quinta-feira, abril 27, 2006

Recusamo-nos a viver agarrados a cadáveres

Faço das palavras do meu pai as minhas , para quem quer defender Portugal em casa agarrado a cadáveres:

«A Guerra d'a Rua: Já agora, ante os perigos imediatos, o que resta de Portugal não se defende em casa - defende-se na rua. (...)Para além da vida que somos e, imemoriavelmente, se enterra na História que é tudo - pouco nos prende ao passado. Recusamo-nos a viver agarrados a cadáveres. (...)Não fomos - porque não nos quiseram - deputados pela União Nacional como os drs. Sá Carneiro, Pinto Balsemão e Magalhães Mota; nem empregados da CUF como o dr. Mário Soares; nem do António Champalimaud como o dr. Salgado Zenha; Miguel Quina não nos deu ordens como dava ao pobre dr. Rego. Vivemos soltos e livres, por entre as limitações naturalmente disciplinadas do dia-a-dia profissional e político, na vida forte de quem trabalha. Somos a Direita.Até há pouco, nesta democracia de funil gloriosamente reinante e arruinante, consideraram-nos o perigo. Perseguiram-nos: - muitos de nós malharam com os ossos, durante longos meses, nos cárceres da liberdade. Omiziaram-nos. Espancaram-nos. Roubaram-nos as coisas e os filhos. Torturaram-nos.Regressamos sem ódio a apresentar a factura e a ensinar-lhes a eles (à esquerda inepta e néscia) como se defende a Pátria - convivendo e lutando. (...)Triunfalistas? Com certeza: - não se defendem derrotas, nem se ressuscitam mortos, nem se reconstroem redutos ultrapassados e desmurados pela insânia do inimigo. Aposta-se no Futuro - porque o Futuro, sendo de Deus, é nosso. Nesta guerra com razão/temos Deus por capitão.(...) Já se viu do que a esquerda é capaz: - Vasco Gonçalves foi só, e divertidamente, a grosseira caricatura de toda ela. Menos lépido, talvez; menos esperto, com certeza; mais doente, por acaso; mas o seu retrato. A esquerda aplaudiu tudo o que Gonçalves desfez, enquanto Gonçalves lhe não foi a casa. (...)Saímos à rua, com a RUA, para calcetar, descalçada que ela foi pela estupidez, pela vaidade redundante - e pela traição. Descemos à rua com o povo - porque somos o povo secular, contra o populacho anti-povo. Somos a Direita - a Direita que eles receiam. (...) Vamos ser (orgulhosamente sós) o único jornal da Direita que não é do Centro.Isto dizemos claramente para poupar trabalho aos 'bufos' consuetudinários que, nas colunas dos jornais ditos socialistas e sociais-porche-istas, se sentirão na obrigação denunciante de nos apontar o dedo. Honradamente nos confessamos o que somos, sem o menor sentido de oportunidade, para além de tacticismos eleitoralistas, para acolá (talvez...) dos nossos próprios interesses conjunturais Vimos ocupar a larga cratera cravada brutalmente pelo terrorismo esquerdista. Somos o combate do Futuro.(...) a esquerda mostrou-se tal qual é. A galeria dos seus incapazes há-de persegui-la inexoravelmente. Rosa Coutinho é da esquerda. Otelo Saraiva de Carvalho é da esquerda. Vasco Gonçalves é da esquerda. Pereira de Moura, Mário Murteira, Mário Soares, Álvaro Cunhal e Melo Antunes são a esquerda. (...)Não será este jornal, portanto, uma folha qualquer. Nem será de trato fácil. Haveremos ostensivamente de proclamar a Verdade - porque só a Verdade é revolucionária e crítica. (...)Fica o leitor esclarecido. Quem não quiser - não queira. A RUA não se abre para enganar ninguém no seu caminho. (...)»
Manuel Maria Múrias

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Cuidado aos comentários acerca do Dr. Miguel Quina, grande Senhor e mecenas. muito fez pela nossa pátria sem aceitar algum agradecimento.

7:48 da manhã  

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