quarta-feira, março 22, 2006

Casuística


O que nos preocupa na criminalidade infantil não é a criminalidade infantil, como o que nos preocupa na violencia sobre bébes não é a violencia sobre bébes. Sempre houve canalha e sempre houve gente tresloucada e não há nada que se faça que possa impedir isso. O que nos preocupa é exactamente esta nova especie de maníqueismo e de o querer transportar para o direito A lei serve para defender a sociedade. Não é por haver um selvagem que agride um bébe ou meia dúzia de miudos maus que matam um pobre desgraçado que a lei deve ser alterada.A lei deve ser alterada para defender a sociedade. Se a sociedade estiver ameaçada por um perigo novo e que a ameaça, a lei deve ser alterada , mas não nos parece o caso A razão do uso da força por parte do estado é a legítima defesa da sociedade, não é a vigança. Isto é pura casuística no sentido de querer abdicar de princípios cristãos para de forma oportunista querer alterar o direito por causa de situações extraordinárias e raras. Essas crianças do que precisam é de amor ( e deve-lhes ter faltado uns açoites no rabo na altura certa (crime horrivel .... SOS criança)) e não de passarem o resto da vida na cadeia.É claro que é muito mais fácil alterar as leis ao sabor das circunstâncias do que dar amor. A conclusão a que se chega depois destes casos propagandeados nos jornais é que a familia não presta e as instituições tambem não. Ora isso simplesmente não é verdade. Isto é casuística e o Povo não vai na onda.
FM

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Estes jovens que mataram a 500m da minha casa não tiveram amor, nem educação. No centro da educação devia sempre estar o respeito pelo outro e pelo sofrimento do outro. Não está. Mesmo em famílias aparentemente estruturadas, a maior parte das vezes tudo se centra nas notas e nos charros, descurando este aspecto. Muitas vezes o próprio exemplo também não é grande coisa. Ora as crianças detectam as pequenas incoerências com grande acutilância. Depois do que aconteceu e vai acontecendo eu só peço EDUQUEM-NAS. Será pedir muito?

4:27 da tarde  

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