quinta-feira, maio 31, 2007

Cartões sem nome sem história e sem rosto

«Numa palavra o dilema põe-se: ou há sociedade civil sem governo, e não são precisos governos para nada; ou não há sociedade civil sem governo, e o governo não pode ser produto, emanação, representante, da sociedade civil, porque a sociedade civil é que resulta, entre outros factores, do factor governo.»
António José de Brito

Há ainda outra hipótese:

Haver sociedade civil com governos representado esses governos muito melhor as diversas comunidades do que o Estado Central que neste momento representa apenas quem consegue influenciar os partidos

O Estado deveria resumir-se na minha opinião à politica externa defesa e segurança. Devia viver não de impostos individuais mas de contribuições das diversas comunidades.

Devia ser o Estado e a sua politica a depender das comunidades e não as comunidades a depender do estado

Portugal vive normalmente muito bem sem Governo. Podemos mesmo dizer que o grande problema de Portugal têm sido os governos e aquela fabrica de leis que é a Assembleia da Republica. Quando um governo cai e cai muitas vezes, vive-se algum tempo de acalmia, o país fica sem governo mas não se dá por nada. Pergunto mesmo se o regime se mantivesse como está se ficássemos apenas com um governo de gestão corrente não seria o ideal.

A estabilidade que o PR tanto gosta não tem nada que ver com governos. A estabilidade é antes de mais nada não mexer, como dizia o Prf César das Neves num dos seus últimos artigos, não estragar. Ora o que os diversos governos fazem com uma fúria legislativa digna de internamento psiquiátrico é mexer, alterar, mudar, remexer outra vez, para voltar a alterar e mudar. Isto é a instabilidade no seu mais puro sentido. Ninguém sabe com que linhas é que se coze. Ora isto só é possível num Estado Centralizado em que os políticos vivem nos corredores dos palácios do estado e almoçam em restaurantes de luxo uns com os outros muito longe da realidade.

O estado está longe das pessoas, tão longe que já não há pessoas, há números, contribuintes é o que nós somos todos. Cartões sem nome sem história e sem rosto

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Gostei muito deste seu post. Realmente, precisamos é de um Estado de intervenção mínima. Mas no estado em que as coisas estão, tinha dehaver alguém a deixar ascoisas organizadas e preparadas para quedepois o Estado se resumisse a gerir sem intervir

6:14 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Exactamente como diz.
Perdi agora mesmo um comentário sobre este assunto que aborda, mas extrapolando e tocando noutros pontos conexos. Vamos lá ver se o consigo repescar.
Parabéns pelo que vai aqui escrevendo, muito embora e com todo o respeito eu ache que talvez devesse escrever um pouco mais.
E volto a fazer-lhe o mesmo pedido já feito anteriormente. Para quando a transcrição de mais textos e artigos de seu pai? É que, para além de neles o seu pai ter escrito verdades como punhais atirados à cara dos políticos, a sua simples leitura faz bem à alma.

Maria

11:07 da manhã  

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