Borat Sings (Throw the Jew Down the Well)

Jammin' the Blues by Gjon Mili

Shinigami blues

Tommee and The Neighbourhood

Documentos Ineditos

No Orgulhosamente Só duas cartas inéditas de um traidorl

Cala-te boca...

Vivemos num país em que quem fala lixa-se, quem protesta lixa-se…Para além disso as únicas preocupações que existem são de ordem teórica. Discute-se o passado, discutem--se teorias. Parece que a vida do dia a dia não é real. Os intelectuais vivem sem preocupações – não são perseguidos pelo Estado, vivem muitas vezes à conta do Estado nas Universidades e Institutos – são quem realmente beneficiou com o 25 de Abril. São livres – livres de mais – podem dizer, propor e fazer todas as asneiras à sombra da democracia e da liberdade

Antes do 25 do quatro não se podia de falar de política teórica – das grandes mudanças que deveriam ser feitas para cairmos no descalabro de hoje – hoje só se fala de teorias. Cada um tem uma teoria melhor do que a do outro. –o mundo é mau é preciso mudá-lo.

O futebol é uma porcaria, as câmaras também, a justiça não funciona, nem os hospitais, nem a segurança social, nem a economia, nem a politica – nada funciona, ou antes, a televisão funciona, funciona 24 horas por dia numa lavagem ao cérebro constante - admira-me como é que comemos, (ainda) todos os dias se nada presta e está tudo avariado

Pare combater tal estado de coisas há que arranjar culpados e eles somos nós, o Povo português - somos umas bestas –até parece que o Salazar vai ganhar umas eleições depois de morto - .Não há dúvidas, é preciso «mudar mentalidades» «modernizar-nos».

Ninguém nos pergunta se queremos mudar – temos que mudar.(ponto)Nem que seja à porrada …

Como quem vive no mundo real não se pode revoltar –senão leva - eu que vivo no mundo real, real de mais - vou passar a estar cada vez mais calado, num silêncio ensurdecedor. Vou continuar a ver as pessoas a ser perseguidas, tramadas e destruídas. Se calhar também me vão fazer mal … aguenta-se.. já dizia o Maurras … aguentar, aguentar, aguentar e e esperar que os intelectuais comecem a ser lixados - aí vão perceber de que é que eu estou a falar.

Pode é ser tarde de mais…

Já a seguir têm a corrida do século entre o Villeneuve e o François Arnoux para verificarem que o mundo, tal como é, também tem coisas boas

A corrida do século

Para quem, como eu, que não gosta de Fórmula Um esta corrida foi, no entanto impossível de esquecer

Maria Callas

Dire Straits - Sultans Of Swing '78 (live)

by Mark Knopfler
You get a shiver in the dark
It's raining in the park but meantime
South of the river you stop and you hold everything
A band is blowing Dixie double four time
You feel alright when you hear that music ring

You step inside but you don't see too many faces
Coming in out of the rain to hear the jazz go down
Competition in other places
But the horns be blowing that sound
Way on downsouth way on downsouth London town

You check out Guitar George he knows all the chords
Mind he's strictly rhythm he doesn't want to make it cry or sing
And an old guitar is all he can afford
When he gets up under lights to play his thing

And Harry doesn't mind if he doesn't make the scene
He's got a daytime job he's doing alright
He can play honky tonk like anything
Saving it up for Friday night
With the Sultans... with the Sultans of Swing

And a crowd of young boys they're fooling around in the corner
Drunk and dressed in their best brown baggies and their platformsoles
The don't give a damn about any trumpet playing band
It ain't what they call rock and roll
And the Sultans... Yea the Sultans played Creole ...Creole


Then the man he steps right up to the microphone
And says at last just as the time bell rings
'Goodnight, now it's time to go home'
And he makes it fast with one more thing
'We are the Sultans... We are the Sultans of Swing'

Golo de Balakov

Monty Python - Semaphore Version of Wuthering Heights

Aristides de Sousa Mendes

Porque é que Salazar obrigou a que todos os vistos passados pelas delegações portuguesas no estrangeiro fosse necessária a prévia autorização do Ministério dos Negócios Estrangeiros?

Do Embaixador de Portugal em Londres ao Ministro dos Negócios Estrangeiros
Telegrama nº 154
Londres, 13 de Maio de 1940

Foi publicada ordem de internamento imediato todos os adultos alemães entreos16 e os 60 anos, vivendo em Inglaterra, numa grande zona da Escócia.
Centenas de inimigos foram presos ontem e hoje sem aviso; foram tomadas medidas especiais para conhecimento das actividades dos restantes, entre as quais a obrigação de se apresentarem diariamente à policia, não fazerem uso de automóveis e não saírem à rua entre as 8 horas da noite e as 6 da manhã. Estas medidas foram acompanhadas de extensa organização de vigilância contra a espionagem e decida de inimigos em pára-quedas, que tendem naturalmente a completar-se.
Os métodos usados pelos Alemães ultimamente na Escandinávia e nos Países Baixos mostram a absoluta necessidade de todos os governos se precaverem, sem nenhuma espécie de optimismo, contra a organização e actividade dos estrangeiros no seu território.
Armindo Monteiro.

