quarta-feira, junho 06, 2007

O Poder


Ontem deu na televisão uma grande fita:«8mm», dirigido por Joel Schumacher e Eli Richbourg tem Nicolas Cage como actor principal.

É a história de um detective privado, Tom Welles, que é contratado pela viúva de milionário para verificar a autenticidade de um filme que ela encontrou entre as coisas do marido. Esse filme de 8 mm é a violação e morte de uma rapariga entrando na categoria de snuff film para os entendidos.

Mas do que o filme trata é da relação entre o poder e o mal.

Às tantas Tom Welles pergunta a outro personagem:
«-Mas porquê? Porque é que ele pagou para matar uma rapariguinha apenas para filmá-la? Porquê?

-Pagou porque podia. Queria o quê?».

E é essa a resposta para tudo o que acontece no mundo. Porque é que os Estados Unidos invadiram o Iraque? Porque podem.

Porque é que os Estados Unidos não invadiram o Irão, ainda? Porque ainda não podem. .

Porque é que os Estados Unidos e a Rússia nunca se pegaram durante a guerra fria? Porque não podiam, nenhum deles tinha o poder para ganhar.

Tom Welles entra e faz-nos entrar num mundo paralelo ao nosso, mas real, de maldade e bestialidade. O mundo degradante da pornografia, das relações entre tarados com poder e tarados sem poder, da decadência escondida da civilização de toda a porcaria e mais alguma

Um mundo com vitimas legais , com direito a ser vitima. A história das miúdas que em busca do «sucesso» de Hollywood são enganadas e maltratadas, exploradas e depois abandonadas e neste caso morta.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Que pena não ter visto esse filme. Não abro a televisão senão para ouvir e ver algumas notícias e fecho-a muito antes do fim destas. Não tenho a programação das televisões porque não compro revistas nem jornais, mas também não me interessa de todo. Muita pena, disse, porque gosto desse actor, sobretudo se interpretando papéis à altura do seu dramatismo mas que não sejam demasiado violentos, o que nem sempre lhe tem acontecido infelizmente. Um dos meus filhos acaba de me dizer que este filme é extrêmamente violento, o que não me agrada lá muito. A violência real ou fictícia, repugna-me, bem basta a própria vida. O que descreve como enredo desse filme parece ficção mas é a pura realidade só que ficcionada.

Maria

12:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Mas porquê tanto anti-americanismo? Será que era melhor vivermos sem a dita "força imperialista" dos americanos? Sinceramente penso que não. Se não fossem os americanos, a esta hora não passaríamos de um Estado membro da "grande" URSS ou, pior ainda, teríamos de prestar vassalagem ao sr. Ahmadinejaad e aos ayatollahs que o acompanham.

2:04 da manhã  

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