Fala o Prof José Hermano Saraiva:
Seria necessário a criação de um Ministério do Turismo?
Não. O que faz falta é um Orçamento para o turismo. Em Portugal, o litoral está completamente abandonado. Não há nenhum plano nacional para preservar o litoral. Cada câmara tem o seu “quintal” da orla marítima. Portugal está reduzido a 88 mil quilómetros quadrados e cerca de um terço está amortizado por essas reservas ecológicas. A questão da amortização do País foi um dos problemas com que lutaram os reis de Portugal; a partir de D. Afonso II começou-se a fazer leis de desamortização, contra os bens entregues à Igreja que não produziam rendimento para a coroa, também chamados de bens “mão morta” – ou seja a mão que não trabalha. Quer-me parecer que voltamos a estar perante um país de mão morta e tanto me faz que a justificação seja a propriedade eclesiástica ou a preocupação dos ecologistas. Com estas restrições o País não dá rendimento.
A intervenção humana numa paisagem tanto pode desfigurá-la, como valorizá-la. Muitas vezes para não se fazer asneiras não se faz coisa nenhuma. Do estuário do Tejo até à ponta de Sagres é proibido fazer seja o que for. Portugal é pequeno demais para isso ser possível. Tem que ser proibido fazer asneiras no País, seja delapidar o património, obstruí-lo, degradá-lo como se tem feito, nomeadamente no Algarve.
Não. O que faz falta é um Orçamento para o turismo. Em Portugal, o litoral está completamente abandonado. Não há nenhum plano nacional para preservar o litoral. Cada câmara tem o seu “quintal” da orla marítima. Portugal está reduzido a 88 mil quilómetros quadrados e cerca de um terço está amortizado por essas reservas ecológicas. A questão da amortização do País foi um dos problemas com que lutaram os reis de Portugal; a partir de D. Afonso II começou-se a fazer leis de desamortização, contra os bens entregues à Igreja que não produziam rendimento para a coroa, também chamados de bens “mão morta” – ou seja a mão que não trabalha. Quer-me parecer que voltamos a estar perante um país de mão morta e tanto me faz que a justificação seja a propriedade eclesiástica ou a preocupação dos ecologistas. Com estas restrições o País não dá rendimento.
A intervenção humana numa paisagem tanto pode desfigurá-la, como valorizá-la. Muitas vezes para não se fazer asneiras não se faz coisa nenhuma. Do estuário do Tejo até à ponta de Sagres é proibido fazer seja o que for. Portugal é pequeno demais para isso ser possível. Tem que ser proibido fazer asneiras no País, seja delapidar o património, obstruí-lo, degradá-lo como se tem feito, nomeadamente no Algarve.
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