Do Embaixador de Portugal em Londres ao Ministro dos Negócios Estrangeiros Telegrama nº 387
Londres, 25 de Setembro de 1940

O Daily Telegraph publica hoje um artigo do seu correspondente diplomático sob o título «Hitler poderá invadir a Espanha» . São os seguintes os pontos mais importantes:
As conversações em Berlim com Suñer dizem respeito ao urgente desejo alemão de forçar a Espanha a entrar na guerra; é evidente agora que este ponto é essencial para os nazis fazerem a guerra na África; se o plano da entrada na guerra da Espanha falhar, os Alemães terão de invadir a Espanha com tropas motorizadas e ocupá-la inteiramente. Hitler, no entanto, fará todo o possível para não mover guerra contra a Espanha e para isso, prometerá à Espanha, sem dúvida, Gibraltar e um extenso protectorado em Marrocos. Mas talvez os nazis não se apercebam do caótico estado de coisas em Espanha , cortada em numerosas facções, não parecendo que Franco tenha a mesma autoridade que no fim da guerra civil. Há milhares de membros da Gestapo espalhados pelas principais cidades de Espanha, muito a enfraquecendo para o caso de querer ela resistir à pressão do Eixo. É agora claro que Hitler pretende transferir o ataque ao Império Britânico para África , continuando a guerra de «gastamento» sobre as ilhas Britânicas. Provavelmente o Eixo pensará no ataque ao Egipto, facilitado se a Inglaterra tiver que contra-atacar em Marrocos.

Armindo Monteiro.

O sublinhado é nosso…

BALAKOV

acapella - Traz outro amigo - Jose Afonso

Amigo
Maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também

Em terras
Em todas as fronteiras
Seja benvindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também

Aqueles
Aqueles que ficaram
(Em toda a parte todo o mundo tem)
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também

Zeca Afonso

Paradise by the dashboard light

BOY:
I remember every little thing
As if it happened only yesterday
Parking by the lake
And there was not another car in sight
And I never had a girl
Looking any better than you did
And all the kids at school
They were wishing they were me that night

And now our bodies are oh so close and tight
It never felt so good, it never felt so right
And we're glowing like the metal on the edge of a knife
Glowing like the metal on the edge of a knife
C'mon, hold on tight
C'mon, hold on tight


Though it's cold and lonely in the deep dark night
I can see paradise by the dashboard light


GIRL:
Ain't no doubt about it we were doubly blessed
'Cause we were barely seventeen
And we were barely dressed


BOTH:
Ain't no doubt about it
Baby got to go out and shout it
Ain't no doubt about it
We were doubly blessed


BOY: 'Cause we were barely seventeen
And we were barely dressed

Baby don'cha hear my heart
You got it drowing out the radio
I've been waiting so long
For you to come along and have some fun
And I gotta let you know
No you're never gonna regret it
So open up your eyes, I got a big surprise
It'll feel all right
Well I wanna make you motor run


And now our bodies are oh so close and tight
It never felt so good, it never felt so right
And we're glowing like the metal on the edge of a knife
Glowing like the metal on the edge of a knife
C'mon, Hold on tight
C'mon, Hold on tight


BOTH:
Though it's cols and lonely in the deep dark night
I can see paradise by the dashboard light
Paradise by the dashboard light


You got to do what you can
And let Mother Nature do the rest
Ain't no doubt about it
We were doubly blessed
'Cause we were barely seventeen
And we were barely


We're gonna go all the way tonight
We're gonna go all the way
And tonight's the night


RADIO BROADCAST:
OK, here we go, we got a real pressure cooker going here
Two down, nobody on, no score, bottom of the ninth
There's the wind-up, and there it is
A line shot up the middle, look at him go
This boy can really fly
He's rounding first and really turning it on now
He's not letting up at all, he's gonna try for second
The ball is bobbled out in the center
And here's the throw and what a throw
He's gonna slide in head first
Here he comes, he's out
No, wait, safe, safe at second base
This kid really makes things happen out there
Batter steps up to the plate
Here's the pitch, he's going
Amd what a jump he's got and
He's trying for third
Here's the throw
It's in the dirt, safe a third
Holy cow, stolen base
He's taking a pretty big lead out there
Almost daring them to pick him off
The pitcher glances over, winds-up and it's bunted
Bunted down the third base line
The suicide squeeze is on
Here he comes, squeeze play, it's gonna be close
Here's the throw, here's the play at the plate
Holy cow, I think he's gonna make it


GIRL:
Stop right there
I gotta know right now
Before we go any further


Do you love me
Will you love me forever
Do you need me
Will you never leave me
Will you make me so happy
For the rest of my life
Will you take me away
And will you make me your wife
Do you love me
Will you love me forever
Do you need me
Will you make me so happy
For the rest of my life
Will you take me away
And will you make me your wife


