Do Céu Caiu Uma Estrela
«A política implica a escolha de males e a sua conversão em bens. A política moderna, contudo, transforma o mal em bem de uma forma nominalista, mudando-lhe o nome. A acção cruel é transformada em acto benévolo ao criar no homem a titularidade da moral. O que convém ao sujeito ou ao político torna-se, num acto de magia, bom. A substância não muda, porém. Todos os que não caíram na patranha da subjectividade o sabem.Converter o mal em bem tem de corresponder a algo mais. A transformação de algo implica sempre um direccionamento, que quanto mais elevado, mais conseguido se torna. Se a acção humana é mais elevada que a dos restantes seres, é-o não por questões de eficácia, mas por questões de orientação, pela capacidade de conduzir a sua acção para finalidades maiores, para fazer com que o mundo cumpra a sua Natureza.»
Não posso estar mais em desacordo, transformar o mal em bem é tão impossível como transformar as trevas em luz criando mais trevas. Se o mal é a ausência de bem, como as trevas são a ausência de luz, transformar o mal em bem seria como tentar iluminar uma sala apagando as luzes.
O mal não se transforma em bem o que se passa é que não há o mal absoluto e portanto de qualquer mal resulta sempre algum bem. Mas não nos compete a nós, simples mortais, que não sabemos o futuro nem conseguimos, nunca, medir a «quantidade« de mal que um mal feito com a melhor das intenções provoca, tomar tais decisões.
Como não conseguimos medir o mal que provocamos também não conseguimos medir o bem que as nossas boas acções provocam.
Há um filme do Capra com o Jimmy Stweart (Do Céu Caiu Uma Estrela -) que explica de forma primorosa tudo aquilo que nós não sabemos nem nunca poderemos vir a saber : as reacções em cadeia que os nossos actos provocam (os bons e os maus)
O catecismo também não explica nada mal:
368. Quando é que o acto é moralmente bom?
1755-1756 1759-1760
O acto é moralmente bom quando supõe, ao mesmo tempo, a bondade do objecto, do [N63]fim em vista e das circunstâncias. O objecto escolhido pode, por si só, viciar toda a acção, mesmo se a sua intenção for boa. Não é lícito fazer o mal para que dele derive um bem. Um fim mau pode corromper a acção, mesmo que, em si, o seu objecto seja bom. Pelo contrário, um fim bom não torna bom um comportamento que for mau pelo seu objecto, uma vez que o fim não justifica os meios. As circunstâncias podem atenuar ou aumentar a responsabilidade de quem age, mas não podem modificar a qualidade moral dos próprios actos, não tornam nunca boa uma acção que, em si, é má.
Não posso estar mais em desacordo, transformar o mal em bem é tão impossível como transformar as trevas em luz criando mais trevas. Se o mal é a ausência de bem, como as trevas são a ausência de luz, transformar o mal em bem seria como tentar iluminar uma sala apagando as luzes.
O mal não se transforma em bem o que se passa é que não há o mal absoluto e portanto de qualquer mal resulta sempre algum bem. Mas não nos compete a nós, simples mortais, que não sabemos o futuro nem conseguimos, nunca, medir a «quantidade« de mal que um mal feito com a melhor das intenções provoca, tomar tais decisões.
Como não conseguimos medir o mal que provocamos também não conseguimos medir o bem que as nossas boas acções provocam.
Há um filme do Capra com o Jimmy Stweart (Do Céu Caiu Uma Estrela -) que explica de forma primorosa tudo aquilo que nós não sabemos nem nunca poderemos vir a saber : as reacções em cadeia que os nossos actos provocam (os bons e os maus)
O catecismo também não explica nada mal:
368. Quando é que o acto é moralmente bom?
1755-1756 1759-1760
O acto é moralmente bom quando supõe, ao mesmo tempo, a bondade do objecto, do [N63]fim em vista e das circunstâncias. O objecto escolhido pode, por si só, viciar toda a acção, mesmo se a sua intenção for boa. Não é lícito fazer o mal para que dele derive um bem. Um fim mau pode corromper a acção, mesmo que, em si, o seu objecto seja bom. Pelo contrário, um fim bom não torna bom um comportamento que for mau pelo seu objecto, uma vez que o fim não justifica os meios. As circunstâncias podem atenuar ou aumentar a responsabilidade de quem age, mas não podem modificar a qualidade moral dos próprios actos, não tornam nunca boa uma acção que, em si, é má.
2 Comments:
Meu caro,
Não percebeu o que eu disse. Existe uma tentação moderna para transformar o mal em bem, pela mudança do nome ou da perspectiva.
A alternativa Cristã, aquilo por que Deus se fez Homem, reside na Sua intenção de dar uma esperança à materialidade (um estado do Ser decaído, corrompido, mau) de ascender a uma posição mais próxima de Deus (ganhando uma forma mais perfeita, menos corrupta, melhor).
Uma vez que tudo se define nos seus fins, e essa ascensão é a própria natureza do Homem, o fim define o meio, porque é o fim que determina a norma para que o material deve seguir.
Não existe no que escrevi qualquer tendência maquiavélica...
Como poderíamos de outra maneira louvar as cruzadas dos nossos avós e que ergueram esta Nação?
Um abraço
O Corcunda
Estamos de acordo que há uma tendência (uma grande tendência) de transformar em politica o mal em bem.
A Reconquista Cristã ( de Portugal) está dentro do conceito de guerra justa da altura :os cristãos só iam recuperar o que tinha sido roubado.As cruzadas à Terra Santa foram antes de mais nada peregrinações à Terra Santa. (o que e que nos fariamos se nos fosse negado o direito de ir a Fatima?)O direito de peregrinação tinha que ser protegido pela força das armas.
O fim (a Salvação) define o meio (cumprir os Mandamentos)é verdade mas nao ha maneira de atingir este fim sem usar este meio. (cumprir os Mandamentos) A forma de transformar o mal em bem é converter-se :«Sua intenção de dar uma esperança à materialidade (um estado do Ser decaído, corrompido, mau) de ascender a uma posição mais próxima de Deus (ganhando uma forma mais perfeita, menos corrupta, melhor).»
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