quinta-feira, março 30, 2006

Valores















O Centuriao publica esta prosa:
«O balido politicamente correcto que arruma na mesma gaveta distintas civilizações a montante e ao arrepio da historia não vale um selo. O mínimo denominador comum da nossa civilização está muito acima do máximo denominador da civilização islâmica. Para isto basta o bom senso. O universo está assim ordenado. Longe das coreografias utópicas. Sou coerente com os valores que banham a civilização ocidental. São superiores. Não os relativizo. Vivo neles, e orgulho-me deles. Conheço os termos de comparação e não quero viver em culturas onde esses valores não predominam.»

O Povo percebe que o Centurião não queira viver em culturas de que não gosta e tem todo o direito de pensar que os valores da civilização ocidental são superiores.

Mas que valores ? O Centurião explica:« Do lado de cá estamos nós, os nossos valores, o estado laico, o liberalismo, a democracia, a liberdade de expressão, o respeito por regras decantadas ao longo de gerações »

Explica, mas explica mal e contradiz-se :
1º O estado laico por definição é o estado independente de qualquer valor religioso. A doutrina que está por trás é o laicismo Ao ser independente de qualquer valor religioso relativiza qualquer valor religioso: passam a ser todos iguais.Logo o islão é igual ao cristianismo O valor do laicismo é exactamente uma aversão a qualquer valor religioso, transformando essa aversão num valor , transformando-a numa religião de fanáticos com crentes espalhados por todo o mundo que é o ateísmo.
2º A democracia não é um valor é um sistema de organização politica.É um sistema que organiza a tomada do poder. O Afeganistão e o Irão são democracias.
3º O liberalismo é uma doutrina politica, também não é um valor, que defende a liberdade individual que levada ao extremo se transforma no laicismo.
4º A liberdade de expressão é inerente ao ser humano.Todos a têm mas só a usa quem quer.
FM
PS: Já agora: sem a civilização islamica não tinhamos números, sem números não tinhamos computadores e sem computadores não tinhamos o Centurião.Ou talvez o Centurião, como o nome indica, fizesse contas com a numeração romana...