I gotta know right now
Before we go any further
Do you love me
Will you love me forever


BOY:
Let me sleep on it
Baby, baby let me sleep on it
Let me sleep on it
And I'll give you an answer in the morning


Let me sleep on it
Baby, baby let me sleep on it
Let me sleep on it
And I'll give you an answer in the morning


Let me sleep on it
Baby, baby let me sleep on it
Let me sleep on it
And I'll give you an answer in the morning


GIRL:
I gotta know right now
Do you love me
Will you love me forever
Do you need me
Will you make me so happy
For the rest of my life
Will you take me away
And will you make me your wife
I gotta know right now
Before we go any further
Do you love me
And will you love me forever


BOY:
Let me sleep on it
Baby, baby let me sleep on it
Let me sleep on it
And I'll give you an answer in the morning
Let me sleep on it


GIRL:
Will you love me forever


BOY:
Let me sleep on it


GIRL
Will you love me forever


BOY:
I couldn't take it any longer
Lord I was crazed
And when the feeling came upon me
Like a tidal wave
I started swearing to my god
And on my mother's grave
That I would love you to the end of time
I swore I would love you to the end of time


So now I'm praying for the end of time
To hurry up and arrive
'Cause if I gotta spend another minute with you
I don't think that I can really survive
I'll never break my promise or forget my vow
But God only knows what I can do right now
I'm praying for the end of time
So I can end my time with you


BOY:
It was long ago and it was far away,
And it was so much better than it is today.


GIRL:
It never felt so good, It never felt so right
And we were glowing like the metal on the edge of a knife.



Jim Steinman, 1977

Um Portugal livre e próspero

Foi em 2029 que finalmente Portugal realizou o sonho de ser a Califórnia da Europa: a 2 de Dezembro fechou a última das caves do vinho do Porto. A campanha internacional contra as "bebidas ricas" celebrou efusivamente esta vitória com uma manifestação planetária, onde arderam milhões de litros de porto confiscados em múltiplas capitais mundiais. A data marcou um momento decisivo na luta por uma sociedade próspera e livre de substâncias nocivas.Os historiadores apontam os inícios do séc. XXI e a luta contra o tabaco como os primórdios do movimento "prosperidade responsável" (PR). Os sucessos que transformaram em duas gerações o cigarro, de símbolo de estatuto social em objecto maldito, levaram os fumadores à clandestinidade em 2015, quando a prática foi criminalizada em todo o mundo. Esta esmagadora vitória libertou os activistas para outras causas da PR. O inimigo seguinte foi o colesterol. Depois de ser obrigatório incluir nas embalagens dísticos como "O hamburger mata" e "Batata frita causa cancro", logo em 2018 empresas como McDonald's e Burger King reconverteram-se em restaurantes de frutas e saladas. Não demorou muito até os fritos serem totalmente proibidos.A terceira campanha, desta vez contra bebidas alcoólicas, revelou-se muito mais polémica, devido ao fantasma da "proibição" norte-americana dos anos 1920, que enriquecera Al Capone e colegas. Mas as vitórias entusiasmaram os movimentos PR a tentar a desforra, no que seria o seu desafio supremo. Não se tratava de combater o álcool popular, nas cervejas e shots, mas apenas as "bebidas ricas" de marca, dirigidas às classes abastadas e reputadas de luxo. Por isso o sucesso de Dezembro de 2029 foi tão significativo.A economia do Douro não sofreu com a eliminação do seu produto tradicional, porque entretanto se orientara para outros sectores. Desde que a cidade do Porto se tornara uma das "metrópoles independentes" no quadro da União Euro-Asiática (UE), a sua prosperidade foi impulsionada pelos casinos flutuantes, que a transformaram na capital mundial do jogo. O investimento num novo tipo de divertimento global, combinando cartas e roleta com videojogos, cinema e sexo virtual, mostrou-se imbatível. A região orgulha-se da melhor prostituição sintética em todos os géneros e idades, medicamente certificada segundo os mais elevados padrões internacionais. Matosinhoship começa a desafiar mercados tradicionais do turismo erótico, como Tailândia e Iraque. Naturalmente, integrados no movimento PR, estes casinos orgulham-se de ser os únicos do mundo totalmente livres de substâncias nocivas. Este facto é mesmo apontado por alguns especialistas como decisivo na sua vitória sobre os antigos potentados, Las Vegas e Macau, que insistem ainda em resistir à campanha, mantendo a antiga fórmula de combinar jogo com fumo, fritos e álcool.Por outro lado, como afirma Jenny Wong, directora do paquete Majestic, nada se perdeu do prazer, porque a liberalização das drogas leves permite um divertimento igualmente absorvente, mas seguro e livre de substâncias nocivas. Pablo Mobutu, da Associação Económica de Portugal, aponta que isso levou as antigas vinhas a reconverterem-se em plantações de cânhamo, fornecendo já 23% do haxixe da UE.Nem só de casinos vive o "tigre lusitano". Desde o choque tecnológico de 2005 apostou forte na "arte de vanguarda" para vencer os difíceis desafios da globalização. Isso foi crucial na criação da famosa Lisbolywood, que inclui os mais modernos estúdios informáticos do planeta.Um número recente da revista Time apresenta Lisboa como a sede mundial da violência segura, da pornografia artística e do sado-masoquismo moralista. Todas as linhas da modernidade parecem hoje passar por aqui.O terceiro pilar do desenvolvimento é a ciência de ponta da biotecnologia Após as apertadas leis do trânsito terem destruído totalmente a indústria automóvel, a região Tejo mudou a sua especialização. Transformou-se numa zona certificada de esperma, com os tratamentos genéticos mais avançados, que ganhou primeiros prémios mundiais em qualidade de sémen humano. Os seus laboratórios são os mais reputados, quer no campo da clonagem e inseminação quer nas técnicas de cirurgia plástica e eutanásia.Portugal há muito deixou a crise tradicional e é um país livre e próspero. Sobretudo tem um consumo
socialmente responsável, ambientalmente equilibrado e livre de substâncias nocivas.

