A globalização
Era uma vez um agricultor que cuidava do seu pomar.Vivia perto de uma aldeia onde vendia no mercado a sua produção. Era considerado pelo povo, empregava muita gente e pagava bem e a horas. Um dia no centro da sua aldeia reparou numa loja para vender. Foi ter com o banco e comprou-a. Ia abrir na aldeia a primeira loja de sumos naturais.As suas laranjas, peras e maçãs forneciam-lhe a matéria prima.O negocio foi um sucesso, gente das aldeias vizinhas deslocavam-se para provar os seus sumos.O agricultor começou a enriquecer. Os seus trabalhadores e as respectivas familias eram os seus melhores clientes e a sua melhor publicidade. Todos eles conheciam os pomares, a forma como eram cultivados e a qualidade da sua fruta e dos seus sumos.
Até que um dia começou a aparecer no mercado, fruta mais barata - da China.Não era só mais barata, era muito mais barata. Na China gigantescas propriedades, hiper empresas agricolas de capital internacional e cotadas nas bolsas de Hong-Kong e Nova York, empregando centenas de milhares de chineses que trabalhavam 14 horas por dia a troco de um pires de arroz conseguiam, subsidiadas pelo governo, colocar maçãs, peras e laranjas, calibradas, coloridas e sensaboronas no mercado da aldeia a metade do preço.
O nosso agricultor, perante isto, abandonou o seu pomar,despediu os trabalhadores e começou a comprar para o seu novo negocio, que ia de vento em popa, a fruta chinesa.
A sua margem aumentou e os seus lucros subiram enquanto os seus antigos trabalhadores receberam o subsidio de desemprego.Depois chegou a crise. As vendas começaram a baixar, os seus clientes, desempregados, deixaram de comprar sumos e a falencia chegou de repente.
Sem peras, sem maçãs, sem laranjas, sem trabalhadores nem clientes, sem pomar e sem casa, encontrei-o no outro dia impecável no comboio. Tinha conseguido arranjar emprego, era gerente de uma loja de sumos. Com a sua experiencia foi facil bater a concorrencia dos que procuravam esse lugar - ganhava 500 euros - «nos tempos que correm nem era nada mau»- a empresa era chinesa , o seu chefe também,parecido, dizia ele com humor ,com as primeiras maçãs baratinhas que tinha começado a comprar e que lhe tinham dado tanto lucro.
Até que um dia começou a aparecer no mercado, fruta mais barata - da China.Não era só mais barata, era muito mais barata. Na China gigantescas propriedades, hiper empresas agricolas de capital internacional e cotadas nas bolsas de Hong-Kong e Nova York, empregando centenas de milhares de chineses que trabalhavam 14 horas por dia a troco de um pires de arroz conseguiam, subsidiadas pelo governo, colocar maçãs, peras e laranjas, calibradas, coloridas e sensaboronas no mercado da aldeia a metade do preço.
O nosso agricultor, perante isto, abandonou o seu pomar,despediu os trabalhadores e começou a comprar para o seu novo negocio, que ia de vento em popa, a fruta chinesa.
A sua margem aumentou e os seus lucros subiram enquanto os seus antigos trabalhadores receberam o subsidio de desemprego.Depois chegou a crise. As vendas começaram a baixar, os seus clientes, desempregados, deixaram de comprar sumos e a falencia chegou de repente.
Sem peras, sem maçãs, sem laranjas, sem trabalhadores nem clientes, sem pomar e sem casa, encontrei-o no outro dia impecável no comboio. Tinha conseguido arranjar emprego, era gerente de uma loja de sumos. Com a sua experiencia foi facil bater a concorrencia dos que procuravam esse lugar - ganhava 500 euros - «nos tempos que correm nem era nada mau»- a empresa era chinesa , o seu chefe também,parecido, dizia ele com humor ,com as primeiras maçãs baratinhas que tinha começado a comprar e que lhe tinham dado tanto lucro.
2 Comments:
Após a destruição das nações os nossos sofisticados pulhíticos mundialistas devem estar extasiados com a invasão chinesa. É sinal de modernidade...
O homem é lobo do homem
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