logo à primeira vista, VPV comete um erro de pormenor, mas um grande pormenor: a península não foi neutral. Portugal sim a Espanha não. A Espanha apoiava a Alemanha com a División Azul de 18.000 voluntários, entrou na guerra, o seu estatuto não era neutral em 1940 mas sim não- beligerante.Só em 1943 esse estatuto mudou para a neutralidade
VPV acusa Sousa Tavares de simplismo mas simplifica a questão de forma destrutiva e enganadora. Franco não era a Espanha e Surer queria realmente a entrada da Espanha ao lado da Alemanha e a anexação da Portugal pela Espanha.Surer disse a Ribbentrop que Portugal não- tem qualquer direito de existência e a Francesco Laquio (embaixador italiano em Madrid) que Portugal deveria fazer parte de uma grande Espanha.
Esquece que «as condições proibitivas» propostas por Franco foram propostas após o encontro com Salazar
A nossa neutralidade não eram favas contadas. Nessa altura o meu avô ficou com a responsabilidade de organizar a transferência de documentos para o Açores porque dada a situação e a possível entrada da guerra no território nacional Salazar estava pronto para transferir o Governo para os Açores não ficando nós como é obvio do lado do Eixo.
Salazar sabia que se a Espanha entrasse na Guerra teria sido porque a facção mais germanófila que defendia a anexação de Portugal tinha ganho.
Portugal foi neutral porque essa politica era a única que defendia a independência nacional. Se entrássemos ao lado da Alemanha perdíamos Angola e Moçambique invadidos pela Africa do Sul e os Açores pelos americanos. Se entrássemos do lado dos aliados Franco não conseguiria suster os iberistas (como o nosso ministro) espanhóis.l
VPV não devia por motivos pessoais alterar a História
No entanto diz o seguinte:
«Sousa Tavares escreve: "Graças ao trabalho de sapa do embaixador em Espanha, Teotónio Pereira, e à sua facilidade em chegar junto a Franco, foi possível (...) conter os ímpetos expansionistas do ministro (dos Negócios Estrangeiros e antes do Interior) espanhol (Serrano Suner) e a sua tentação de estender o Reich à Península Ibérica. / Este foi o primeiro objectivo de Salazar na pasta (dos Negócios Estrangeiros) e teve sucesso." Miguel Sousa Tavares engole aqui (anzol, linha e cana) a propaganda salazarista. Franco nunca quis qualquer aliança com Hitler como provam à saciedade as condições proibitivas que lhe pôs no encontro de Hendaye (1940). Hitler também não queria a expansão da Alemanha para sul, como escreveu no Mein Kamppf , nem a "estratégia de ofensiva no sul", como mostrou em 1940 e 1941. Em Hendaye, queria que a Espanha expulsasse a Inglaterra de Gibraltar, sozinha ou com uma pequena ajuda, e sem compensações territoriais, susceptíveis de incomodar a Itália e a França de Vichy, coisa que Franco naturalmente recusou. Nem Salazar, nem Teotónio Pereira contribuíram fosse o que fosse para a neutralidade da Península.»
Logo à primeira vista, VPV comete um erro de pormenor, mas um grande pormenor: a península não foi neutral. Portugal sim a Espanha não. A Espanha apoiava a Alemanha com a División Azul de 18.000 voluntários, entrou na guerra, o seu estatuto não era neutral em 1940 mas sim não- beligerante.Só em 1943 esse estatuto mudou para a neutralidade
VPV acusa Sousa Tavares de simplismo mas simplifica a questão de forma destrutiva e enganadora. Franco não era a Espanha e Surer queria realmente a entrada da Espanha ao lado da Alemanha e a anexação da Portugal pela Espanha.Surer disse a Ribbentrop que Portugal não- tem qualquer direito de existência e a Francesco Laquio (embaixador italiano em Madrid) que Portugal deveria fazer parte de uma grande Espanha.
Esquece que «as condições proibitivas» propostas por Franco foram propostas após o encontro com Salazar
A nossa neutralidade não eram favas contadas. Nessa altura o meu avô ficou com a responsabilidade de organizar a transferência de documentos para o Açores porque dada a situação e a possível entrada da guerra no território nacional Salazar estava pronto para transferir o Governo para os Açores não ficando nós como é obvio do lado do Eixo.
Salazar sabia que se a Espanha entrasse na Guerra teria sido porque a facção mais germanófila que defendia a anexação de Portugal tinha ganho.
Portugal foi neutral porque essa politica era a única que defendia a independência nacional. Se entrássemos ao lado da Alemanha perdíamos Angola e Moçambique invadidos pela Africa do Sul e os Açores pelos americanos. Se entrássemos do lado dos aliados Franco não conseguiria suster os iberistas (como o nosso ministro) espanhóis.l
VPV não devia por motivos pessoais alterar a História
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