João César das Nevesnaohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt

Ciência, violência e fé

O Dr António José Saraiva escreve hoje na revista do «Sol» um artigo com o título «Ciência, violência e fé»

O Dr António José Saraiva «é um intelectual. Um homem excepcionalmente culto e com um pensamento acutilante» « Mas isso não significa que chegue inevitavelmente a conclusões certas. Os intelectuais estudam, pensam, elaboram, sabem argumentar- mas enganam-se como toda a gente.
Significa isto que entre um intelectual e o homem da rua, nunca é certo onde está a razão» -
Esta introdução, que se aplica tão bem a António José Saraiva, foi ele que a escreveu a propósito do Papa. AJS não concorda com o Papa Bento XVI quando este diz que a religião não é incompatível com a ciência.
Como homem da rua eu concordo com o Papa e discordo de AJS. A ciência na sua busca pela Verdade é um complemento da religião. Colocar a ciência contra a religião ou a religião contra a ciência foi sempre o objectivo dos inimigos da religião e, sem o saberem, dos inimigos da própria ciencia. Que há religiosos que são contra a ciência e cientistas que são contra a religião não há duvidas. O uso que alguns homens fazem da religião ou da ciência é que podem ser inconciliáveis.

A Religião nunca é contra a ciência e quando parece que é a razão é simples : os homens estavam convencidos que não era ciência , era ataque à religião.

Outra coisa é o uso da ciência. A Igreja não é contra a energia nuclear, mas é contra as armas nucleares, a Igreja não é contra o alívio da dor, mas é contra o suicídio ou a eutanásia. A Igreja é contra tudo que agrida o Homem na sua plenitude física e espiritual . É por isso que é incompatível a violência extrema e gratuita com a religião.

Os homens podem realmente matar, esfolar e violar, em nome de Deus, convencidos que vão parar ao céu. Mas isso é um erro. A única forma de ir para o Céu direitinho é não fazer mal nenhum, nem a uma mosca, literalmente…

A verdade é que os Evangelhos são iguais há dois mil anos e quem quiser saber qual é a Verdade basta lê-los.

Que saudades... de enriquecer

«Foi então que o Estado Novo se implantou no país. E quando o Estado Novo caíu, os últimos dados pelos quais ele foi responsável - os de 1973 - indicam que o nível médio de vida em Portugal tinha subido para 60% da média europeia - um progresso extraordinário.
Desde 1974 e somente a partir de meados da década de 80, com a adesão do país à União Europeia e as ajudas comunitárias, este indicador voltou de novo a atingir o valor de 60%. E até 1998 subiu para 65%. (É neste ponto que termina o gráfico de Pedro Lains). Porém, desde então, com a economia portuguesa a crescer, em média, menos que a média europeia, a minha própria estimativa é a de que actualmente (2007) este indicador voltou a caír para a vizinhança de 60% - isto é, exactamente onde o Estado Novo o deixou.
Não é de mais insistir, o Estado Novo correspondeu a um grande período de progresso económico, sobretudo a partir do início da década de 50. E a geração que agora tem 35 anos ou menos e que nunca conheceu o Estado Novo, faria melhor em estudar a realidade do que deixar-se embevecer com a propaganda que, literalmente, lhe meteram na cabeça.»

Pedro Arroja

Liberdade, que saudades...

«Imaginem o Estado durante Salazar e Caetano. Existia a PIDE e a censura: e mil tiranetes por aqui e por ali. Não vale a pena repetir o óbvio. Em compensação, o Estado não queria mandar na vida de ninguém. Não proibia que se fumasse. Deixava o trânsito largamente entregue a si próprio. Não andava obcecado com a saúde e a segurança. Não regulava, não fiscalizava, não espremia o imposto até ao último tostão. Um indivíduo, pelo menos da classe média, passava anos sem encontrar o Estado: em Portugal, em Inglaterra, em Itália, na Europa. Acreditam que nunca voltei a sentir o espaço e a liberdade desse tempo?»

