quinta-feira, abril 26, 2007

BASTA !!! VIVA PORTUGAL

- BASTA!

Portugal não é uma quinta, nem nós somos só os seus seareiros. Portugal somos nós todos, intelectuais e cavadores de enxada, patrões e operários, os que morreram e os que estão para vir, homens e mulheres na sucessão dos séculos, caminho do futuro! Sendo Direita, assumimo-nos frontalmente como força destinada à Vitória. Somos mais e somos melhores! Nem aqui, nem além-mar em Africa, pactuámos com o inimigo. Continuamos a guerra começada em 1961. Perdemos muitas batalhas, mas enquanto um de nós for vivo e puder falar, manteremos na alma, marcada a fogo e sangue, a certeza inabalável de que vamos salvar Portugal!

Situamo-nos quase à cabeça das mais miseráveis nações da Europa, graças aos partidos senhorios do Sistema.

Que se passou para atingirmos semelhante estado de degradação moral e material, de desonestidade, de ineficácia e de estupidez?Até 1976 fomos atacados pelas costas por quem tinha jurado defender-nos a gloriosa bandeira da Pátria.

Foi a ditadura do MFA.

QUISERAM-NOS CARNE PARA CANHÃO

Dando o braço aos partidos as duas centenas de militares que na madrugada do 25 de Abril ocuparam o País pela rádio, em menos de dois anos estoiraram alegremente com as centenas de milhões de contos-oiro que Salazar, pedindo-as aos portugueses, arrecadara prudentemente nos cofres do Banco de Portugal. Enquanto nos distraíam assim, metendo mão-cheias de notas de banco pela boca dos trabalhadores que não trabalham - o MFA e os partidos iam-nos destruindo territorialmente, abandonando todo o Ultramar, Portugal há mais de cinco séculos.Aí cometeram os partidos do Sistema um crime de lesa-pátria. Aí fomos nós todos traídos pelos capitães de Abril - e traído o próprio Programa do MFA, que gravemente prometia que nenhuma decisão sobre a questão ultramarina, nenhuma decisão fundamental para o destino dos Portugueses, seria tomada sem o seu consentimento.A Direita, em 1974, na Europa, na África e na Oceânia, tentou desesperadamente impedir a catástrofe. À nossa razão patriótica responderam-nos com os canos das espingardas. O 7 de Setembro em Lourenço Marques foi o primeiro sinal da revolta; o 28 de Setembro em Lisboa foi a maior prova da nossa ingenuidade. Tínhamos acreditado na força, no prestígio, e na valentia de António de Spínola e, enquanto a maior parte de nós era presa ou se exilava, Spínola recusava-se ao combate, resignando à chefia do Estado, enquanto o dr. Freitas do Amaral em Londres, e o eng.o Amaro da Costa em Madrid, aclamavam entusiasticamente as nossas prisões, a emigração forçada e o desfazer das nossas organizações políticas.

Temos uma doutrina - e somos uma força. O neo-capitalismo intervencionista da social-democracia é uma forma bem educada de dizer que tudo vai ficar na mesma. Ser centrista é procurar o equilíbrio pelo equilíbrio, é andar permanentemente na corda bamba para catrapiscar uns bocadinhos de poder, é não fazer coisa alguma e não deixar fazer os outros. E, essencialmente, pedir-nos os votos em nome dos interesses comuns - e, contados os papelinhos, marimbar-se na vontade explícita dos eleitores e ir à pressa aliar-se ao Partido Socialista para o ajudar na sua obra de ruína.

Amparados no pensamento de Salazar, podemos repetir palavras suas de 1933:

Nós queremos para nós a missão de fazer com que um elevado critério de justiça e de equilíbrio humano presida à vida económica nacional. Nós queremos que o trabalho seja dignificado e a propriedade harmonizada com a sociedade. Nós queremos caminhar para uma economia nova, trabalhando em uníssono com a natureza humana, sob a autoridade dum Estado forte que defenda os interesses superiores da Nação, tanto dos excessos capitalistas como do comunismo destruidor. Nós queremos ir na satisfação das reivindicações operárias, dentro da ordem, da justiça e do equilíbrio nacional.Nós queremos, simplesmente salvar Portugal para os portugueses.

À JUVENTUDEQue as minhas últimas palavras sejam para vocês, jovens que me escutam.Sobre vocês recai a tarefa imensa de assegurar o futuro. Sobre vocês recai a concreta responsabilidade da vitória. Desta vitória e das que virão depois. Viverei o bastante para vos ver vencer - e, pelo que sofreram todos os homens da minha geração, tenho o direito de vos exigir a vitória.Portugal é vosso. Não viverá muito quem não vos aclamar no poder. Assim como recebi o testemunho das mãos de meu pai, assim ele vos será entregue já, para caminharmos juntos. Sereis vós quem irá à frente, iluminando~nos a inteligência e a vontade, e instilando-nos a vossa valentia. Portugal pertence-vos. Nós somos apenas os mais velhos - o que não é virtude. Se quiserdes, voltaremos a ser o que fomos, archote da civilização, anunciadores de Cristo no Mundo, dilatando a Fé e o Império.Não vos peço que me sigam: exijo-vos que me empurrem! Por vós seguirei em frente, pelos novos caminhos que ireis descqbrir na luta de todos os dias.Lembrai-vos que o que há para defender não é apenas a memória gloriosa dos que fizeram a Naçao. Lembrai-vos que o que há para defender é o futuro, o povo miúdo que não desarma, esta Terra e esta Gente que nos deu o ser e nos fez o que somos.Vós sereis a nossa decisão - esta vontade inabalável de reencontrar Portugal e o entregar intacto e estuante de grandeza ao povo admirável que o moldou com o barro da terra, com as lágrimas dos olhos, com o sangue de quantos, aqui e além-mar, mereceram morrer por ele.Rapazes!Iluminai-nos o caminho! Erguei bem alto a chama da Pátria eterna! Nós precisamos do vosso alento, da vossa coragem - da vossa própria vida! Caminhai para a vitória! Portugal é vosso! Devolvei-o aos Portugueses!

VIVA PORTUGAL!

Manuel Maria Múrias