segunda-feira, julho 10, 2006

Um Catecismo Anarca?

O meu caro amigo Manuel Abrantes insiste que todas as Leis são para cumprir, e isso, torno a repetir, não é verdade.

Eu sei que não é politicamente correcto dizer isto mas pode haver leis que não são para cumprir, e não sou eu que o digo, é o Catecismo Da Igreja Católica:

«Se acontecer os dirigentes ditarem leis injustas ou tomarem medidas contrárias à lei moral, tais disposições não podem obrigar as consciencias.«Neste caso, a própria autoridade deixa de existir, degenerando em abuso de poder»
Catecismo da Igreja Católica nº 1903

9 Comments:

Blogger Abrantes said...

Amigo Francisco Múrias:
O “politicamente correcto” não deve ser para mim.
Também eu sou católico, o que não quer dizer que concorde com todas as posições da Igreja. Não confundir com a Lei de DEUS. O que não quer dizer, também, que eu seja um santo sem pecados…
As Leis são para se cumprir. Mas elas são feitas pelos homens. E, quando elas representam o abuso do poder só existe um caminho a seguir:
-Derrubar os homens que fizeram essas leis e colocar lá outros.
“Furar” a Lei, não resolve os malefícios que essa lei possa trazer.
Sabe, meu amigo Múrias. È que eu sou descendente de uma famílias de pequenos agricultores e, por isso, aprendi que só existe uma forma de acabar com as ervas daninhas: é arranca-las pela raiz…
Ah! E muito importante: ter o cuidado em não deixar sementes dessas ervas daninhas.
Manuel Abrantes

9:48 da manhã  
Blogger Francisco Múrias said...

Se o Sr fosse médico e o estado o mandásse fazer abortos o sr fazia?

Se o Sr fosse guarda prisional e o estado o mandasse matar presos o sr matava?

Se o sr fosse pai e o estado lhe roubasse os filhos o sr deixava?


Se disser que sim a isso tudo pensamos de maneira muito diferente

9:56 da manhã  
Blogger Abrantes said...

Claro que NÃO!!!!!

Apenas com uma diferença. – Não me limitaria a “furar” as ordens impostas.
Tinha de encontrar uma forma de derrubar - de uma vez por todas – os responsáveis por tais ordens.
Volto-lhe a repetir: Dizer simplesmente não a uma lei ou ordem, com a qual não concordamos, e mesmo que estarmos a pactuar com ela e com quem as fomenta.

Amigo Múrias:
O meu amigo refere-se a ordens dadas e não a Leis estabelecidas.
Um abraço (muito sincero)
Manuel Abrantes

10:27 da manhã  
Blogger Jorge Arbusto Sr. said...

Eu nem atravesso a passadeira com a luz vermelha para os peões... um pouco de obediência e disciplina não faria mal nenhum ao povinho português.

11:04 da manhã  
Blogger Francisco Múrias said...

Optimo amigo Manuel Abrante, estamos então de acordo.

Meu caro Jorge Arbusto só espero que o sinal nunca se estrague...

12:42 da tarde  
Blogger Francisco Múrias said...

Abrantes, peço desculpa

12:43 da tarde  
Blogger Abrantes said...

Não tem de pedir desculpas nenhumas.
Estamos aqui, mesmo com todas as nossas divergência de opinião, para caminharmos e levar para a frente todos os ideais em que acreditamos.

1:50 da tarde  
Blogger Francisco Múrias said...

Pedi desculpa de escrever Abrante em vez de Abrantes

2:10 da tarde  
Blogger Abrantes said...

Entendi mal. Agora sou eu que peço desculpa

1:37 da manhã  

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