Vasco Pulido Valente

Empobrecimento geral

A despesa do estado continua a subir, a receita continua a aumentar e a economia portuguesa continua a afastar-se da economia mundial.

Nada mais lógico. Ninguém monta um negocio para pagar impostos. Ninguém monta um negocio para ser perseguido pela Direcção Geral de Impostos e pelas «asaes»

A única razão porque alguém monta um negocio é para ganhar dinheiro.

Ora o estado não deixa, ou antes, só deixa os estrangeiros dos grandes investimentos, dos subsídios, dos arranjinhos fiscais ganhar.

Não se admirem que as pessoas comecem a pensar pirar-se daqui. Não se admirem que só apareça quem queira vender e ninguém a querer comprar. O PREC voltou , agora com cara lavada, ares modernos e novos métodos.

O resultado vai ser o mesmo:

Empobrecimento geral

O Ataque à Família

Quase todas as semanas aparece uma notícia a abrir telejornais sobre crianças vítimas de maus tratos por parte da família ou de instituições religiosas que acolhem órfãos ou rejeitados

Está-se a criar a ideia que a família é uma organização horrível. As instituições religiosas pior ainda. As crianças são todas santas.
Toda a violência sobre elas é crime.

Maltratar um bebe de 11 anos é realmente uma selvageria. Dar uns açoites no rabo de uma criança com 6 anos por ter roubado doces no supermercado é educa-lo . Dar uma sova a um matulão de dezasseis anos por ter roubado um automóvel é educa-lo.

No mundo dos filhos únicos , entregues a creches, parece que realmente as crianças são umas santas. Não são. A maior parte das criancinhas do processo Casa Pia eram prostitutos, matulões e rufias de 14, 15 e dezasseis anos que se prostituíam para comprar um telemóvel ou uns ténis XPTO. Se os maricas que se aproveitaram deles são uns estupores os meninos não são melhores. Já todos tivemos 14, 15, 16 anos. Todos ouvimos histórias de outros meninos que iam aos maricas. Que compravam relógios, motas e arranjavam caroço para ir para o Algarve. Sabíamos na altura muito bem distinguir o bem do mal e eles também sabiam. Apenas escolhiam de maneira diferente de nós. Vendiam-se por dinheiro. Destruíram-se. Mas não eram inocentes.

Se tivessem levado uma sova na altura certa talvez se tivessem emendado. Talvez hoje fossem homens trabalhadores com família e filhos. Não levaram . , estão hoje desgraçados.

Educar hoje em dia uma criança não é fácil. Educar quatro, cinco ou seis é muito difícil. Educa-las sem dinheiro a viver numa casa com 2 divisões em Chelas ou na Buraca é mesmo muito difícil. As mães trabalham os pais também, chegam tarde a casa, e as crianças são malcriadas. Não reconhecem o esforço heróico dos pais. Queixam-se da comida, dos ténis, da consola que não têm. Muitas vezes as mães perdem a cabeça, Cansadas do trabalho, cansadas de fazer comida, de lavar a roupa, de engomá-la e ainda de ouvir as queixas dos vizinhos e da policia do bairro passam-se. Atrás da mãe vem o pai. E a tal violência aparece, mas o amor está lá. Sacrificar a vida pelos filhos é comum. Depos da chapada vem o beijo, o carinho, a consola que se compra, os ténis que se arranjam . No entanto a Estado só vê a chapada. Chega a Segurança Social e a Imprensa doida por desgraçar ainda mais a vida dos pobres. Prendem-nos, tiram-lhes os filhos e humilham-nos.

São colocadas então, para bem delas, na Casa Pia.

Ocupar o lugar de Deus

«O poder do Estado é soberano nas nossas sociedades. O Estado tem o poder e decidir o que é o bem e o que é o mal. O Estado ocupa o lugar de Deus Os homens de Estado ao lutarem pelo poder, por esse poder, sem se darem conta querem o mesmo que Lúcifer: ocupar o lugar de Deus.»

Escrevi eu isto aqui há uns tempos neste blog. O Professor Cavaco tem que saber os seu limites. Ele é apenas Presidente da Republica. Mas antes de ser Presidente da Republica era católico, era cristão. Tem que perceber, que a sua decisão é entre ser um bom cristão e um bom presidente da Republica socialista e laica. Não pode alterar os Dez Mandamentos. Não pode alterar o Credo. Não pode querer ocupar o lugar de Deus.

Portugal é cristão porque os nossos lideres assim o quiseram e lutaram.Se não o fossemos não éramos nada. Podíamos ser muçulmanos, não somos porque lutámos para não ser. Podíamos ser ateus, não somos porque lutamos para não ser.

