quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Se o Não ganhar ganha o Não

Destes debates a que temos assistido e das posições políticas já assumidas pelo Primeiro-ministro podemos já concluir que se o Não ganhar, ganha mesmo o Não. Não fosse a posição do Primeiro-ministro, não tenho dúvidas, que se o Não ganhasse quem ganhava era o Sim.

Se o Não ganhasse e o Governo seguisse as posições de muitos do Não a despenalização do aborto passava a ser uma realidade. Assistimos mesmo a posições do Não mais extremistas que posições do Sim. Enquanto o referendo prevê a despenalização até às dez semanas ouvimos o Professor Marcelo de Sousa aceitar a despenalização até aos nove meses. A defender a despenalização do infanticídio.

Não há dúvida que Deus escreve direito por linhas tortas.

Não podemos no entanto de deixar de ficar preocupados. A partir deste referendo a despenalização do aborto passou a, a parecer, ser aceite pela sociedade. A Lei não a vai permitir apenas porque José Sócrates tem mau feitio No próximo referendo já não vai ser tal norma jurídica que vai estar em cima da mesa.

Deus vai ter de continuar a ter de escrever por linhas tortas para salvar os bebés do morticínio e Portugal da descristianização.

Se continuamos neste rumo não tarda estaremos a discutir a despenalização do infanticídio. A escolha será entre se as mães podem matar os bebés até aos oito dias ou até aos 30 . Os bebés com anestesia não têm dor…

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Governo deve tomar medidas em vez de pedir ao povo a solução

Não ! - Não à legalização do aborto através da falsa bandeira (engodo) da despenalização !

A despenalização do aborto é outra forma enganadora de combater o aborto. O número de interrupções de gravidez, no mínimo, triplicará (uma vez que passa a ser legal) e o aborto clandestino continuará - porque a partir das 10 semanas continua a ser crime e porque muitas grávidas não se vão servir de uma unidade hospitalar para abortar, para não serem reconhecidas publicamente.
O governo com o referendo o que pretende é lavar um pouco as mãos e transferir para o povo a escolha de uma solução que não passa, em qualquer uma das duas opções, de efeito transitório e ineficaz.
Penso que o problema ficaria resolvido, quase a 90 %, se o governo, em vez de gastar milhões no SNS, adoptassem medidas de fundo, como estas:

1 – Eliminação da penalização em vigor (sem adopção do aborto livre) e, em substituição, introdução de medidas de dissuasão ao aborto e de incentivo à natalidade – apoio hospitalar (aconselhamentos e acompanhamento da gravidez) e incentivos financeiros. (Exemplo: 50 € - 60 € - 70€ - 80€ - 90€ - 100€ - 110€ - 120€ -130€, a receber no fim de cada um dos 9 meses de gravidez). O valor total a receber (810€) seria mais ou menos equivalente ao que o SNS prevê gastar para a execução de cada aborto. (*)

2 – Introdução de apoios a Instituições de Apoio à Grávida. Incentivos à criação de novas instituições.

3 – Introdução/incremento de políticas estruturadas de planeamento familiar e educação sexual.

4 – Aceleração do "Processo de Adopção".


(*) Se alguma mulher depois de receber estes incentivos, recorresse ao aborto clandestino, teria que devolver as importâncias entretanto recebidas (desincentivo ao aborto). [Não sei se seria conveniente estabelecer uma coima para a atitude unilateralmente tomada, quebrando o relacionamento amistoso (de confinaça e de ajuda) com a unidade de saúde].

Estou para ver se os políticos vão introduzir, a curto prazo, algumas deste tipo de medidas. É que o povo, mais do que nunca, vai estar atento à evolução desta problemática.

11:24 da manhã  

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