O Dr Cavaco tem que decidir de que lado é que está.

Coerência

O Dr Alberto João Jardim diz que os Portugueses não têm «testículos». Fala por ele não fala por mim. Escrevi um fax ao Dr João a pedir a sua intervenção na lei das rendas, a resposta veio pela televisão: apoiava Santana e a maldita lei. Resultado : caiu Santana e a maldita lei e o Dr Jardim , agora, está «à rasca», como ele próprio diria.

O Dr Jardim só percebeu o que estava em causa na lei das rendas de Santana com a nova lei das finanças locais (e não sei se percebeu, ainda) «Não se mudam as regras do jogo a meio do jogo». Pois não, é batota. No entanto a lei das rendas ao alterar as regras a meio do jogo, alterava, exactamente da mesma forma, as regras como a nova lei das finanças locais altera.

Agora o Dr Jardim percebe. Antes tarde do que nunca. É preciso acontecer-lhe a ele para perceber

O Dr Jardim e a Madeira têm o nosso apoio na luta contra o estado centralista e totalitário que se está a formar aqui, em Lisboa.

O Dr Jardim tem o nosso apoio na luta contra o genocídio, mas o Dr Jardim tem que ser coerente, não pode mudar de princípios conforme lhe convém.

Aristides de Sousa Mendes

Praticamente tudo o que sei sobre este assunto tem origem no documentário que a televisão transmitiu ontem , dou portanto como certos todos os factos que o Dr José Miguel Júdice nos fez o favor de dar conhecer

O Dr Miguel Júdice convidado a defender a personalidade de Aristides Sousa Mendes fê-lo brilhantemente . Aristides de Sousa Mendes foi realmente um homem extraordinário, fora do comum, que pôs os interesses de milhares de refugiados acima dos seus interesses pessoais, destruiu a sua carreira de diplomata, chamou a si e à sua família a pobreza , tudo pelos outros, pelo próximo. Foi um verdadeiro cristão e tem com toda a certeza um lugar no Céu.A coragem deste homem foi impressionante. Fazer frente a Salazar não era nem foi fácil. Desobedecer conscientemente a ordens do seus superiores foi prova de uma enorme coragem. Foi com toda a certeza um homem de Bem.

Mas como ele próprio reconheceu errou. Não errou como cristão, não errou como Homem , errou como funcionário publico, errou como diplomata.

Para o Bem e para o Mal a politica externa de cada país é definida pelo Governo. Certa ou errada é definida pelo Governo. Não pode haver, em cada embaixada, em cada consulado uma politica externa diferente. O Dr. Aristides de Sousa Mendes não conhecia todas as variantes da politica externa, sabia o que se passava em Bordéus, sabia o que se passava em Bayonne, mas não sabia, porque não podia saber nem tinha que saber, as razões de Estado que levaram Salazar a exigir que cada visto só fosse concedido depois de autorizado superiormente . O cônsul não estava impedido de conceder vistos, apenas tinha que pôr à apreciação superior a sua concessão. Não sabemos, porque não aconteceu, se o Governo Português daria ou não os vistos que Aristides de Sousa Mendes carimbou. Sabemos que o processo seria lento, que por causa da burocracia, a maior parte desses vistos, mesmo autorizados, nunca chegariam a tempo. Aristides de Sousa Mendes sabia desse facto e decidiu por bondade concede-los.

Percebe-se que o Governo fez os impossíveis para que o cônsul parasse de desobedecer. Enviou Pedro Teutonio Pereira, embaixador em Madrid e nessa altura o numero dois do regime, falar pessoalmente com ele, dizer-lhe que já tinha cumprido a sua obrigação com Homem. Recusou inutilmente , pois os vistos concedidos apos essa conversa foram considerados nulos.Aristides de Sousa Mendes, naquele momento, pressionado pela consciência, pela ansiedade de milhares de refugiados em pânico e pelas autoridades portuguesas estoirou. Começou a conceder vistos no comboio, na rua , carimbava qualquer passaporte que lhe pusessem à frente.

Foi demitido e foi castigado.

Salazar podia readmiti-lo, Salazar podia desculpa-lo, Salazar podia perdoar-lhe. Compreender o que lhe ia na alma. Podia , mas abria um precedente. Se o tivesse feito passava a ideia que cada funcionário podia desobedecer por motivos de consciência. Salazar não era apenas um homem, era um Chefe, Chefe do Governo, Chefe do País.A sua função era decidir, dar ordens e fazer com que elas fossem obedecidas. Não tem nada que ver com ditaduras, com autoritarismo. Nas democracias funciona tudo exactamente da mesma maneira. Se o nosso cônsul no Sudão desatasse agora a conceder vistos a torto e a direito, no comboio, na rua, nos cafés, por motivos de consciência, era castigado, demitido e reformado.

É assim que isto funciona, se não fosse assim não funcionava.

Clara Ferreira Alves

Quando oiço e vejo esta senhora com o seu ódio a Salazar, e me disseram que foi operada a um tumor na cabeça, fico na dúvida se lhe tiraram o tumor ou a cabeça.

Regressaram os sacrificios humanos

Se não há duvida que o feto vive. Se não há duvida que o feto é humano. Se não há duvida que a única forma de parar com a vida é morrer,não pode também haver duvida que com o aborto o feto morre, o feto é morto, é sacrificado ao deus do conforto do bem estar e da preguiça.

A liberalização do aborto é uma revolução , no sentido da própria palavra , voltámos ao principio, voltamos às civilizações pré-cristãs que sacrificavam inocentes a ídolos.

Os sacrifício humanos aos deuses pagãos regressaram e ainda pouca gente deu por isso.

América ataca América?

Brzezinski warns of possible "false flag" terror attack to be blamed on Iran - WikiProtest ~ The Wiki of the

Para saber mais sobre Zbigniew Brzezinski

Refrear a soberania popular

De então para cá, dessacralizado, o poder voltou a ser um instrumento na inteira disponibilidade da racionalidade humana: de um, de alguns, ou da multidão. Perdeu um critério superior de limitação e de aferimento valorativo. Exerce-se em nome da razão e já não em nome de um valor transcendente. É e será, por isso, o que essa «racionalidade» ditar, mesmo que passe por cima dos direitos individuais mais elementares, o que, de resto, faz frequentemente sem escrúpulo, em nome da totalitária «razão de Estado» ou da democrática «vontade da maioria».Por conseguinte, quer Ele exista quer não (não é isso que está, ou que alguma vez esteve verdadeiramente em causa na arte do poder), a ideia de Deus é capaz de voltar a ser necessária se quisermos refrear a soberania. deus ou rousseau? uma escolha liberal no Portugal Contemporaneo

Começou a luta

Se há responsáveis pela vitoria do sim eles são dois:

-O Professor Cavaco e Silva que se demitiu de defender a Vida
-O Professor Marcelo Rebelo de Sousa que inventou uma estratégia sem princípios, sem qualquer ponta de moralidade, querendo meter o Rossio na Rua da Betesga .

A estratégia da moderação falhou. A estratégia de não querer mostrar a realidade que são as clínicas de aborto com os seus negócios de material fetal falhou.A verdadeira guerra quimica, com armas de destruição massiva, com quimicos que são introduzidas no útero da mulher para matar o bebé não foi mostrada. A violência que são as imagens de bebés despedaçados foi preterida em favor de uma campanha moderada - peace and love -somos todos iguais apenas temos opiniões diferentes.

Não somos iguais. Não é a mesma coisa defender a vida ou defender a morte

Mas se o assunto parece arrumado a luta não parou. Começou apenas.

Ribeiro e Castro apareceu como um líder na hora da derrota.

Chegou a hora de extremar posições. É preciso impedir a liberalização do aborto.

Que se investigue que clínicas são estas, de quem são, o que fazem aos fetos, quanto ganham . Se vai aparecer ou não o negocio de mulheres engravidarem apenas para se aproveitar os fetos para a industria dos cosméticos.

O mundo do horror, de ficção cientifica de filme B chegou. É preciso faze-los recuar.

Não temos medo.

A luta contra o Mal

Se a luz existe, fisicamente existe, é constituída por neutrinos, já a escuridão há uma certa duvida na sua existência não há partículas da escuridão. Mesmo os buracos negros irradiam luz No entanto basta apagar a luz para verificarmos o que é. Ou antes o que não é. Não houvesse luz e não havia escuridão. As trevas só existem por contraposição à luz. As trevas são a ausência de luz. Não existem, são apenas falta de luz. Tudo o que nós vemos, os objectos, a família, as cores, o cão e o gato só os vemos porque reflectem a luz. O que vemos realmente é a luz que a matéria reflecte e não a matéria em si. Se sem luz não se vê e a escuridão é a ausência de luz compreende-se facilmente que a escuridão não existe.

O mesmo se passa com o Bem e o Mal. O Bem existe e o Mal é a ausência do Bem. A única forma de combater o Mal é através do Bem, como a única forma de combater a escuridão é acender a luz. Não se combate o Mal com o mal menor, seria a mesma coisa que combater a escuridão apagando pequenas luzes .

A única forma de combater o Mal é fazendo o Bem. É acender as luzes.

Foi isso que o meu Pai procurou fazer durante toda a sua vida : acender luzes.

Se o Não ganhar ganha o Não

Destes debates a que temos assistido e das posições políticas já assumidas pelo Primeiro-ministro podemos já concluir que se o Não ganhar, ganha mesmo o Não. Não fosse a posição do Primeiro-ministro, não tenho dúvidas, que se o Não ganhasse quem ganhava era o Sim.

Se o Não ganhasse e o Governo seguisse as posições de muitos do Não a despenalização do aborto passava a ser uma realidade. Assistimos mesmo a posições do Não mais extremistas que posições do Sim. Enquanto o referendo prevê a despenalização até às dez semanas ouvimos o Professor Marcelo de Sousa aceitar a despenalização até aos nove meses. A defender a despenalização do infanticídio.

Não há dúvida que Deus escreve direito por linhas tortas.

Não podemos no entanto de deixar de ficar preocupados. A partir deste referendo a despenalização do aborto passou a, a parecer, ser aceite pela sociedade. A Lei não a vai permitir apenas porque José Sócrates tem mau feitio No próximo referendo já não vai ser tal norma jurídica que vai estar em cima da mesa.

Deus vai ter de continuar a ter de escrever por linhas tortas para salvar os bebés do morticínio e Portugal da descristianização.

Se continuamos neste rumo não tarda estaremos a discutir a despenalização do infanticídio. A escolha será entre se as mães podem matar os bebés até aos oito dias ou até aos 30 . Os bebés com anestesia não têm dor…

Impeça o genocidio Sr Presidente

O maior responsável pelos assassínios em massa que vão acontecer nos próximos anos se o sim ganhar vai ser o Professor Cavaco que permitiu o referendo.

Foi um erro terrível de um homem que quer ser bom. No entanto ainda está tempo de emendar o erro.

Presidente de todos os Portugueses é presidente também dos bebes com 10 semanas.Se acha que não pode intervir como Presidente intervenha como cidadão, mas intervenha.

Ainda está a tempo de impedir o genocídio Sr Presidente

Tira-se Soares Carneiro e poe-se Cavaco e Silva

«Católico confesso, o general Soares Carneiro não tem o direito de permitir pôr em discussão a bondade política do que, moralmente, é um mal em si. Conforme os ensinamentos do Concílio Vaticano II e mais recentemente ainda conforme as decisões do Sínodo Episcopal sobre a Família agora mesmo encerrado em Roma, são infames as seguintes coisas: — tudo quanto se opõe à vida, como seja toda a espécie de homicídio, genocídio, aborto e suicídio voluntário... Referendar o aborto é abrir é caminho para o referendo de todos os crimes de assassínio, do mal em si, transformado em bem, ou em mal menor pela vontade maioritária.Deus, senhor da vida — diz ainda o Vaticano II — confiou aos homens o nobre encargo de a conservar. A vida deve, pois, ser salvaguardada desde o primeiro momento de concepção; o aborto e infanticídio são crimes abomináveis.Não se referenda a abominação. Não se referenda o que se não pode referendar. Podendo ser politicamente defensável no quadro de uma ideologia materialista a possibilidade do aborto legal — ela é completamente indefensável nos limites do cristianismo — e nós temos de considerar moralmente inelegível para Presidente da República Portuguesa quem põe a vontade circunstancial das maiorias acima dos valores absolutos da moral cristã.Quem consente dar a escolher ao povo se o homicídio é ou não um mal em si, vai consentir em tudo o mais. Estando à beira da desintegração da soberania nacional por via duma provável integração no Mercado Comum, nós podemos deduzir que quem discute referendariamente o aborto pode vir a discutir pelo mesmo processo a integridade territorial da Pátria, pode desfazer-nos moral e materialmente, pode destruir-nos à pala do valor absoluto duma liberdade formal que, permitindo a alguns a ascensão ao poder através dos mecanismos pavlovianamente condicionantes de espírito duma Nação que, destruída embora, ainda espera viver a vida saudável que os séculos lhe criaram à sombra da cruz de Cristo. (...)»***»

Manuel Maria MuriasO candidato do aborto

E os homens? Estão a dormir...

Nesta história do aborto (que já enjoa) dos homens ninguém fala. Dá ideia que as criancinhas foram feitas sozinhas. A própria pergunta parte deste princípio. Embora desta vez os homens (ainda) possam dar a sua opinião chegaremos ao tempo em que perderão o direito de votar, «nestes assuntos de mulheres». Se o sim ganhasse a decisão de abortar passava a ser apenas da mulher. O feto passa a ser propriedade da mulher, é transformado numa coisa, como um kleenex pode ser deitado fora por decisão da mulher, a pedido da mulher.

Eu não percebo como é que os homens deste país permitem tal. Não percebo como é que pode ser considerada a hipótese de transformar um filho ou filha propriedade da mulher. Como é que o estado pode aceitar que a decisão de matar um filho seja apenas da mulher, que o homem não seja perdido nem achado.

Como não compreendo que, se a resposta à pergunta for negativa, que não se criminalize também o homem com uma pena mais grave, do que a da mulher, se permitir o aborto. Como as mulheres que fazem o aborto sem dar conhecimento aos maridos deviam levar com uma pena a dobrar.

Os filhos não são propriedade dos pais. Não são coisas, são pessoas. Os embriões, os fetos, as crianças, os adolescentes, os adultos são nossos filhos, nossos, das mulheres e dos homens.
Acordem Homens de Portugal querem-vos retirar a custódia legal dos vossos filhos. Para já até às dez semanas. Depois logo se vê.